Nov 26, 2024

Acordo entre MPT e Santander prevê respeito a intervalo de descanso e jornada

 

 O Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou assinatura de um acordo com o Santander para que a instituição financeira respeite o intervalo de descanso dos funcionários e deixe de estender a jornada de bancários além do limite legal. De acordo com o MPT, a empresa deve parar de burlar o registro de ponto para encobrir irregularidades.

O banco deverá pagar uma indenização de R$ 5 milhões por lesão aos direitos difusos, ou seja, direitos de um coletivo caracterizado pela invisibilidade, presente na hierarquia da instituição. O Santander é obrigado a realizar o pagamento até 18 de dezembro.

O acordo assinado implica que outras ações movidas pelo MPT contra o banco percam sua validade imediatamente. A contrapartida é que o Santander deve apresentar até 30 de janeiro de 2016 comprovações de iniciativas eficazes contra os abusos cometidos com os empregados da instituição.

A decisão anterior ao acordo, proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região, compreendia a condenação com R$ 10 milhões de multa para o banco. O Santander entrou com recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que marcou a audiência de conciliação, que levou à decisão atual.

Redigido pelo relator do processo no TST, desembargador Francisco Rossal de Araújo, o acordo impõe que o banco respeite a jornada de trabalho do bancário de seis horas diárias e 30 horas semanais, sendo que a prorrogação não pode exceder a duas horas por dia. A validade compreende os empregados que não exerçam cargos de gestão, conforme texto da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, artigo 224, parágrafo segundo).

Outra obrigação prevista na CLT, que o banco deverá respeitar, é a pausa do trabalhador. Intervalos de 15 minutos, no mínimo, aos empregados com jornada de seis horas diárias e uma hora para os que trabalham oito horas. Caso descumpra a decisão, a empresa deverá pagar R$ 5 mil por irregularidade.

Fonte: Rede Brasil Atual

Nesta segunda-feira (26) tem diálogo sindical na Refap

A partir dessa segunda-feira, 26, o Sindipetro-RS vai retomar as reuniões com a categoria para esclarecer a Campanha Reivindicatória 2015. O objetivo deste encontro é esclarecer e atualizar as informações das tratativas que ocorreram nas últimas semanas e preparar a categoria para os próximos passos que devem ser dado em relação ao cenário. O primeiro encontro ocorrerá às 23h45min de hoje, na Refap.

O diálogo sindical está marcado para os seguintes dias:

REFAP: 26/10 (segunda-feira) – às 23h45min

REFAP: 27/10 (terça-feira) - às 07h45min, 15h45min e 23h45min

TENIT:  28/10 (quarta-feira) - 07h30min

TEDUT: 29/10 (quarta-feira) - 07h30min

REFAP: 30/10 (sexta-feira) – às 15h45min.

Diretoria da Petrobrás segue com a tentativa de desmonte da Empresa

Além do plano de Negócios, que representa um verdadeiro desmonte da Empresa, a Diretoria segue tentando fatiar e lotear pedaços da Petrobrás. Apesar da desistência, momentânea, do processo de registro de companhia aberta e de registro da oferta pública de ações da sua subsidiária integral Petrobras Distribuidora (BR), dá continuidade na venda, para a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda., de 49% da Petrobrás Gás S.A. (Gaspetro).

Mesmo com as suspeitas de beneficiamento, pairando sobre as ações do ex-presidente do Conselho de Administração, Murilo Ferreira, que é presidente da Cia. Vale e que tem participações da Mitsui, a Diretoria e o Conselho de Administração mantiveram a decisão. Nos perguntamos, será que não há nenhuma influência do ex-conselheiro?

Nesse contexto a FUP e seus Sindicatos expressaram à Diretoria da Petrobrás, a defesa da nossa Pauta pelo Brasil, resumindo:

Os trabalhadores e as trabalhadoras do sistema Petrobrás, pertencentes à base sindical da Federação Única dos Petroleiros, sempre buscaram, em sua trajetória, influenciar os rumos estratégicos desse setor, particularmente sobre seus planos de investimentos e de sua gestão. Essa disputa permanece em nossa agenda, tendo a valorização do trabalho e o desenvolvimento brasileiro, como seus maiores valores orientadores.

Somos convictos de que a luta sindical não deve tratar apenas das justas e necessárias questões reivindicativas laborais. Vamos além. Foi assim desde o surgimento da Petrobrás, de seus primeiros passos, de suas ameaças e, sobretudo, no auge das políticas neoliberais das décadas 1990-2000. Essa experiência nos credenciou perante a sociedade e, juntamente com outros segmentos, agimos como guardiões na defesa desse patrimônio nacional...

...Por essas razões, intensificamos novos esforços na direção de não permitir que estratégias antinacionais prevaleçam na condução do sistema petrolífero. Nessa perspectiva, apresentamos as linhas estruturantes para um novo Plano de Negócios, orientado para fortalecer a Petrobrás e, com essa condição, cumprir seus objetivos perante seus trabalhadores e o povo brasileiro.

Esta é apenas uma parte do documento, que foi entregue na última sexta-feira, 23 de outubro, onde a FUP e seus Sindicatos apresentam argumentações e mais, abrindo o processo negocial, apresentaremos propostas de atuação, com o objetivo de implementar a maioria dos pontos da nossa pauta.

Em nosso Diálogo Sindical, aproveitaremos para trabalhar um pouco a preparação e qualificação da greve, que a empresa está provocando.

Compareçam!

