Nov 26, 2024

Além de enganar a categoria, Petrobrás agora mente para o MPT

No último dia 08, a Petrobrás se reuniu com a Procuradoria Regional do Trabalho e, não satisfeita em mentir para a categoria, também mentiu para o Ministério Público, alegando que sua proposta atende às reivindicações dos trabalhadores e que a FUP sequer submeteu às assembleias. A proposta de acordo rebaixado que foi apresentada pela Petrobrás já nasceu morta, pois retira direitos dos trabalhadores e contraria a Pauta pelo Brasil, onde os petroleiros afirmam que não aceitarão acordo com retirada de direitos. 

Na ultima quinta-feira, 15, a FUP teve mais uma reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para cobrar que a Lei de Greve seja cumprida pelos trabalhadores e pela Petrobrás, sem as arbitrariedades que historicamente são cometidas pela empresa, com a anuência da Justiça. A Federação voltou a denunciar as práticas antissindicais das gerências e reiterou que não admitirá que companhia financie equipes de contingências para tolher o direito de greve da categoria. O MPT agendou para o dia 29 uma nova audiência, dessa vez em conjunto com a Petrobrás.

Clique aqui para acessar a ata da reunião entre a FUP e MPT, onde foi cobrado o cumprimento da Lei de Greve.

FUP

Se a proposta é desmonte da Petrobrás e redução de direitos, a resposta é: GREVE!

Enquanto a FUP e seus Sindicatos buscam o entendimento, por parte da empresa, que é necessário uma mudança na política de gestão da Petrobrás e a retomada do crescimento e a garantia de uma Petrobrás integrada, responsável e forte, o presidente da empresa segue no caminho inverso!

Apresentamos a Pauta pelo Brasil como uma demonstração que os petroleiros e as petroleiras entendem a situação pela qual passa a empresa e consideram que, nesse momento difícil, é preciso buscar as melhores e mais criativas alternativas para continuarmos construindo a maior empresa do Brasil, como sempre fizemos em toda a história da Petrobrás.

No entanto, os gestores, ignorando a capacidade de sua força de trabalho, além de não responderem a pauta dos trabalhadores, tentam impor um acordo de trabalho rebaixado, reduzindo e descaracterizando conquistas históricas da categoria, separando as subsidiárias na mesa de negociação e insistindo no desmonte da empresa.

Em sua manifestação, no último depoimento da CPI da Petrobrás, o presidente Bendine, insiste no discurso: “Para trazer o endividamento da empresa a um patamar condizente, teremos que vender ativos...”, com isso, fazendo justiça ao apelido VENDINE!

Mas a categoria petroleira nunca fugiu à luta, nunca desistiu de encarar as dificuldades e encontrar alternativas, nem que para isso tenha de ir à greve e enfrentar gestores, polícia, exércitos, justiça ou governos.

A FUP e seus Sindicatos estão trabalhando, incansavelmente, contra a redução e/ou retirada de direitos, a venda de ativos, propondo alternativas contra o desmonte da empresa e, buscando de todas as formas possíveis garantir que a direção da empresa atenda nossas reivindicações, além de evitar a tramitação dos projetos de lei que afetam a soberania nacional e enfraquecem a Petrobrás. Mas, se nenhuma dessas alternativas for suficiente, também estamos atuando de forma a garantir que, na iminência de uma grande greve, estejamos plenamente resguardados pela Lei de Greve (Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989).

Para tanto, demandamos o Ministério Público do Trabalho, nacionalmente, e já fizemos duas reuniões pautando, além do regramento, as garantias asseguradas aos grevistas, contra as ações antissindicais, conforme os artigos, 11º e 6º, respectivamente.

Não queremos o desmonte da Petrobrás, nem a redução ou perda de direitos, se a proposta for essa, VAMOS À GREVE!

Leia também:

Além de enganar a categoria, Petrobrás agora mente para o MPT

RMNR: Ministros do TST não entram em acordo e decisão sobre o dissídio é encaminhada ao Pleno do Tribunal

Nesta segunda-feira, 19, a FUP e seus sindicatos participaram de audiência na Seção de  Dissídios Coletivos (SDC), em Brasília, onde o Tribunal Superior do Trabalho julgou o processo com o qual a Petrobrás pretende virar a mesa dos processos de complemento da RMNR, em que vem sendo derrotada.

O Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica tem abrangência nacional e, a empresa quer que sua decisão retroaja a 2007, eliminando assim todas as diferenças a que já foi condenada.

Segundo a assessoria jurídica da Federação, tecnicamente, este processo nem poderia existir, já que a Seção de Dissídios Individuais do mesmo TST já firmara posição favorável aos petroleiros. No entanto, as preliminares opostas pela FUP e seus sindicatos foram rejeitadas por quatro dos sete ministros presentes na audiência. Os trabalhadores só contaram com dois votos. A sétima ministra presente não votou por ser mãe do advogado contratado pela Petrobrás para essa ação.

Como foi instaurada uma contradição entre as decisões da SDC e da SDI, ambas do TST,
o resultado não foi divulgado e o processo terá novo julgamento, desta vez no Pleno do TST, com a participação de todos os seus 27 ministros.

Fiquem de olho! A Petrobrás tem trabalhado sem argumentos jurídicos e baseada somente no ataque à imagem de seus empregados!

Fonte: FUP

Facebook