Nov 26, 2024

Câmara dos Deputados vota urgência do PL que acaba com o regime de partilha

Se aprovada a urgência, projeto de lei que acaba com regime de partilha da exploração do petróleo entra em pauta do plenário da Câmara ainda nesta semana. A proposta é um retrocesso para o país e um avanço para aqueles que querem entregar nossas riquezas para os gringos.

A campanha contrária à Petrobrás vem desde o governo Vargas. A Casa Grande brasileira nunca aceitou que o petróleo ficasse no Brasil. Em 2010, documentos vazados pelo Wikileaks mostraram que José Serra prometeu entregar o pré-sal para a Chevron. Na época, os executivos da petroleira norte-americana definiam o sistema de partilha de Lula como "coisa de profissional", enquanto eles eram amadores. Já que o projeto estacionou no Senado, os parlamentares se articularam para votar na Câmara, e é assim que o PL 6727/13 avança.

Só com isso dá pra entender a importância do petróleo para o nosso país. O projeto de Mendoncinha é tão ruim, que até o Bendine, presidente da Petrobras (também conhecido como "Vendine", por suas posições nada ortodoxas), é contra a sua aprovação.

Fonte: Muda Mais

O Rio Grande vai parar contra o tarifaço do Sartori nesta terça

A CUT-RS, centrais sindicais, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos e a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) realizam nesta terça-feira (22) um dia estadual de greves, paralisações, protestos e manifestações contra as políticas neoliberais do governo Sartori (PMDB) e em solidariedade às justas lutas dos servidores públicos. O movimento acontecerá desde a madrugada na Capital e no Interior e, a partir das 11h30, será feita uma grande concentração na Praça da Matriz, no centro de Porto Alegre.

A mobilização ocorre no dia em que o governo pretende aprovar na Assembleia Legislativa o projeto de aumento linear do ICMS e outras medidas prejudiciais ao povo gaúcho, como a extinção de fundações, a lei de “responsabilidade fiscal” estadual, a redução de serviços públicos, como saúde, educação e segurança, e implantar mecanismos de gestão privada para cortar investimentos em políticas públicas, como na agricultura familiar, e precarizar o atendimento da população.

“Vamos mostrar toda a indignação dos trabalhadores do campo e da cidade e da sociedade gaúcha contra as políticas do Sartori e protestar contra o absurdo tarifaço que, se for aprovado pelos deputados, não resolverá a crise financeira do Estado, mas irá agravar o desemprego, a inflação e a economia do Rio Grande, prejudicando a produção e o consumo e penalizando a classe trabalhadora e a população”, aponta o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

“Queremos alertar os deputados e as deputadas de que não podem neste momento virar as costas para quem os elegeu e votar a favor do tarifaço e de projetos do governo que são lesivos aos trabalhadores, aos servidores, aos serviços públicos  e ao povo gaúcho”, enfatiza.

Para Claudir, “Sartori deveria largar o pé do servidor, parar de estimular o caos para privatizar e, passados quase nove meses no Palácio Piratini, começar a governar o Estado tomando medidas concretas para cobrar os sonegadores, revisar as isenções e renúncias fiscais e renegociar a dívida com a União”.

O aumento linear de impostos é profundamente injusto, pois onera mais os pobres e os trabalhadores, os que mais pagam tributos no Estado e no País. “O Rio Grande e o Brasil precisam fazer uma reforma tributária pra valer. Quem ganha mais deve pagar mais”, propõe o presidente da CUT-RS para quem “os trabalhadores não podem pagar a conta da crise”.

CUT-RS

O golpe é para 'privatizar tudo'

Animados com a possibilidade do impeachment da presidenta Dilma, alguns tucaninhos começam a abrir o bico e a revelar as verdadeiras razões deste golpe. Em artigo publicado na Folha desta quinta-feira (17), a economista Elena Landau, que foi apelidada de "musa das privatizações" durante o triste reinado de FHC, escancara os interesses que movem esta conspiração. Para ela, "é hora de privatizar" - de preferência, entregando o patrimônio público e as riquezas nacionais para o capital estrangeiro.

A entreguista Elena Landau, conhecida por seu doentio complexo de vira-lata, teve papel de destaque no criminoso processo da "privataria tucana" - tão bem descrito no livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr.. Ela foi assessora da presidência do BNDES e diretora do "Programa Nacional de Desestatização" do governo FHC. Ela faz parte do grupo de economistas ultraneoliberais da PUC-RJ, que tem entre os seus expoentes figuras como Armínio Fraga, Pérsio Arida, Gustavo Franco e André Lara Resende. Ela também tem sólidas ligações com o império, tendo estudado no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), um antro mundial das teses destrutivas e regressivas do neoliberalismo.

Com este currículo, Elena Landau tornou-se a musa dos tucanos e porta-voz dos interesses de rapina das corporações estrangeiras. A partir da vitória de Lula, em outubro de 2002, a economista caiu no ostracismo e passou a cuidar dos seus negócios. Só voltava à tona nas campanhas eleitorais, ajudando na elaboração dos programas dos candidatos derrotados do PSDB - José Serra, Geraldo Alckmin e, no ano passado, do cambaleante Aécio Neves. A Folha tucana, sempre tão generosa, até garantiu um palanque para a economista neoliberal, mas sem maior repercussão. Agora, com a ofensiva golpista pelo impeachment de Dilma, Elena Landau adquire novamente "prestígio".

No artigo intitulado "É hora de privatizar", ela demonstra que mantém o bico tucano afiado. Do seu palanque, ela critica o pacote fiscal apresentado nesta semana pelo governo federal. Ele seria muito tímido. "Os ajustes propostos não atacam erros fundamentais que levaram ao descalabro nas contas, entre eles o gigantismo do Estado, e pouco avança neste campo. A privatização não foi mencionada uma vez sequer". Para ela, "a privatização é parte da solução dessa crise. Ela não depende, na maioria dos casos, de apoio do Legislativo. Apenas da vontade política do Poder Executivo".

Após passar um período de esquecimento, ela até tenta se jactar dos seus feitos no desastroso reinado de FHC. Vaidosa, ela se gaba do "sucesso" do Programa Nacional de Desestatização. Só não diz que parte do patrimônio público foi vendida a preço de banana - é só lembrar da entrega da Vale - e que, mesmo assim, o país ficou de joelhos por três vezes diante do FMI e quase quebrou totalmente. FHC e Landau, entre outros privatistas e entreguistas, foram escorraçados do governo pelo voto popular. Agora, eles desejam voltar ao poder através de um golpe para concluir o serviço sujo da privatização.

"A crise abre oportunidade para nova rodada de privatizações... A lista de ativos federais, estaduais e municipais a serem vendidos pode e deve ser ampliada. Há oportunidades na área de distribuição de gás, transportes e saneamento. A quantidade de empresas e o montante de recursos a serem arrecadados é grande. Some-se ainda o plano de desinvestimento da Petrobras e os valores duplicam. O PND (Plano Nacional de Desestatização) precisa sair de sua longa hibernação e o BNDES deve recuperar sua vocação para coordenar o projeto de desestatização nacional, com lei específica e regras claras. A gravidade da crise não permite tergiversação", conclui a economista neoliberal.

Carta Maior

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