Nov 26, 2024

GREVE começa neste domingo (01)

ATENÇÃO: O diálogo sindical previsto para acontecer nesta tarde (30), na Refap, foi cancelado.  A partir deste domingo (01) a categoria petroleira entrará em GREVE nacional.

Petrobrás desrespeita petroleiros e Ministério Público. Greve começa neste domingo

Após ignorar por mais de cem dias a Pauta pelo Brasil e insistir em uma proposta de Acordo Coletivo que reduz direitos, a Petrobrás, em mais uma atitude arrogante, não compareceu à audiência com o Ministério Público do Trabalho, realizada nesta  quinta-feira, 29, no Rio de Janeiro, com a participação da FUP e de seus sindicatos. "A ausência da empresa reflete o desinteresse em buscar uma solução negociada no que diz respeito às questões levantadas pela Federação e principalmente sobre o regramento da greve", ressaltou o MPT na ata da audiência.

Diante do impasse estabelecido pelo silêncio da Petrobrás em relação à Pauta pelo Brasil, a FUP e seus sindicatos comunicaram ao Ministério Público que a categoria petroleira entrará em greve nacional, a partir do dia primeiro de novembro. A greve, com parada e controle de produção, será por tempo indeterminado e com avaliações diárias. O movimento terá início a partir das 15 horas de domingo (01/11), em cumprimento ao prazo legal de 72 horas de antecedência que é estabelecido para comunicação da greve.

Na audiência com o MPT, a FUP ressaltou que o Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás afeta drasticamente a sociedade brasileira e a vida de milhares de trabalhadores que estão sendo demitidos pelo país afora. Os cortes de investimentos, venda de ativos, interrupção de obras e paralisação de projetos impactam o desenvolvimento e a soberania nacional. Segundo estudos do próprio governo, para cada R$ 1 bilhão que a Petrobrás deixa de investir no país, o efeito sobre o PIB é de R$ 2,5 bilhões. Se o PNG não for alterado, a estimativa é de 20 milhões de empregos deixarão de ser gerados até 2019.

A FUP também tornou a denunciar para o MPT as ações antissindicais da Petrobrás e cobrou que a Lei de Greve seja cumprida não só pelos trabalhadores, como também pelos gestores da empresa. Em reunião no dia 08 com a Procuradoria Geral do Trabalho, a empresa, cinicamente, ainda negou as arbitrariedades que comete para tentar impedir a greve dos trabalhadores. A FUP e seus sindicatos reiteraram para o Ministério Público que não admitirão que companhia financie equipes de contingências para tentar impedir o legítimo direito de greve da categoria, como tem feito historicamente, com a anuência da justiça.

Por que lutamos?

Impedir o desmonte da Petrobrás e das conquistas que a categoria e o povo brasileiro garantiram, após anos de luta. Esse é o objetivo central da luta que os petroleiros vêm travando pela revisão do PNG. As principais reivindicações estão expostas na Pauta pelo Brasil, onde os trabalhadores cobram a suspensão imediata do processo de privatização em curso na empresa e deixam claro que não aceitarão nenhum direito a menos. A pauta foi aprovada durante a 5ª Plenária Nacional da FUP, realizada entre 01 e 05 de julho, em Guararema (SP), e protocolada na Petrobrás no dia 07 de julho.

  • Manutenção da Petrobrás como uma empresa integrada e indutora do desenvolvimento nacional.
  • Suspensão da venda de ativos e conclusão das obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu e Lima (PE) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Mato Grosso do Sul (Fafen-MS).
  • Preservação da política de conteúdo nacional, com construção de navios e plataformas no Brasil.
  • Garantia de que as riquezas do pré-sal sejam exploradas pela Petrobrás, em benefício do povo brasileiro.
  • Implementação de uma nova política de saúde e segurança que garanta o direito à vida e rompa com o atual modelo de gestão que já matou 16 trabalhadores só este ano.
  • Recomposição dos efetivos.
  • Preservação de todos os direitos conquistados pelos trabalhadores.

