Nov 26, 2024

Diretoria de E&P rasga Código de Ética da Petrobrás

Três semanas após a FUP interpelar a Petrobrás sobre declarações de gestores do E&P de que a companhia "está quebrada" e que "chegará com caixa zerado em meados de 2016", a empresa continua se omitindo em relação ao fato e ainda tenta justificar o comportamento dos gerentes. A gravidade das afirmações feitas por eles, inclusive em reuniões públicas, é, no mínimo,  passível de processo disciplinar, como prevê o Código de Ética da Petrobrás, pois são um claro atentado à imagem da empresa.

"Por muito menos, e na verdade por ações empreendidas na via contrária, em defesa da Petrobrás, dirigentes e militantes sindicais vêm sendo punidos disciplinarmente, e perseguidos com medidas como mudança seletiva de regime de trabalho", contestou a FUP, em documento enviado à Diretoria de Governança, Risco e Conformidade da Petrobrás e à Presidência do Conselho de Administração da empresa.

Os gerentes denunciados pela FUP ferem pelo menos dois ítens dos "Compromissos de Conduta do Sistema Petrobrás", elencados no Código de Ética. São eles o 3.5 - "respeitar o sigilo profissional, exceto quando autorizado ou exigido por lei, preservar os interesses do Sistema sempre que se manifestarem, em ambiente público ou privado, e zelar para que todos o façam" - e o 3.6 - "guardar sigilo das informações estratégicas e das relativas a atos ou fatos relevantes ainda não divulgados ao mercado, às quais tenham tido acesso, bem como zelar para que outros também o façam, exceto quando autorizados ou exigidos por lei".

É inadmissível, portanto, o tratamento desigual que a diretoria do E&P dispensa aos trabalhadores, se valendo do Código de Ética para punir e assediar os que defendem a empresa e violando, quando convém, as normas internas para proteger os "amigos do rei".

Ética para quem?

Com o objetivo de promover a defesa de "princípios éticos" e "compromissos de conduta", o Código de Ética do Sistema Petrobrás tem sido mais um daqueles documentos bonitos, que os gestores se orgulham de ostentar em suas apresentações, mas que na prática, de nada valem. Quando utilizado, tem sido de forma distorcida, sempre manipulado pelas gerências, de acordo com as suas conveniências, quase sempre para punir e assediar os trabalhadores. Não foi à toa que a edição de 2005 estampou na capa, nada mais, nada menos que o ex-gerente da Petrobrás, Pedro Barusco, réu confesso, que participou dos esquemas de corrupção na empresa. 

Fonte: FUP

Barusco na capa do Código de Ética da Petrobrás

Em carta aberta à Petrobrás, FUP solicita reunião de negociação até a próxima quarta-feira, 28

Nesta sexta-feira, 23/10, a FUP enviou documento à Petrobrás, solicitando mais uma vez, a realização de uma reunião de negociação coletiva de trabalho, para debater a Pauta Pelo Brasil, aprovada durante a 5ª Plenafup e apresentada à empresa em julho deste ano.

No documento protocolado na sede da companhia, no Rio de Janeiro, a Federação exige que a  reunião aconteça até a próxima quarta-feira, 28, com a participação de todas as subsidiárias do Sistema, assim como a Fafen Araucária. A Federação afirmou ainda, que após esta data, a disponibilidade da entidade à negociação continuará a mesma, no entanto, as reuniões só poderão ser realizadas após a deflagração da greve.

Clique aqui para acessar o documento enviado à Petrobrás 

Pauta pelo Brasil

  • Por uma política de SMS que garanta o direito à vida e rompa com o atual modelo de insegurança que já matou 16 trabalhadores só este ano
  • Pelo fortalecimento da Petrobrás como empresa integrada de energia, através da manutenção da BR Distribuidora e incorporação da Transpetro
  • Para que as riquezas do pré-sal sejam exploradas pela Petrobrás, em benefício do povo brasileiro
  • Contra a venda de ativos e pela conclusão das obras do Comperj, da Refinaria Abreu e Lima e da Fafen-MS
  • Pela preservação da política de conteúdo nacional, com construção de navios e plataformas no Brasil

Acesse aqui a íntegra da Pauta pelo Brasil

Fonte: Informe FUP

Bancos oferecem 10% para salários e 14% para vales

Bancários mantém mobilização e devem responder ainda nesta sexta (23) proposta dos bancos

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou nesta sexta-feira (23), 18º dia da greve, a primeira proposta que aponta para um reajuste acima da inflação: 10% para salários, PLR e piso e 14% para os vales.

A negociação agora esbarra no desejo dos empregadores de descontar ou compensar os dias parados, de acordo com o desejo do patrão, mas, segundo a própria Fenaban, foi rompida a resistência dos bancos, que tinham por objetivo reajuste sem aumento real.

O Comando Nacional dos Bancários, que coordena a campanha salarial unificada, pediu um tempo para responder e a previsão é que a negociação seja retomada em breve.

BB e Caixa – As rodadas de negociação específicas do Banco do Brasil e da Caixa Federal começam quando se encerrar a da Fenaban.

A proposta chega um dia após a federação patronal apresentar o índice 8,75% para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono, valor que representava perda de 1,03% e foi rejeitado

O Comando Nacional dos Bancários questionou o valor que não repõe a inflação de 9,88% (INPC do período) e reiterou que os bancários querem aumento real.  A negociação marcada para quinta-feira (22) foi adiada para sexta (23). 

Na terça-feira (20), a Fenaban havia oferecido 7,5%, proposta também rejeitada. A orientação para a categoria é que a greve, que no seu 16º dia teve 12.603 agências e 35 centros administrativos com as atividades paralisadas, continuasse em todo o Brasil.

Fonte: CUT Nacional com informações da Contraf

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