Nov 24, 2024

PIDV irá agravar ainda anda mais falta de efetivos

Na semana passada, a Petrobrás confirmou as especulações de que a empresa iria implantar um novo Programa de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV) e informou a categoria sobre a medida. Mais uma vez, a decisão da empresa se deu sem qualquer discussão prévia com a FUP e seus sindicatos, portanto, sem qualquer diálogo com a categoria. Segundo informações da empresa, o PIDV desta vez será aberto a qualquer trabalhador, independente da sua condição ou cargo.

A medida demonstra que a empresa ignora totalmente o debate sobre necessidade de efetivos que vem sendo pautada pelos trabalhadores e que, entre outros problemas, tem causando inúmeros acidentes e em consequência, tirando a vida de trabalhadores e trabalhadoras. A iniciativa agravará ainda mais o quadro de segurança no Sistema Petrobrás.

 

Não aceite pressão

O Sindipetro-RS alerta a categoria para que não aceitem pressão, das gerências, para aderirem ao PIDV. Esta deve ser uma decisão de cada um a partir de uma importante reflexão. Não foram poucos os petroleiros que, no passado, aderiram ao PIDV e, depois de algum tempo, se arrependeram em função das imensas perdas, que não dizem respeito apenas a salário. Qualquer pressão por parte da gerência deve ser imediatamente denunciada ao Sindicato.

FUP reage ao anúncio

A FUP e seus sindicatos reagiram imediatamente ao anúncio da empresa. Para os trabalhadores a expectativa era de discutir a questão dos efetivos, com base na legislação e na experiência da categoria, e não tomar medidas inconsequentes que agravam ainda mais o quadro da falta de pessoal, principalmente nas áreas operacionais, com graves consequências na segurança.

O comunicado da empresa, divulgado dia 1º de abril, informa que o PIDV começa a valer em 11 de abril e vai até 31 de agosto e a expectativa da Petrobrás é a adesão é de 12 mil funcionários. O Programa vale para a controladora, que tem 57.046 empregados. Este PIDV somado ao que ocorreu em 2014 poderá totalizar, até 2017, até 20 mil postos de trabalho.

FUP reage a plano da Petrobrás e diz que empresa tem falta de pessoal

Para coordenador, decisão aponta redução ainda maior de atividades e trará perda de qualidade nas operações
 
A notícia de abertura de um novo programa de demissões voluntárias na Petrobras não chegou a surpreender, mas irritou a direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que estava na expectativa de discutir a questão do efetivo com a estatal. "A direção da companhia  mais uma vez está se equivocando", afirma o coordenador da FUP, José Maria Rangel, para quem a Petrobras está, na verdade, com déficit de pessoal, principalmente nas áreas operacionais.

"Você pega o número de horas extras realizadas e percebe claramente que está faltando gente", diz Zé Maria, alertando também para a perda de qualidade nas operações da companhia, à medida que a adesão ao programa deverá ser de funcionários mais experientes. "Vai perder muita excelência de conhecimento, e isso não se repõe da noite para o dia", observa. Além disso, aponta, há as consequências na área de segurança.

 

Para o coordenador da FUP, também chama a atenção a afirmação da Petrobras, em comunicado, que o plano visa a se adequar ao Plano de Negócios e Gestão, um indicativo de que pretende reduzir ainda mais as suas atividades, no momento em que se discutem formas de retomar o crescimento. "Para nós, isso é mais preocupante ainda."

 

O dirigente lembra que havia uma reunião agendada para 19 de abril, para discutir especificamente a questão do efetivo. Ele interpreta o lançamento do programa como um desrespeito ao acordo coletivo. "Como a companhia apresenta um plano de desligamento sem discutir com os sindicatos?"

 

Segundo comunicado divulgado hoje (1º), o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), que começa a valer em 11 de abril e vai até 31 de agosto, vale para a controladora, que tem 57.046 empregados. A estimativa de adesão é de 12 mil funcionários, número de trabalhadores em condições de se aposentar. A primeira edição do plano, em 2014, já teve 6.254 desligamentos e está com outros 1.055 inscritos com previsão de saída até maio de 2017. Somados, os dois programas devem fechar 20 mil postos de trabalho.

 

por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 01/04/2016 14:59

 

Curso de Formação Sindical:inscrições encerram amanhã (05). Participe!

Inscrições encerram nesta terça-feira (05)

 

A conjuntura política atual exige do movimento sindical uma especial dedicação a formação de novos quadros e dirigentes sindicais. Além das ameaças aos direitos trabalhistas adotada em quase todos os países, como estratégia de solução à crise econômica, há um forte avanço das políticas neoliberais. Somadas a isto vem a xenofobia e o fascismo, que não poucas vezes são reproduzidos pelos trabalhadores (as), sem que haja maior aprofundamento do debate.

Diante deste cenário, a CUT Metropolitana em parceria com seus Sindicatos está promovendo um curso de Formação Sindical. É fundamental neste momento histórico oportunizar espaços formativos que desconstruam os valores individualistas, neoliberais e com isto fazer o enfretamento ao capitalismo com trabalhadores e trabalhadoras conscientes no seu papel de luta.

As aulas acontecerão em seis encontros, todos nos sábados, das 9h às 14h, durante o mês de abril e maio. As inscrições seguem até o dia 05 de abril, e podem ser feitas AQUI.

 

Mais informações:

 

A DIRETORIA DA CUT METROPLITANA, CONVIDAOS SINDICATOS DA SUA BASE PARA CURSO DE FORMAÇÃO.

Público:

Base de categorias organizadas, novos sindicatos e trabalhadores (as) identificados com a visão cutista de sociedade.

 

Quantidade de vagas:

40 pessoas

Período:

Abril e maio de 2016 aos sábados das 09h às 14 horas

Local do Curso

SEMAPI - Rua Lima e Silva, nº 280, Cidade Baixa, Porto Alegre.

Custo:

Sem custo para os participantes, exceto o de deslocamento.

Alimentação:

Importante destacar que há dois cafés durante a formação: um no início; das 8:30h às 9h e outro das 11:45h às 12h, respeitando a carga horária.

Datas e eixos temáticos:

A formação sindical proposta pela CUT Metropolitana envolve seis encontros e seis eixos temáticos com datas pré-agendadas:

09/04  História do movimento sindical: das origens a atualidade;

16/04 – A concepção sindical CUTista;

30/04 – Comunicação sindical

07/05 – Legislação trabalhista;

14/05 - Saúde do Trabalhador;

21/05 – Trabalho de base e organização no local de trabalho.

 

Participe desta oportunidade! Inscreva-se  AQUI

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