Nov 24, 2024

FUP e sindicatos discutem participação dos petroleiros na paralisação nacional do dia 10 de maio

Na quarta-feira, 4, o Conselho Deliberativo da FUP, formado pela Executiva Nacional da Federação e representantes de todos os sindicatos filiados, reúne-se no Rio de Janeiro para discutir a participação da categoria petroleira no Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra o golpe que as centrais sindicais convocaram para 10 de maio.

Por orientação da FUP, os sindicatos realizaram nas últimas semanas setoriais nas bases operacionais e administrativas do Sistema Petrobrás, alertando os trabalhadores para a gravidade da conjuntura política e as ameaças que pairam sobre a empresa e a categoria diante dos riscos de o país voltar a ser comandado por setores entreguistas e neoliberais.

O dia 10 de maio será a primeira grande paralisação nacional da classe trabalhadora contra a redução de direitos e todo o retrocesso que envolve o arbitrário processo de impeachment da presidente Dilma. A mobilização integra a agenda de lutas das centrais sindicais e movimentos sociais para barrar o golpe e influenciar na votação do Senado, que deve ocorrer entre os dias 11 e 12/05.

Em carta divulgada à população no dia Primeiro de Maio, a Frente Brasil Popular conclama os trabalhadores brasileiros a resistirem ao golpe. O texto reafirma os interesses das forças que tramam o impedimento da presidente Dilma Rousseff e querem também “arrochar salários, anular direitos trabalhistas, desidratar programas sociais, reduzir investimentos públicos, entregar o Pré-sal para corporações estrangeiras, retomar a política de privatizações e defender o monopólio da terra”.

Atos e mobilizações em defesa da democracia, que acontecem nesta e na próxima semana:

  • 5 de maio: Dia Nacional de Luta contra a Globo e o golpismo midiático – Monopólio é golpe! 
  • 6 de maio: mobilizações em Brasília no dia da votação do relatório na Comissão do Senado. 
  • 9 de maio: Instalação da Frente Parlamentar em defesa dos direitos da classe trabalhadora. 
  • 10 de maio: paralisação nacional bancos, fábricas, comércio, protestos em rodovias.
  • De 10 a 13 de maio: I Marcha Nacional das Mulheres Indígenas em Brasília.   

Carta aos Trabalhadores e Trabalhadoras

A Frente Brasil Popular  que reúne as principais organizações sociais, partidárias e de classe do povo brasileiro, que no último período estiveram na linha de frente do combate ao golpe da direita e o ajuste fiscal, saúda todos os trabalhadores e trabalhadoras neste decisivo primeiro de maio.

Estamos nas ruas e praças de todo o país defender a democracia, repudiar o golpe parlamentar e resistir contra a ofensiva que ameaça seus direitos.

Os senhores da riqueza, da mídia e da corrupção, mais uma vez em nossa história, atropelam a Constituição. Tramam o impedimento da presidente Dilma Rousseff, violando a vontade das urnas, porque esse é o atalho que escolheram para impor sua agenda antipopular, antidemocrática e antinacional.

Seus interesses estão às claras: arrochar salários, anular direitos trabalhistas, desidratar programas sociais, reduzir investimentos públicos, entregar o Pré-sal para corporações estrangeiras, retomar a política de privatizações e defender o monopólio da terra. Além disso, esta agenda levará necessariamente ao aprofundamento do racismo, do machismo e da lgbtfobia.

Não hesitarão na perseguição de seus objetivos, em criminalizar os movimentos populares, os partidos de esquerda e as lideranças progressistas, buscando interditar qualquer alternativa que se oponha ao bloco golpista.

O impeachment, sem qualquer delito de responsabilidade, é apenas o primeiro passo, se vitorioso, para esmagar conquistas de nossa gente e empurrar o país para o retrocesso.

Esta escalada restauradora rompe com a legalidade democrática. As oligarquias, incapazes de retornar à direção do Estado pelo voto popular, recorrem à fraude institucional.

