Nov 26, 2024

Em carta aberta aos petroleiros, FUP critica intransigência da Petrobrás nas negociações

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou nesta quarta-feira, 07, uma carta aberta aos trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias, onde critica a intransigência dos gestores, que, desde junho, negam-se a discutir as propostas da categoria para que a estatal mantenha-se como uma empresa integrada de energia, preservando investimentos, postos de trabalho, conquistas e direitos.

 Veja a íntegra do documento:

CARTA ABERTA AOS TRABALHADORES PRÓPRIOS E TERCEIRIZADOS DA PETROBRÁS, SUBSIDIÁRIAS E FAFEN-ARAUCÁRIA

Desde junho deste ano, a FUP vem apresentando propostas alternativas ao Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás para o período 2015-2019. Nossas reivindicações foram apresentadas ao Conselho de Administração em 23 de junho de 2015 pelo representante dos trabalhadores, Deyvid Bacelar.

Posteriormente, por deliberação da Plenária Nacional da FUP, e das assembleias de trabalhadores, nossas reivindicações foram consolidadas na Pauta pelo Brasil e formalmente apresentada à empresa em 7 de julho de 2015. Em mais de uma ocasião, desde então, prestamos esclarecimentos sobre as nossas reivindicações, sem que a Petrobrás manifestasse a mais tênue vontade de negociar.

A Pauta pelo Brasil é vital para os trabalhadores porque o atual PNG implica em desemprego, em perda de direitos e em precarização das condições de trabalho, aumentando significativamente os riscos de acidentes, adoecimentos, mutilações e mortes.São nossas vidas, portanto, que estão em jogo.

Ainda assim, a Petrobrás age como se nada acontecesse e recusa-nos o Direito Humano Fundamental da Negociação Coletiva de Trabalho.Recusa parcial, além de descabida, pois com os bancos a empresa negociou e modificou o PNG. Para pior!

Enquanto assim procede, a Petrobrás ainda tenta forçar os trabalhadores a negociar o Acordo Coletivo de Trabalho, como se fosse possível ignorarmos as restrições de direitos, mudanças de regime punitivas e demais autoritarismos realizados pela empresa para impor seu Plano.

Chamamos os companheiros, portanto, à reflexão. Pedimos a leitura comparativa dos dois documentos abaixo:

Acesse aqui o nosso convite à negociação  

Confira a respectiva negativa patronal 

Leiam criteriosamente e respondam, por favor:

a) Qual dos lados alega querer negociar, mas se recusa a discutir a pauta de reivindicações apresentada pelos trabalhadores, aprovada em Plenária Nacional e em assembleias?

b) Quem configurou uma "mesa de negociações" com gerentes de terceira linha, destituídos de poderes para decidir, caracterizando assim a inutilidade dos entendimentos?

c) Qual dos lados pretende falsamente "negociar" e convida o outro para uma sala de 2m x 2m?

d) Qual dos lados quer negociar segregando as demais empresas do Sistema Petrobrás, coisa nunca antes feita, numa clara demonstração de ruptura com o modelo de empresa integrada, característico da indústria mundial do petróleo?

e) Qual dos lados "quer negociar" rebaixando direitos?

Enfim, que cada trabalhador, próprio e terceirizado,da Petrobrás, das subsidiárias e da Fafen-PR responda: quem é o intransigente, afinal?

Rio de Janeiro, 07 de outubro de 2015

Direção Colegiada da Federação Única dos Petroleiros

FUP

Petrobrás não aceita negociar a Pauta pelo Brasil

A Petrobrás recusou a solicitação da FUP de negociação da Pauta pelo Brasil, na sede da Federação, em conjunto com as subsidiárias. Mais uma vez, os gestores se negam a discutir alternativas para que a companhia mantenha-se como uma empresa integrada de energia, preservando investimentos, postos de trabalho, conquistas e direitos dos trabalhadores.

No documento enviado ao RH da Petrobrás, na segunda-feira, 05, a FUP tornou a ressaltar a importância do processo de negociação integrado com todas as empresas do Sistema. A proposta de realizar a reunião na sede da Federação foi justamente devido ao impasse em que se encontra as negociações, em função da metodologia imposta pela companhia, de reuniões fracionadas, o que já foi reiteradamente rejeito pela FUP e por seus sindicatos.

Há três meses, os petroleiros vêm tentando discutir com a Petrobrás a Pauta pelo Brasil, que foi protocolada no dia 07 de julho, após aprovação na 5ª Plenafup. Antes disso, as reivindicações já haviam sido apresentadas ao Conselho de Administração, no dia 26 de junho, logo após a empresa anunciar o novo Plano de Negócios e Gestão.

Além de ignorar a Pauta pelo Brasil, os gestores retiraram o RH da mesa de negociação,  colocaram em seu lugar gerentes de terceira linha, impuseram reuniões separadas por empresa e apresentaram uma proposta de rebaixamento do acordo coletivo. A Petrobrás também negou-se a discutir o regramento da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria.

Veja aqui a resposta da Petrobrás à FUP e aqui o documento que a Federação enviou ontem à empresa.

FUP

Próxima Caravana será dia 21, em Esteio

O Sindipetro-RS convida todos os trabalhadores, da ativa, aposentados e pensionistas, a participarem de mais uma edição da Caravana do Sindicato.. No encontro serão tratados os temas benefício farmácia, níveis,  campanha salarial e Petros. A atividade será no Sindicato da Construção Civil de Esteio (Av. Castro Alves, 259).

 

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