Nov 26, 2024

Royalties: entenda a polêmica sobre o destino dos recursos petrolíferos

Na sexta-feira 2, a prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) confirmou a realização, ainda neste mês, de uma operação de cessão de crédito negociada com a Caixa Econômica Federal. A transação, a ser realizada por meio de um fundo de recuperação de receitas de royalties, visa captar agora recursos no mercado financeiro com garantia nos ganhos futuros da exploração do petróleo. O anúncio pretende tranquilizar os credores prejudicados por atrasos nos pagamentos do município em consequência da redução da arrecadação de impostos e taxas sob efeito da recessão, do desemprego e da queda dos preços da commodity, esta com um efeito imediato de diminuição do valor dos royalties. Segundo a prefeitura de Macaé, as perdas dos municípios do estado do Rio de Janeiro com a queda da cotação do petróleo e o encolhimento do valor dos royalties repassados são de 50% a 60%. Outros municípios produtores de petróleo seguem o caminho de Campos dos Goytacazes e buscam antecipar as receitas.

O comunicado realimentou na cidade a campanha intitulada “Royalties, não venda nosso futuro”, da entidade Observatório Social, voltada para “o exercício da cidadania e a fiscalização dos gastos públicos”. 

“Para uns, o empréstimo é o único meio de reverter os problemas recorrentes da crise. Para outros, um absurdo que irá trazer um ‘rombo’ gigantesco aos próximos gestores”, publicou o jornal online Ururau, da região.

Esse parece ser o sentido mais profundo da destinação de 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde no País, conforme o texto original da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff em setembro de 2013.

O recurso é nacional, a república brasileira é federativa, mas Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo insistem no seu suposto direito a um quinhão mais substancial da exploração por conta de a maior parte das reservas se encontrar nos respectivos territórios. A polêmica foi parar no Supremo Tribunal Federal e parece longe do fim. Há dois anos, congressistas derrubaram o veto presidencial que impedia a inclusão dos contratos de campos já em exploração na divisão dos royalties. Além disso, autorizaram a distribuição entre estados e municípios não produtores de petróleo. Em atenção a um pedido do Rio de Janeiro, o Supremo Tribunal Federal suspendeu aquela partilha dos royalties aprovada no Congresso. Reparti-los também entre os estados não produtores, argumentam os estados produtores, “violaria a constituição e quebraria o pacto federativo”.

A polêmica não é uma exclusividade brasileira e a volatilidade dos preços internacionais do petróleo costuma intensificá-la, aponta o professor da UFRJ. O problema, aqui, é a fundamentação discutível das posições. “No Brasil, o acalorado debate sobre os royalties do petróleo tem pecado pela pouca consistência dos argumentos que os diferentes atores envolvidos utilizam.”

A dimensão nacional está na origem da palavra royalty. O termo deriva do fato de, na Grã Bretanha, durante séculos, o ouro e a prata serem da coroa. A sua exploração por terceiros só era autorizada mediante um pagamento ao Estado, denominado royalty. 

De alcance nacional e impacto inter-geracional, a questão dos royalties até o momento parece destinada, no Brasil, ao âmbito dos interesses mais restritos.  

Carta Capital

Assédio Moral na REFAP. Basta!

Na semana passada, O Sindipetro-RS esteve reunido com a gerência da REFAP cobrando uma atitude imediata para os casos de assédio moral que vem acontecendo dentro da Refinaria. A nossa cobrança foi taxativa, pois a empresa é diretamente responsável por este tipo de acontecimento, principalmente quando tem o conhecimento do que está ocorrendo e não toma atitude contra o assediador. E este procedimento deve ser rápido, pois a saúde do trabalhador não pode esperar.

As denúncias que chegam até o Sindicato são de extrema importância. No site do Sindipetro o trabalhador pode utilizar o espaço Denuncie”, onde é possível relatar os problemas e situações que ocorreram nas áreas, e se desejar, de forma sigilosa. O compromisso do Sindicato é de apurar todas as questões denunciadas e buscar os devidos encaminhamentos.