“A única luta que se perde é a que se abandona” – Pepe Mujica

Fonte: Com informações do Informe FUP

 

Bancários: as conquistas de 21 dias de greve

A grande maioria das assembleias realizadas na segunda-feira (26) em todo o País aprovou a proposta da Fenaban, assim como os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, encerrando a greve de 21 dias.

A proposta dos bancos eleva para 10% o índice de reajuste sobre o salário e em 14% os vales alimentação e refeição. Reajusta também em 10% o piso salarial e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sendo que a parcela adicional será de 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente.

A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve e após três duras rodadas de negociação, retomadas devido a força da mobilização da categoria, avançou depois que os bancos recuaram da proposição inicial e aceitaram considerar, para efeito de compensação, os dias de paralisação de 6 de outubro a 26 de outubro de 2015. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores vão compensar no máximo uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

“Chegamos ao limite das negociações e a categoria compreendeu os esforços feitos pelo Comando Nacional e pelo movimento sindical em todo o país, para garantir o melhor acordo possível. A intransigência dos bancos é a mesma e este ano foi reforçada pela desculpa de crise. O mais importante foi evitar retrocessos, com reajuste salarial e ampliação de conquistas específicas, que farão grande diferença na vida dos bancários”, analisa o diretor da Fetrafi-RS. Arnoni Hanke.

Porto Alegre – Os bancários da base do Sindicato de Porto Alegre, o maior do Estado, também aprovaram todas as propostas dos bancos no fim da tarde desta segunda-feira. O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, explicou que, em 2015, a força da greve dos bancários, tanto nacionalmente quanto  na área do SindBancários e no Estado, conseguiu dobrar a tentativa dos banqueiros de impor um retrocesso histórico nas conquistas. “A Fenaban queria romper com o nosso ciclo de aumentos reais. Mas nós lutamos na nossa greve e conseguimos aumento real. No Banrisul, também fizemos uma greve forte. Temos que voltar a trabalhar amanhã de cabeça erguida e lutar todos os dias para manter o banco público”, disse Gimenis.

Colaboração do escritório Costa & Advogados Associados.

Fonte: Fetrafi-RS com informações da Contraf/CUT

Desinvestimentos na Petrobrás já afetam o PIB

A crise que a Petrobrás atravessa é eminentemente de liquidez. Mas em vez de propor alternativas para o financiamento da dívida, a direção da empresa optou por reestruturar o Plano de Negócios e Gestão, cumprindo à risca o receituário do mercado financeiro. Além de cortar em 37% os investimentos previstos até 2019 e reduzir em 66% a meta de produção de petróleo que seria alcançada em 2020, a ordem é fazer caixa com a venda de ativos. Quem se beneficia com essas medidas se não o mercado, os especuladores e os privatistas?

A Petrobrás passou a ter como principais valores a disciplina de capital e a rentabilidade dos acionistas. Enquanto isso, o povo brasileiro sofre as consequências do encolhimento da empresa. Milhares de trabalhadores perderam seus empregos, obras que estavam prestes a serem concluídas foram interrompidas, projetos estratégicos estão indefinidamente suspensos e a cadeia produtiva do setor segue sendo desmantelada.

A indústria naval, por exemplo, já perdeu 15 mil postos diretos de trabalho somente no primeiro semestre de 2015. Segundo estudos do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, o Brasil deixará de criar 20 milhões de empregos até 2019, se mantidos os desinvestimentos na indústria de petróleo. Só a Petrobrás seria responsável por 70% dessas perdas, em função dos postos de trabalho diretos e indiretos que deixaria de gerar.

Os impactos já começam a repercutir no PIB. Estudos da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda estima que as reduções de investimentos da Petrobrás poderão afetar em até 2% o PIB de 2015. Segundo o estudo, para cada R$ 1 bilhão que a estatal deixa de investir no país, o efeito sobre o PIB é de R$ 2,5 bilhões.

A Petrobrás quer vender US$ 57,7 bilhões em ativos e reduzir em US$ 130,3 bilhões os seus investimentos até 2019

Para cada R$ 1 bilhão que a empresa deixa de investir no país, o efeito sobre o PIB é de R$ 2,5 bilhões

20 milhões de empregos deixarão de ser gerados em função dos desinvestimentos

Fonte: FUP

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