 

500 empresas devem R$ 392 bilhões à União

O Ministério da Fazenda divulgou uma lista com as 500 empresas que mais devem à União. Juntas, as dívidas somadas chegam a mais de R$ 392 bilhões. Caso 17% desse valor voltasse aos cofres públicos de uma vez, já alcançaria os R$ 66 bilhões da meta do ajuste fiscal deste ano, que vem cortando investimentos de diversas áreas sociais, como saúde e educação. Além disso, o rombo nas contas públicas de 2014, que é de R$ 32,5 bilhões, também poderia ser compensado com parte do montante das dívidas.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou, por meio de nota, que a divulgação da lista faz parte da gestão do ministro da Fazenda Joaquim Levy de “promover um incremento da recuperação de créditos inscritos em Dívida Ativa da União, na busca pela justiça fiscal", e que "o objetivo é dar a máxima transparência aos dados da Dívida Ativa da União”.

Achilles Frias, procurador da Fazenda e presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz), afirma que a quantidade de dívida de todas as pessoas jurídicas para com a União ultrapassa a casa do R$1,5 trilhão. “Temos 3,5 milhões de devedores grandes. Desses, 18 mil respondem por 2/3 de toda dívida, e desses, as 500 empresas divulgadas respondem por 40%”.

Além de ações judiciais que visam travar a cobrança das dívidas, o procurador denuncia que muitas empresas declaram as dívidas para não cometerem ilícitos, mas não pagam, esperando para utilizar o Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que alivia multas, juros e outros encargos. “As empresas preferem não pagar para fazer o parcelamento mais tarde. É melhor que pegar dinheiro no banco, e elas usam dinheiro da União, que deveria ir para programas sociais, para pagar suas dívidas”.

Segundo Achilles, um impasse para que essas dívidas sejam cobradas é que a Procuradoria está sucateada. “A Procuradoria é o único órgão que pode fazer as cobranças dessa dívida, mas não se confere estrutura para isso. Para cada procurador, há 0,7 servidores, então o procurador, além do trabalho jurídico, tem o trabalho burocrático de localizar devedor, procurar bens. O sistema de dados também está ultrapassado. Se o governo investisse na Procuradoria, e ela fosse atrás desses 18 mil devedores, o ajuste fiscal, que está penalizando a economia e o cidadão, seria desnecessário. E é a cobrança dos grandes, de quem deve”.

Primeiro lugar

A mineradora Vale é a maior devedora, com R$ 41,9 bilhões em dívidas. Desta quantia, o pagamento de R$ 32,8 bilhões está suspenso por decisões judiciais. A empresa deve cerca de R$ 17 bilhões a mais do que a segunda devedora da lista, a empresa Carital Brasil LTDA, antiga Parmalat, com R$ 24,9 bilhões de dívidas.

Apesar de dever para a União, a Vale recebe investimentos estatais para continuar operando no país. Estudo da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) aponta que, para minerar na Amazônia, a Vale obteve 70% do valor de R$ 506,96 milhões que foi distribuído para as mineradoras que atuam na Amazônia, via Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), entre 2007 e 2012. Esse montante foi injetado na mineração altamente lucrativa do ferro e cobre nas minas de Carajás.

Segundo o governo do Pará, por consequência da Lei Kandir, criada em 1996 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, a Vale está isenta de pagar tributos às operações relativas à circulação de mercadorias e serviços (ICMS). Isso já subtraiu dos cofres públicos do estado R$ 25 bilhões.

De acordo com o Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (Cepasp), os acionistas da empresa em diversas partes do mundo embolsaram US$ 4,5 bilhões, no ano de 2013. A mineradora ainda aprovou uma segunda parcela de US$ 1,74 bilhão, chamada de remuneração mínima, ao mesmo grupo, paga no fim de 2013, além de um valor adicional de US$ 500 milhões.

“O Estado brasileiro deveria tomar uma atitude mais contundente para com os devedores do próprio Estado, começando pela Vale, ao cobrar a dívida através das ações que a mineradora distribui”, afirma Jarbas Vieira, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).

Bancos

Entre os que receberam essas quantias da Vale, está a JP Morgan Chase & Company. O Banco J.P. Morgan S.A. figura na lista de devedores da fazenda em 79º lugar, com dívida de R$ 841 milhões.

Os bancos, setor que tem lucrado muito este ano, mesmo com a crise econômica, também registram dívidas na Receita. Bradesco, Santander e Itaú juntos somam R$ 7,900 bilhões em dívidas.

O lucro do Bradesco no primeiro semestre de 2015 foi acima de R$ 8,7 bilhões; sua dívida com a Receita é a sétima maior da lista, em mais de R$ 4,8 bilhões. Somado com a dívida de R$ 408 milhões da filial Bradesco Financiamentos S.A., em 222º lugar na lista, o banco deve um total de R$ 5,279 bilhões.

O Itaú, por sua vez, teve lucro de R$ 11,7 bilhões, e deve, por conta da Itaucard S.A., braço responsável pela emissão e administração de cartões de crédito, a 44ª maior dívida na lista; R$ 1,35 bilhão.

Já o Santander, que teve lucro de R$ 3,3 bilhões, tem duas dívidas, a do Banco Santander Brasil S.A. está em 69º lugar, com R$ 978 bilhões, e a da Santander Leasing S.A, que é a 353ª maior, com R$ 288 milhões, que totalizam R$ 1,266 bilhão em dívidas.

Confira a lista das 10 empresas mais devedoras (em bilhões)

1 - Vale: R$ 41,9

2 - Carital Brasil Ltda: R$ 24,9

3 - Petrobras: R$ 15,6

4 - Industrias de Papel R Ramenzoni S/A: R$ 9,7

5 - Duagro Adm e Participações: R$ 6,5

6 - Viação Aérea São Paulo (Vasp): 6,2

7 - Banco Bradesco: 4,8

8 - Varig: 4,6

9 - American Virginia Ind e Comércio Exp. De Tabacos Ltda: 4,1

10 - Condor Factoring Fomento Comercial: 4,1

Fonte: CUT

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