Nov 26, 2024

Bancos cedem e vão abonar até 72% dos dias parados

Depois de chegar ontem (23) à proposta de reajuste de 10% para salários, piso e participação nos lucros ou resultados (PLR) e de 14% para os vales alimentação e refeição e para a 13ª cesta, os banqueiros cederam à pressão dos trabalhadores e decidiram que não vão descontar os dias parados. A categoria realiza assembleias no início da semana, e a orientação do Comando Nacional dos Bancários para os sindicatos é de aceitação da proposta.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) pretendia que os trabalhadores pagassem ou compensassem todos os dias paralisados durante a greve. O Comando Nacional  não aceitou e isso fez com que as negociações se arrastassem por toda a sexta-feira. A rodada foi interrompida por volta de 23h30 e somente neste sábado à tarde os bancos cederam.

O Comando Nacional conquistou abono de 53 horas para os dias parados para quem tem jornada de 6 horas (representa 63% de horas abonadas). Para quem tem jornada de 8 horas, foram abonadas 81 (72%).

Assim, na sexta-feira a Fenaban fez sua proposta final. Era o 18º dia de greve e até então todas as propostas apresentadas pelos bancos estavam abaixo da inflação e impunham perdas aos trabalhadores: 5,5% mais abono de R$ 2.500 em 25 de setembro; depois 7,5% e 8,75% na última semana, para finalmente chegar aos 10% diante da inflação de 9,88% (INPC acumulado em 12 meses, até agosto).

Assim, caso a proposta seja aceita, a negociação garantiu que não haverá desconto dos dias e a compensação resultaria em abono de 63% dos dias parados para quem faz jornada de seis horas e de 72% dos dias para quem faz oito horas. A compensação, seja para quem fez os 14 dias úteis de greve ou menos seria de, no máximo, uma hora por dia, entre 4 ou 5 de novembro (quando o acordo, caso aprovado, será assinado) até 15 de dezembro.

Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a assembleia será na segunda-feira, às 17h, no Centro Trasmontano (Rua Tabatinguera, 294, Sé). Haverá credenciamento para participar e será necessário apresentar crachá ou holerite acompanhado de documento com foto.

Na questão da saúde, os bancos apresentaram um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo de reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.

“Esse resultado foi alcançado graças à pressão dos trabalhadores, que não podem ser punidos pelo seu direito à mobilização”, afirma a presidenta do sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “A proposta apresentada representa mais um ano em que os bancários conseguirão garantir seu poder de compra. Estamos num ano de recessão, não crescimento, desemprego maior, com categorias fechando acordos até abaixo da inflação. Diante desse cenário a luta dos bancários representa uma vitória contra os bancos que queriam impor perdas à categoria”, ressalta a dirigente. Com esse índice, em 12 anos a categoria vai acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos.

"Os banqueiros tentaram impor uma derrota a categoria, inicialmente com um reajuste abaixo da inflação. A greve reverteu essa tentativa. Depois, a Fenaban queria, para punir os grevistas, o pagamento ou a compensação total das horas. Mais uma derrota para os bancos", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, que também é um dos coordenadores do Comando Nacional.

Rede Brasil Atual

Processo eleitoral para CIPA do TENIT - Gestão 2015/2016

Já iniciou o processo eleitoral que irá escolher os integrantes da CIPA do TENIT para a gestão 2015/2016. Em reunião no dia 21/10 foi constituída a Comissão Eleitoral que tem entre os seus membros a dirigente do SINDI-PETRO-RS Miriam Ribeiro Cabreira. O processo atende às recomendação da NR-5.

As inscrições para os trabalhadores que desejarem concorrer à CIPA, estão abertas desde o dia 26 de outubro e vão até 26 de novembro e as eleições ocorrerão entre os dias 15 e 18 de dezembro. Serão escolhidos dois titulares e dois suplentes.

 Importância da participação

 

Conforme A NR-5, “a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador”.

O SINDIPETRO-RS destaca a importância da participação dos trabalhadores no processo. Precisamos, fundamentalmente, garantir que esta importante ferramenta seja efetiva e não apenas para cumprir a legislação. Trata-se de um instrumento de luta importante relacionado principalmente às questões de saúde e segurança, que precisa ser tratada com seriedade. 

A eleição para CIPA é também um momento onde os trabalhadores podem debater as situações e problemas que envolvem o tema e construir ações em conjunto, que assegurem um  ambiente de trabalho mais seguro, bem como melhorias. Além disso, precisamos garantir a lisura do processo e que os escolhidos sejam pessoas que tenham compromisso com as questões que angustiam os trabalhadores e que atuem de forma independente e autônoma em relação à empresa. Não podemos ter na CIPA pessoas que estejam lá apenas para atender aos interesses da empresa.

 

SEGURANÇA NÃO PODE SER NEGLIGENCIADA

 

A política de (in)segurança da Petrobrás, a falta de efetivo e o descaso de alguns gestores com esta questão, tem levado a muitos acidentes e incidentes com resultados graves, inclusive com a morte de trabalhadores.

Por isso, as questões de segurança nas respectivas unidades de trabalho não podem ser negligenciadas. Assim, é importante conhecer muito bem quem está concorrendo e a sua posição em relação à segurança e saúde dos trabalhadores.

FUP e seus sindicatos se reúnem com a Petrobrás nesta quarta-feira, 28

Em resposta ao documento recebido pela FUP na última semana, a Petrobrás agendou para esta quarta-feira, 28, uma reunião de negociação de ACT, a ser realizada às 10h, no Rio de Janeiro.

A Federação respondeu à solicitação, afirmando que comparecerá à sede da empresa para debater única e, exclusivamente, a Pauta Pelo Brasil, conforme explicitado na carta aberta enviada à companhia na sexta-feira, 23.

A FUP também deixou claro, mais uma vez, que não abre mão da participação de todas as subsidiárias do Sistema Petrobrás, assim como da Fafen Araucária.

Acesse o documento enviado à Petrobrás na última sexta-feira, 23/10:http://www.fup.org.br/images/downloads/dne-077.pdf

 

Fonte: FUP

Facebook