MPT

Os dados do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) apontam que, neste ano 365 denúncias de assédio moral estão sendo apuradas pelo órgão. Em relação ao ano de 2014, o aumento foi de 25% nas denúncias sobre o tema. O assédio moral está ligado a práticas de discriminação e pode ter como objetivo a desistência, por parte do empregado, da permanência no emprego (o que geralmente orienta o assédio moral individual), ou o engajamento do trabalhador às metas da empresa, por meio de pressão e estresse (que é a gênese do assédio moral organizacional). Em ambas as esferas do assédio moral, os objetivos são buscados por meio de condutas prolongadas, repetitivas ou sistemáticas, que visam desestabilizar a pessoa, seja através da humilhação e do constrangimento, seja através do estresse reiterado, podendo ser uma prática do chefe contra os subordinados (assédio moral vertical descendente), de um grupo de colegas de trabalho no mesmo plano hierárquico (assédio moral horizontal), e ainda, de um grupo de subordinados contra o chefe (embora menos comum, essa situação também é possível, e se identifica como assédio moral vertical ascendente).O assédio afeta a saúde física e mental do trabalhador e a qualidade do meio ambiente de trabalho.

 Se você está sofrendo assédio moral, denuncie ao SINDIPETRO-RS.

 Assista abaixo o documentário produzido pelo MPT sobre o tema.

 https://www.youtube.com/watch?v=ZKGzTjljGgM

 

Bancários em greve realizam ato estadual em defesa do Banrisul público nesta quarta

O encontro entre o governador do Estado, José Ivo Sartori, o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Mota e o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, no Palácio Piratini, ocorrido durante audiência na última quarta-feira (14), acendeu a luz de alerta. Se a mobilização contra a venda do patrimônio público já havia começado, os bancários decidiram, em assembleia nesta segunda-feira (19), intensificá-la através de pressão junto aos deputados e ao governo. Nesta quarta-feira (21), às 12h, será realizado um ato estadual em defesa do Banrisul público em frente ao edifício-sede do banco, seguido de um passeatão até a Praça da Matriz para a entrega do Dossiê Banrisul ao governo do Estado e à Assembleia Legislativa do RS.

Nesta terça-feira (20), os bancários vão até o parlamento gaúcho para conversar com os deputados estaduais, tentar sensibilizá-los e cobrar que lutem pela manutenção do Banrisul público. O diálogo vai abordar principalmente os PLs 276/2013 e 279/2013, que criam a Banrisul Administradora de Cartões e uma Corretora. Se aprovados, os projetos podem ser o início da privatização da instituição financeira.

A participação dos bancários e dos gaúchos é imprescindível neste momento. A mobilização é a nossa melhor defesa!

O perigo que ronda o Banrisul

Em mais de uma ocasião, Sartori manifestou sua vontade de privatizar ou extinguir empresas públicas e a reunião com o Santander deve ser vista com preocupação para todos os gaúchos.

Em 1997, quando o governo Britto vendeu a Cia União de Seguros Gerais para o Bradesco, Sartori era líder do governo na Assembleia Legislativa. E o presidente Luiz Gonzaga era o diretor da empresa vendida.

Por isso, as promessas do atual governo de que não vai privatizar o banco não tranquilizam os banrisulenses. Nós já vimos este filme. O governador já descumpriu algumas promessas de campanha, como a de que não iria aumentar nenhum imposto.

A GREVE EM DEFESA DO BANRISUL

Terça-feira, 20/10
14h – Saída de caravanas à Assembleia Legislativa para sensibilizar deputados estaduais quanto à importância do Banrisul público.

Quarta-feira, 21/10
Ato em Defesa do Banrisul Público

10h – Concentração na Caldas Junior, em frente à DG do Banrisul;
12h – Caminhada à Praça da Matriz para entrega do Dossiê Banrisul no Palácio Piratini e na Assembleia Legislativa.

Quinta-feira, 22/10
14h – Assembleia de organização na Casa dos Bancários (Rua General Câmara, 424);

Após a assembleia, saída de caravanas até a Assembleia Legislativa para sensibilizá-los quanto à necessidade de manutenção do Banrisul público.

Fonte: CUT-RS com SindBancários

Facebook