Nossa resposta ao golpismo somente pode ser a continuidade, a ampliação e o aprofundamento da resistência cidadã, até que seja batida a conspiração para depor a presidente legítima dos brasileiros e brasileiras.

A superação da crise política somente será favorável à classe trabalhadora se for construída nas ruas, para assegurarmos à soberania dos eleitores. Isso abrirá caminho para aprofundarmos as reformas estruturais em nosso País, historicamente demandadas pelo povo brasileiro.

As próximas batalhas no Senado serão decisivas para o futuro do país, no embate entre a Constituição e o golpismo, entre a legalidade e a usurpação.

Nesse dia histórico de todos os trabalhadores e trabalhadoras, a Frente Brasil Popular reafirma seu compromisso unitário de luta, chama o povo brasileiro, nesse momento dramático da nação, a cerrar fileiras em defesa de seus direitos e da democracia.

A Frente Brasil Popular denunciará como usurpador e arbitrário qualquer governo, que por ventura venha a assumir, forjado na ruptura da ordem constitucional diante do qual conclamarão todas as forças democráticas ao combate sem trégua.

São Paulo, 1 de maio de 2016

FUP, com informações da Frente Brasil Popular

Cartilha sobre o Pré-sal está à disposição dos petroleiros e petroleiras

Dando sequência as ações definidas pela FUP e a FNP, em defesa do Pré-sal e da Petrobrás, foi elaborada uma cartilha com dados importantes relacionados ao nosso pré-sal e a importância da Petrobrás como operadora única do país. O material está sendo distribuído aos senadores e deputados brasileiros, mas é importante também, levar este conteúdo para conhecimento da população em geral, para que todos saibam do risco que os brasileiros estão correndo, caso o projeto de lei 4567/16, do senador José Serra (PSDB), seja aprovado.

Os companheiros e as companheiras que desejam distribuir este material nas escolas da sua região, na universidade ou na Câmara de vereadores da sua cidade, podem retirar a cartilha impressa na sede do Sindicato.

Abrir mão da Petrobrás como operadora é abrir mão de empregos, investimentos, recursos e tributos para a educação e saúde.

Confira os itens da cartilha:

 

Capacidade tecnológica fez a Petrobrás descobrir o Pré-sal;

O Brasil pode ser um dos maiores produtores de petróleo do planeta;

Que destino daremos a esta riqueza?;

A operadora é que conduz os empreendimentos;

90% da reservas de petróleo do planeta são de empresas estatais;

Sem a Petrobrás, o Pré-Sal deixa de ser uma política de Estado;

Sem a Petrobrás, nenhum navio, sonda ou plataforma seriam construídos no Brasil;

Sem a Petrobrás como operadora do Pré-Sal, estados e municípios perdem recursos;

Petróleo é a principal fonte de energia do mundo e o produto mais cobiçado do planeta;

Petrobrás tem plenas condições de operar o Pré-sal

 

Leia a cartilha produzida pela FUP e FNP.

Mudança no acesso à Refap

Companheiros e Companheiras!

Conforme comentado em nossas conversas, no início das jornadas da semana passada, encaminhamos ao Gerente Geral  da Refap a correspondência abaixo, onde manifestamos nosso entendimento sobre a mudança no acesso a refinaria, a incoerência na decisão daquela Gerência e dos reflexos no clima organizacional futuro.

Gostaríamos de deixar claro que a decisão tomada por parte do Gerente Geral, no apagar da luzes da sua carreira laboral, vem carregada de preconceitos e afrontando o código de ética da empresa, promovendo a discriminação entre os empregados.

Sugerimos  à categoria que todos e todas passemos a realizar o registro de ponto, na entrada da Refinaria, junto a portaria central, como deve ser em qualquer empresa e como acontece nas demais unidades da Petrobrás. Com isso, também estaremos aplicando o que determina a legislação trabalhista, que estabelece o horário de entrada e saída sendo aquele em que o trabalhador e a trabalhadora acessa e saí da empresa.

Segue a correspondência:

Prezado, Sr.!

Desde muito tempo, pelo menos uns cinco anos, o Sindipetro-RS vem questionando, sobre a necessidade de adequação do acesso dos trabalhadores e trabalhadoras, na Refap.

