A greve dos petroleiros continua cada vez mais forte no estado. No início dessa sexta-feira (06), os ônibus com os trabalhadores do administrativo foram parados para abordar àqueles que ainda não se conscientizaram sobre a importância da greve. Os petroleiros e as petroleiras organizaram um corredor e, enquanto erguiam cartazes com frases como “Até quando vamos lutar sem vocês” e “De que lado vocês está?”, os fura-greves iam passando.
Prática antissindical
Enquanto o movimento, que entrou hoje em seu sexto dia, era feito de uma forma pacífica, os petroleiros foram surpreendidos por mais uma atitude truculenta da gerência da refinaria. Quatro viaturas chegaram com o giroflex ligado, atendendo aos chamados da Refap. Fortemente armados, 16 policias ficaram circulando entre os portões, numa clara demonstração de intimidação aos trabalhadores que aderiram à greve. E, além disso, as viaturas serviram de transporte particular dos fura-greves.
Cárcere Privado
Em frente ao Piquete montado, os trabalhadores e as trabalhadoras ouviram as orientações passadas pelo Sindicato. O presidente Maia lembrou a todos que a responsabilidade do desabastecimento do mercado é da gestão da Petrobrás, que assumiu a responsabilidade ao não negociar com a categoria, culminando na greve: “Desde julho buscamos que a empresa sente-se à mesa de negociação e negocie conosco, e até então, ela não respeitou isso, o princípio de negociação coletiva”, disse Maia. O deputado estadual, Pedro Ruas (PSOL), esteve na mobilização levando o apoio aos trabalhadores que estão retidos dentro da refinaria: “A expressão cárcere privado usado aqui está absolutamente correta. Não Brasil não existe nenhuma forma legal de cárcere privado e o que acontece aqui é totalmente ilegal. Temos muita confiança de que o juiz vá considerar que realmente há o cárcere privado e isso não tem nenhuma justificativa aceitável. A Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa estará à disposição o dia em que for necessário para ajudar nesta questão, que é urgente, e no geral, apoiamos a luta dos petroleiros que é mais do que justa e necessária”, finalizou o deputado gaúcho.
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