Nov 28, 2024

Empresa holandesa aceita indenizar Petrobrás em R$ 5,3 bilhões

Após ter confessado o pagamento propina em troca de contratos com a Petrobras no Brasil, a companhia holandesa SBM aceitou indenizar a estatal em US$ 1,7 bilhão, o equivalente a R$ 5,3 bilhões, segundo reportagem publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” nesta quarta-feira (8).

No entanto, a empresa enfrenta dificuldades em obter um acordo de leniência com o governo devido a um impasse entre a CGU (Controladoria Geral da União) e o Ministério Público Federal.

O MPF questiona a legitimidade da CGU em fazer esse tipo de pacto, o que paralisou as negociações.

Segundo o jornal, caso a questão fosse solucionada e a SBM obtivesse o acordo, cerca de 40% do valor da indenização seria entregue imediatamente à Petrobras.

A empresa holandesa, uma das maiores fabricantes de plataformas de petróleo do mundo, tem pressa de sanar sua dívida para afastar o risco de quebrar no Brasil, de acordo com a reportagem.

A SBM possui atualmente US$ 22 bilhões em contratos com a Petrobras e admitiu ter pago US$ 139 milhões em propinas no país.

Conforme o jornal, o valor da indenização foi calculado por técnicos brasileiros que acompanham o caso de corrupção e pode aumentar conforme as investigações avançam.

 

Fonte: MSN Notícias

Veja os gaúchos que votaram contra os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras

Lista mostra quais parlamentares gaúchos aprovaram a tramitação em regime de urgência do PL 4330, da terceirização total que acabará com a CLT

                                              

Acompanhe na relação a seguir quais os deputados que votaram contra ou a favor do regime de urgência para a tramitação do PL 4330, o projeto da terceirização total e indiscriminada que reduzirá direitos dos trabalhadores. Dos 31 deputados federais gaúchos, 15 votaram sim, outros 15 votaram contra e 1 não compareceu. Quem votou sim é, portanto, contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Esta lista foi elaborada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

 

Deputados exterminadores de direito votaram sim. Confira:

 

      SIM

     NÃO

Afonso Hamm (PP)

Afonso Motta (PDT)

Alceu Moreira (PMDB)

Bonh Gass (PT)

Carlos Gomes (PRB)

Darcísio Perondi (PMDB)

Covatti Filho (PP)

Fernando Marroni (PT)

Danrlei de Deus (PSD)

Heitor Schuch (PSB)

Giovani Cherini (PDT)

Henrique Fontana (PT)

Jerônimo Goergen (PP)

João Derly (PCdoB)

José Otávio Germano (PP)

José Fogaça (PMDB)

Luis Carlos Heinze (PP)

Jose Stédile (PSB)

Mauro Pereira (PMDB)

Luiz Carlos Busato (PTB)

Nelson Marchezan Junior (PSDB)

Marco Maia (PT)

Onyx Lorenzoni (DEM)

Marcon (PT)

Osmar Terra (PMDB)

Maria do Rosário (PT)

Renato Molling (PP)

Paulo Pimenta (PT)

Sérgio Moraes (PTB)

Ronaldo Nogueira (PTB)

 * A assessoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT) informou que o parlamentar não compareceu na votação porque estava em agenda no estado.

 

CUT, FUP e movimentos sociais ocupam Brasilía contra a votação do PL 4330

A CUT, FUP e demais centrais sindicais junto aos movimentos sociais do campo e da cidade já estão em peso em Brasília, no Congresso Nacional, se manifestando contra a votação do Projeto de Lei 4330, de autoria do ex-deputado Sandro Mabel, que possibilita a terceirização de atividade fim e que precariza ainda mais as relações de trabalho dos terceirizados em todo país.

Os sindicatos dos petroleiros também realizam manifestações contra o Projeto de Lei, paralelamente ao ato de Brasília, em diversos estados do país.

Confira 10 motivos para ser contra o projeto:

Demissão em Massa – Os terceirizados recebem em média 25% a menos que os contratados diretamente e tem jornada de trabalho em Média 22% maior, ficando muito mais barato terceirizar do que contratar diretamente.

Adoecimento e morte no local de trabalho – Os terceirizados respondem por 82% das mortes e adoecimento de trabalhadores no local de trabalho. Com a terceirização escancarada os números de mortes e adoecimentos só tende a aumentar.

Precarização sem limites – o trabalhador hoje tem em sua defesa o enunciado 331 da CLT que proíbe a terceirização em atividades fins. Todo serviço poderá ser terceirizado e com isso aumentará ainda mais a rotatividade de trabalho em busca do menor custo e a ameaça constante dá demissão recairá sobre todos os trabalhadores.

Nenhum direito trabalhista – O projeto prevê que seja uma relação entre duas empresas, buscando eximir totalmente as empresas contratantes de qualquer responsabilidade. Na prática hoje há um grande número de empresas terceirizado rãs que somem do dia para a noite e os trabalhadores ficam sem receber nada. Já vimos isso com as cooperativas de trabalho.

Sem qualquer controle – Por ser uma relação entre duas empresas não existe qualquer possibilidade de fiscalização ou acompanhamento por parte do Ministério do Trabalho ou dos sindicatos, será uma relação simples e desigual entre o patrão e o trabalhador. Podemos ver exemplos dessa relação desigual nas sucessivas autuações do Ministério do Trabalho no tocante a trabalho análogo ao escravo que se repetem a cada dia.

Sem representação sindical - O projeto fragiliza a organização dos trabalhadores que terão sua representatividade pulverizada facilitando a exploração do trabalho. A importância da representação dos trabalhadores em processos de negociação é reconhecida e apoiada inclusive pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) onde estão representados Trabalhadores, Estados e Empregadores.

Riscos à previdência pública e às aposentadorias - O projeto incentiva a rotatividade de mão de obra e a precarização com os trabalhadores ficando por diversas vezes sem receber salários e sem que as verbas referentes ao INSS e ao FGTS sejam recolhidas e com tal prática a aposentadoria de milhões de trabalhadores e até mesmo a previdência pública ficam ameaçadas.

Fim do concurso público – O projeto permite a terceirização em todos os níveis (Federal, Estadual e Municipal) acabando com o concurso público. Acabam todas as formas de contratação conforme o estabelecido na Constituição e passam a valer as regras do mercado. Acabam os sonhos de milhões de brasileiros em conseguir um emprego público decente. Um exemplo disso é a Petrobrás que tem hoje cerca de 70% de terceirizados no seu quadro.

Ilegalidades – O projeto contraria preceitos fundamentais da Constituição Federal, sobretudo os expressos no art. 7º, que consagra o princípio da progressividade dos direitos sociais, e preconiza a redução dos riscos inerentes à saúde do trabalhador. O citado projeto atento contra a essência de pilares históricos do Direito do Trabalho, previstos nos artigos 2º e 3º da CLT, que estabelecem a regra geral de o tomador dos serviços ser presumido como empregador.

Insegurança jurídica e social – O projeto só garante alguma segurança jurídica aos empregadores e total desamparo jurídico aos milhões de trabalhadores. Defendemos a regulamentação equilibrada onde se garantam os direitos trabalhistas básicos. O que teremos com a aprovação do mesmo é uma grande insegurança social que pode ter consequências trágicas para a jovem democracia brasileira.

Fonte: FUP

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