Inclusive, em nossos movimentos, sempre direcionamos aqueles que chegam, para deixar seu veículo no estacionamento, em consonância com o que se pratica nas demais unidades do Sistema Petrobrás, no entanto para atender a demanda diária, sempre alegamos ser necessário adequadar o estacionamento, disponibilizar equipamentos para registro de ponto e cobertura para evitar exposição à chuva, no acesso à portaria da empresa, suficientes para atender plenamente a categoria.

No último dia 20/04, a força de trabalho recebeu a notícia de que a Refap passaria a adequar-se “aos mesmos procedimentos que das demais Unidades Operacionais e, também, a padrões mundiais de segurança, no que diz respeito a acesso de veículos em refinarias de petróleo e plantas petroquímicas” e que “Os empregados que optarem por vir trabalhar com seus veículos próprios deverão utilizar o estacionamento externo da refinaria e usar, internamente, o transporte regular das linhas de ônibus, disponíveis nos horários de entrada e saída, tanto para o horário de turno como para o administrativo”.

Esta é uma decisão que impactará a rotina diária da empresa, visto que, de todas as sugestões que fizemos à época; a necessária adaptação do estacionamento, catracas de acesso, “relógios” para registro ponto, cobertura... nenhuma, sequer, foi implementada.

O que nos causou estranhesa, porém e, certamente, trará mais um grande desgaste, a já combalida ambiência com os gestores da Refap, é que está circulando a proposta de alteração do PG-3AQ-00181, onde consta, no item 6.1.1.1. Permissões de acesso e trânsito o sub-item “- veículos de empregados da Petrobras ocupantes de funções gratificadas cujo imóvel de lotação seja a REFAP;”.

A pergunta que está acompanhando o referido PG, em revisão, é: Nas demais unidades, os ocupantes de funções gratificadas, podem entrar? Ao que nos consta, não!

Mas, certamente quem está fazendo a revisão, bem como o Sr, que deverá ou não aprová-lo, estarão avaliando os impactos e o desconforto que ficará evidenciado com essa atitude.

O que nos parece é que a decisão foi uma reação intempestiva, pois num dia a informação foi de que valeria para todos e, no dia seguinte, foi repensado e estabelecido um favorecimento para alguns, que talvez pudessem ficar descontentes com tratamento equivalente a um trabalhador “qualquer”.

É muito importante, em função disso, lembrar o que diz o próprio código de ética da Petrobrás:

Nas relações com seus Empregados, o Sistema Petrobras compromete-se a:2.8 respeitar e promover a diversidade e combater todas as formas de preconceito e discriminação, por meio de política transparente de admissão, treinamento, promoção na carreira, ascensão a cargos e demissão. Nenhum empregado ou potencial empregado receberá tratamento discriminatório em conseqüência de sua raça, cor de pele, origem étnica, nacionalidade, posição social, idade, religião, gênero, orientação sexual, estética pessoal, condição física, mental ou psíquica, estado civil, opinião, convicção política, ou qualquer outro fator de diferenciação individual;”.

Registramos o nosso desacordo, pela forma como está sendo implantada essa alteração, sem a devida avaliação do impacto e sem o devido preparo para atender as necessidades da força de trabalho.

Deixamos claro que a categoria será esclarecida sobre os nossos posicionamentos e como entendemos deva ser tratada uma mudança dessas, também sugerimos que esta gerência reavalie a forma e, por conseguinte, reveja essa mudança e, antes da implementação, promova adequações para melhor atender a entrada das pessoas que virão com seus veículos, bem como não promova mais essa diferenciação entre fg´s e demais trabalhadores e trabalhadoras, aumentando ainda mais o descontentamento da categoria.

 

Por fim, a diretoria do Sindipetro-RS está tentando estar presente em todas as trocas de turno para acompanhar a descida e registro de ponto, mas pedimos a compreensão de todos e todas para, caso não haja Diretor na entrada, ainda assim mantenham a sistemática de registrar o ponto, na portaria.

 

Saudações Sindicais

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