Nov 26, 2024

FUP reúne-se com a Procuradoria do Trabalho para discutir regramento da greve dos petroleiros

Diante da negativa da direção da Petrobrás em negociar o regramento da greve por tempo indeterminado aprovada pelos petroleiros, e que pode ser iniciada a qualquer momento, a FUP realizou uma audiência com o Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), na quinta-feira (01), para tratar desta questão. A Federação cobrou  que o Ministério Público interceda para garantir que a categoria exerça o legítimo direito de greve, como prevê a Constituição.

Os petroleiros entendem que a Lei de Greve (7.783/89) deve ser exercida em sua plenitude, ou seja, garantindo o atendimento das necessidades inadiáveis da população e impondo prejuízos à produção. “Se a legislação é para ser cumprida, tem que valer para ambas as partes. O que não pode é somente os sindicatos cumprirem a lei de greve, enquanto a Petrobrás faz o que bem entende, como, por exemplo, financiar os fura-greve, que enchem os bolsos de horas extras, às custas da luta da categoria”, explica o coordenador da FUP, José Maria Rangel.  

Em nota divulgada nesta sexta-feira (02), o Ministério Público do Trabalho, através de sua assessoria de imprensa, informou que a Procuradoria Geral do Trabalho irá "formalizar o pedido de mediação e convocar a Petrobras para audiência de conciliação com a FUP".

Para a Federação, o papel da Procuradoria e do Ministério Público é defender o direito de greve e não mediar o impasse negocial, que deve ser resolvido entre as partes envolvidas, ou seja, trabalhadores e Petrobrás. A FUP e seus sindicatos vêm há três meses tentando discutir com a empresa a Pauta pelo Brasil, que foi protocolada no dia 07 de julho, após aprovação na 5ª Plenafup.

Antes disso, os trabalhadores já haviam apresentado suas reivindicações ao Conselho de Administração da Petrobrás, no dia 26 de junho, logo após a empresa anunciar o novo Plano de Negócios e Gestão.

A Petrobrás não só ignorou as reivindicações dos trabalhadores, como retirou o RH da mesa de negociação e colocou em seu lugar gerentes de terceira linha. Soma-se a isso, a imposição de negociações separadas por empresa e a apresentação de uma proposta de rebaixamento do acordo coletivo.

Além de se recusar a negociar a Pauta pelo Brasil, a Petrobrás também silenciou-se em relação ao acordo de regramento da greve, cuja proposta foi apresentada pela FUP no dia 03 de setembro, com prazo para que respondesse até o dia 12 de setembro.

Fonte: FUP

Acordo Nacional do Benzeno completa 20 anos sob ataques

Segunda, 05, é dia de luta contra exposição ao benzeno

Na segunda-feira, 05 de outubro, os sindicatos da FUP participam do Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno, alertando os petroleiros para os riscos causados por esse agente químico e a negligência dos gestores da Petrobrás com a saúde dos trabalhadores. Este ano, o Acordo Nacional sobre o Benzeno completa duas décadas de existência. Sua criação, em 28 de setembro de 1995, foi uma conquista histórica da classe trabalhadora, após anos de luta contra a omissão das empresas.

Para relembrar essa história e a importância da preservação do Acordo sobre o Benzeno, a FUP lançou uma edição especial, que será distribuída pelos sindicatos e pode também ser acessada em nossa página na internet (http://goo.gl/4VWfQp). Apesar desse agente químico ser altamente cancerígeno, a Petrobrás e outras empresas que integram a bancada patronal na Comissão Nacional Permanente de Benzeno (CNPBz), vêm há anos atuando para desqualificar e descumprir o Acordo Nacional, na tentativa de impor limites de tolerância para a exposição ao produto.  

 Na última reunião da Comissão Nacional Permanente de Benzeno (CNPBz), realizada entre os dias 23 e 25, os representantes da FUP e da CUT tornaram a denunciar a Petrobrás por descumprir a legislação de saúde e o Acordo Nacional de Benzeno. A empresa insiste em não reconhecer riscos químicos e físicos no ASO e no PPP, e, consequentemente, o direito dos petroleiros à aposentadoria especial. Além disso, os gestores seguem subnotificando doenças ocupacionais, recusando-se a emitirem CATs sobre ocorrências relacionadas à exposição do trabalhador ao benzeno.

Por que 05 de outubro?

Desde 2012, a CNPBz definiu 05 de outubro como dia nacional de luta contra a exposição ao agente químico. A data foi estabelecida em homenagem ao operador da RPBC, Roberto Krappa, que morreu neste mesmo dia, em 2004, vítima de leucemia mieloide aguda, em consequência da exposição ao benzeno. Krappa trabalhou durante 11 anos na refinaria sem saber que seu organismo estava sendo diariamente contaminado. A doença consumiu silenciosamente a sua saúde e, apenas 22 dias após ter sido diagnosticado, ele morreu. Sua história tornou-se símbolo da luta não só dos petroleiros, como de todos os trabalhadores que atuam em ambientes expostos ao benzeno.

 

Fonte: FUP

Retirada do PL 131 da pauta no Senado é fruto de luta dos petroleiros

Após três meses de pressão cerrada no Congresso Nacional, atos em aeroportos, diversas manifestações  e uma greve de 24 horas, os petroleiros conseguiram retirar da pauta do Plenário do Senado o Projeto de Lei 131, que José Serra (PSDB/SP) de tudo fez para colocar em votação. O projeto agora terá que cumprir a tramitação regimental da Casa, onde será debatido nas Comissões.

Essa vitória reafirma a capacidade de luta e de articulação dos petroleiros, que, junto com outras categorias e com os movimentos sociais, disputaram o apoio de vários senadores e sufocaram o PLS 131, que chegou a ter o regime de urgência aprovado por ampla maioria. A FUP e seus sindicatos reagiram e, em apenas três semanas, reverteram a votação, derrubando a urgência.

O  enfrentamento continuou na Comissão Especial, onde os petroleiros não deram sossego aos entreguistas, denunciando as manobras e o autoritarismo do presidente do Senado, Renan Calheiros, que chegou a impedir o acesso dos sindicalistas à Casa. A Comissão foi encerrada e, mesmo com todas as tentativas de José Serra para por o PLS 131 em votação, o projeto foi retirado da pauta do Plenário.

A luta não termina aqui. Pelo contrário. É preciso intensificar as mobilizações em defesa do pré-sal e da Petrobrás. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já se comprometeu em votar o PL 6726/13, do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), que acaba com o regime de partilha. E no Senado, o PLS 417, do senador Aloysio Nunes (PSDB/SP), tem a mesma pauta.

Mais do que nunca, os trabalhadores e a sociedade brasileira precisam reagir e barrar de vez os entreguistas. As mobilizações do dia 03, convocadas pela Frente Brasil Popular, e a greve por tempo indeterminado, aprovada pelos petroleiros, reafirmam a urgência da defesa da Petrobrás e do pré-sal. A vitória contra o PLS 131 é a prova de que lutar vale a pena.

Fonte: FUP

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