Nov 26, 2024

FUP pressiona e é recebida pelos presidentes do C.A e da Petrobrás

Na manhã desta quarta-feira, 30, a direção da FUP esteve na sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro onde acontece a reunião ordinária do Conselho de Administração da empresa, e entregou ao presidente do C.A em exercício, Luiz Nelson Guedes de Carvalho, e ao presidente da estatal, Aldemir Bendine, documento que reafirma a Pauta Pelo Brasil, aprovada pelos petroleiros durante a 5ª Plenafup, e elenca fatos que comprovam o desrespeito da Petrobrás com as reivindicações dos trabalhadores.

 

O documento entregue pela FUP aos gestores da Petrobrás expõe, em ordem cronológica, todos os fatos que ocorreram desde que o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração, Deyvid Bacelar, apresentou a Pauta pelo Brasil ao C.A, no dia 23/06/2015, até o dia de hoje, desmontando, assim, os sucessivos informes que a companhia tem enviado à categoria, dizendo nas entrelinhas que a representação dos empregados está se recusando a negociar o acordo coletivo.

 

A Federação e seus sindicatos, desde que tomaram ciência do Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás para o período de 2015/2019, afirmaram ser primordial que a saída da crise por que passa a empresa, seja discutida e construída com ideias novas, sem a velha receita que inclui corte de direitos dos trabalhadores próprios e terceirizados e a venda de ativos.

 

Além da entrega do documento, as representações sindicais reafirmaram para Nelson Guedes e Bendine, que a decisão de iniciar as tratativas do ACT somente após as discussões sobre os rumos da Petrobrás, foi aprovada de forma massiva nas assembleias da categoria de norte a sul do país.

 

A FUP e sindicatos ressaltaram que estão disponíveis ao diálogo com a empresa e reafirmaram que estão prontos para deflagrar a greve por tempo indeterminado, que aprovada pelos trabalhadores, para evitar o desmonte da companhia. 

Clique aqui para acessar o documento

Fonte: FUP

Shell abandona projeto de exploração do mar do Ártico

A companhia multinacional petrolífera Shell anunciou hoje (28) a desistência na exploração de petróleo no mar do Ártico. A empresa deve contabilizar grandes perdas após pesquisadores não obterem descobertas significativas na região.

A saída da empresa do Ártico foi comemorada por ambientalistas que temiam pela devastação da região. “É uma grande vitória para milhões de pessoas que se levantaram contra a Shell, que apostou alto e perdeu alto, tanto em termos de custo financeiro quanto em reputação pública”, disse o diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo.

“Esse se tornou o projeto de petróleo mais polêmico do mundo, e apesar de sua arrogância, a Shell foi forçada a ir embora sem nada”, argumentou Naidoo. Para a entidade, o Ártico precisa se tornar uma área de proteção permanente, sem a presença da indústria petrolífera e livre da pesca predatória.

“Se estamos falando sério sobre lidar com as mudanças climáticas, teremos de mudar completamente nossa forma atual de pensar. Perfurar o Ártico, que está derretendo, não é compatível com essa mudança”, disse o diretor, que defendeu o uso de energias renováveis e a criação de um “santuário” para proteger águas internacionais que circundam o Polo Norte. “Esperamos que esta visão esteja um passo mais perto depois de hoje”, completou.

Com informações do Greenpeace

Ato de pré-lançamento da Frente Brasil Popular é nesta terça-feira, 29

Acontece nesta terça-feira, 29, às 18h, no Plenarinho da ALRS, uma plenária de mobilização para organizar o Dia Nacional de Luta (03/10). Na ocasião, será apresentada a concepção, programa e proposta da Frente Popular e o Manifesto ao Povo Brasileiro “Estamos convidando entidades e movimentos representativos do povo gaúcho, bem como parlamentares, intelectuais, artistas, religiosos e diversos segmentos da sociedade, que tem manifestado compromissos com a defesa da democracia e por mudanças na política econômica”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

O que é, afinal, a Frente Brasil Popular?

No último dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, 2,5 mil delegados vindos de 21 estados  e do Distrito Federal lançaram uma nova coalizão, agrupando movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e personalidades.

Estavam presentes entidades tradicionais, como a CUT, o MST e a UNE, ao lado de PT e PCdoB, entre outras legendas.

Inúmeras outras organizações se somaram a este evento multicolorido que aglutinou os mais importantes destacamentos da mobilização popular por direitos sociais e civis.

Lideranças oriundas de agremiações centristas, como Roberto Amaral (ex-PSB) e o senador Roberto Requião (PMDB-PR), ajudaram a afirmar o caráter amplo e plural da empreitada.

O nome de batismo da iniciativa: Frente Brasil Popular.

Mas do que se trata, afinal, este projeto desenhado por tantas mãos?

Representa, acima de tudo, uma tentativa da esquerda em responder, da forma mais unitária possível, à ofensiva conservadora em curso.

Não se define, porém, como aliança de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, ainda que um de seus compromissos centrais seja a defesa da legalidade democrática e do mandato constitucional sacramentado pelas urnas.

O outro pé programático da FBP, associado à salvaguarda da democracia, é o combate à política econômica adotada pelo governo depois da reeleição, centralizada pelo chamado ajuste fiscal.

A Frente, portanto, luta simultaneamente contra o golpismo, representado pelo setores mais conservadores, e o sequestro da agenda governamental pelos interesses do capital financeiro.

A dupla batalha constitui, aliás, o elemento mais esquizofrênico da situação política. Retrata, no entanto, a realidade pós-eleitoral, forjada pela opção presidencial por soluções opostas ao consenso progressista que levou ao quarto triunfo petista.

A bandeira da democracia, assim, é essencial para resistir às tentativas de desestabilização e derrubada da presidente, impulsionadas por forças que desejam recuperar a direção do Estado para o bloco oligárquico-rentista.

O golpismo não resume, contudo, os perigos que ameaçam o processo de mudanças iniciado em 2003.

Também o transformismo do governo, submetido a programa e composição ministerial derivados de concessões profundas ao conservadorismo, coloca em alto risco as conquistas pós-Lula e o futuro de uma alternativa sob a batuta da classe trabalhadora.

A FBP, ao se propor a soldar coalizão pela democracia com mudança da política econômica, busca igualmente alterar a função caudatária que foi reservada aos movimentos sociais e mesmo aos partidos de esquerda em boa parte do período posterior à vitória de 2002.

A paulatina perda do papel dirigente exercido pelo PT na coligação governista, por outro lado, tornou mais clara a necessidade do campo progressista disputar publicamente, de fora para dentro das instituições, os rumos da administração federal.

Sem propósitos eleitorais, a Frente se apresenta como instrumento de mobilização popular e programática, aberta a todas as correntes democráticas e de esquerda.

Ainda que seus objetivos fundamentais sejam imediatos, ajudar a derrotar as forças reacionárias e libertar o governo das amarras conservadoras nas quais se emaranhou desde as eleições, a Frente Brasil Popular também expressa esforço de renovação militante.

Sua fundação carrega o desafio de desbravar, das ruas às instituições, um novo protagonismo para o mundo do trabalho e da cultura, para mulheres e jovens, para a afirmação da diversidade sexual e a luta contra o racismo.

Ao menos são essas as intenções declaradas e publicadas dos milhares de ativistas que foram a Belo Horizonte com a esperança de fabricar saídas autônomas para a crise.

Fonte: www.frentebrasilpopular.com.br

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