Nov 24, 2024

Detenção do líder rural feita pela polícia de Brasília revolta classe trabalhadora

Em nota CNM/CUT repudia a detenção arbitrária de Frei Sérgio

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) repudia com veemência mais uma arbitrariedade policial contra os movimentos populares, a mando da elite que só quer disseminar o ódio e transformar o Brasil em quintal dos detentores da riqueza mundial.

Na manhã desta quarta-feira (6), o companheiro Frei Sérgio Gorgen, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) foi preso em Brasília, simplesmente por ter jogado no lixo panfletos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) pró-impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Quatro viaturas policiais foram acionadas para deter Frei Sérgio, que foi conduzido ao 5º DP da capital federal. O MPA, que havia registrado o episódio em vídeo, acionou advogados e, duas horas depois, o companheiro foi liberado.

A ação contra o militante do MPA demonstra, mais uma vez, que as forças policiais agem apenas a favor de entidades do grau da Fiesp, perniciosas à democracia, que atentam contra os direitos dos trabalhadores e querem calar a voz dos movimentos sociais.

A CNM/CUT se solidariza a Frei Sérgio e ao Movimento dos Pequenos Agricultores e conclama as entidades sindicais, do movimento social, estudantes, universidades, juristas e todos (as) brasileiros (as) comprometidos com a defesa do Estado de Direito a continuarem sua jornada pela democracia, denunciando ações espúrias como esta.

A Fiesp e a sua campanha infame contra o país e seu povo – para a qual estão gastando milhões e milhões de reais – não pode passar por cima de todos e todas para impor os seus interesses escusos.

A classe trabalhadora, os movimentos sociais e o povo brasileiro não vão pagar o pato e nem vão lutar até as últimas consequências para assegurar a democracia e a dignidade de toda a população. Golpistas não passarão!

Viva Frei Sérgio! Viva o MPA! Viva a Classe trabalhadora! Viva o Povo Brasileiro!

FUP exige que Petrobrás cumpra o Acordo Coletivo de Trabalho e suspenda PIDV

Nesta quarta-feira, 06, a FUP enviou documento à Petrobrás, cobrando a suspensão do Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), enquanto a empresa não cumprir a Cláusula 91 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que garante a manutenção de "um fórum corporativo para discutir questões envolvendo o efetivo de pessoal".

Sem qualquer discussão com o movimento sindical, a Petrobrás quer dispensar 12 mil trabalhadores, "independente de idade e tempo de empresa", como comunicou ao mercado.

Em um intervalo de apenas dois anos, a companhia pretende eliminar cerca de 20 mil postos de trabalho, enquanto os petroleiros sofrem no dia-a-dia com jornadas extenuantes, em função das dobras e multifunções geradas pela redução de efetivos.

O resultado dessa política equivocada é um acidente atrás do outro, que, quando não mata, mutila e adoece.

Em 2014, quando a Petrobrás abriu a primeira edição do PIDV, que resultou na saída de 6.254 funcionários (outros 1.055 inscritos deixarão a empresa até maio de 2017), a categoria ficou ainda mais vulnerável aos riscos de acidentes, em função das já precárias condições de segurança. Foram 15 óbitos por acidentes de trabalho só naquele ano.

De lá para cá, já tivemos mais 21 mortes de trabalhadores em acidentes na Petrobrás, sem que a empresa aponte mudanças em sua política de SMS, se recusando a discutir efetivos, como asseguram o Acordo Coletivo e a NR-20, que determina que "empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficientes para realização das tarefas operacionais com segurança". A Norma garante que os critérios e parâmetros para esse dimensionamento sejam discutidos com as representações dos trabalhadores e documentados pela empresa.

A Petrobrás não só descumpre o que garante a lei e o ACT, como volta a afrontar a categoria com mais um PIDV de custos bilionários nesse período de crise.

Fonte: FUP

Nesta quinta-feira, 07: documetário sobre a resistência ao golpe militar de 64

O Sindipetro-RS, em parceria com o SINDIPOLO e o Programa Correria, convida os petroleiros da ativa e aposentados para assistirem, dia 7 de abril, às 18h30, no auditório do SINDIPOLO (Avenida Júlio de Castilhos, 596, 8º andar, Centro), em Porto Alegre, ao documentário “OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER”.

O documentário, muito apropriado para o momento por que passamos, na política, faz uma abordagem histórica dos guerrilheiros, desde a sua origem camponesa e do seu treinamento militar, passando por diversas ações desenvolvidas para a retomada da democracia.

A obra, realizada em 2015 e com 81 minutos de projeção, traz memórias, relatos e histórias da luta armada contra a ditadura civil-militar no Brasil. As narrativas são contadas por ex-guerrilheiros/as como Ubiratan de Souza, Diógenes de Oliveira, Ismael Souza, José Nóbrega, Zenaide Oliveira e Pedro Lobo, entre outros, e por filhas de militantes que acabaram sendo executados pela ditadura, como Célia Coqueiros e Ñasaindy Barret. As filmagens foram realizadas em quatro cidades brasileiras: Porto Alegre, São José dos Campos, Campinas e Indaiatuba. A produção é de Guilherme Fernandes de Oliveira, com edição de Lucas Pitta Klein.

Após a apresentação haverá um debate com os Companheiros Ubiratan de Souza e Diógenes de Oliveira, que possibilitará, a todos e todas presentes, esclarecer dúvidas sobre os acontecimentos daquela época e traçar um paralelo com o que acontece hoje, com a possibilidade de um golpe no processo democrático que recém conquistamos.

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