Nov 25, 2024

Conselho da Petros definirá em junho equacionamento do PP-1

Nos últimos três anos, o Plano Petros 1 (PP1) acumula déficit técnico, devido a uma combinação de fatores externos da política econômica. “Tal déficit atinge apenas e tão somente o PP1, de benefício definido; o Plano 2 está com as contas equalizadas”, explica o conselheiro da Petros eleito pelos participantes, Paulo César Martin, o PC.

Como está o déficit

Em dezembro de 2014, o déficit do PP1 era de R$ 6,2 bilhões, ou seja, os compromissos que o Plano tinha superavam nesse montante o patrimônio. É importante frisar que os compromissos são calculados para o longo prazo, de acordo com todos os benefícios a serem pagos e conforme a expectativa de vida dos participantes e assistidos; já o patrimônio do fundo é calculado a partir do valor atual de mercado. “Ou seja, ambos podem mudar e com isso alterar o resultado do déficit ou do superávit”, esclarece PC.

Em setembro de 2015, o déficit do PP1 havia passado para R$ 14 bilhões, os compromissos saltaram de R$ 65,58 bi para R$ 72,63 bilhões, enquanto o patrimônio sofreu uma redução de R$ 680 milhões. O balanço referente dezembro de 2015 deverá apontar um déficit ainda maior, de pelo menos R$ 4 bilhões, devido aos pagamentos do processo de níveis e à mudança na composição familiar dos participantes, que passou de composição padrão (denominada “família padrão”) para família real. A apuração desse montante - referente a dezembro de 2015 - será realizada em junho deste ano. 

Aporte

Após apurar o exato valor do déficit, o Conselho Deliberativo da Petros irá estabelecer a forma de equacionamento, por meio de uma contribuição mensal extraordinária proporcional a contribuição das empresas patrocinadoras do PP1 e dos seus participantes (ativos) e assistidos (aposentados e pensionistas). “Essa contribuição será na mesma proporção das contribuições normais mensais”, indica Paulo César.

Novos prazos

Com a recente Resolução 22/15, aprovada pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC, o prazo e o tamanho do déficit a ser equacionado foram alterados. Pela antiga Resolução, o equacionamento do déficit deveria ser feito no prazo de 12 anos. Com a nova Resolução, o montante do déficit a ser equacionado foi reduzido para R$ 8 bilhões, seis bilhões a menos do que os R$ 14 bi apurados até setembro e o prazo foi ampliado para 18 anos. “Desta forma, o equacionamento será feito com uma contribuição extraordinária menor das empresas patrocinadoras do PP1 e dos seus participantes e assistidos”, avalia o conselheiro da Petros.

Planos BD estão defasados

O PP1 tem como premissa o Benefício Definido (BD), fórmula defasada e não mais usada por nenhum plano. Pelo sistema BD não importa o histórico de contribuições do participante o valor do benefício será referente aos últimos anos de contribuição.

Com o aumento da expectativa de vida e mudança no perfil da população, esse formato gerou enormes distorções causando, ao final dos anos 90, um profundo déficit no Plano. Durante o governo FHC o plano foi fechado para a entrada de novos participantes, fazendo com que fazendo com que os novos funcionários que entrassem no sistema Petrobrás ficassem sem fundo de pensão.

Durante o governo Lula, os sindicatos negociaram com a Petrobrás o Acordo de Obrigações Reciprocas, que possibilitou o aporte de R$ 6 bilhões ao PP1, “que trouxe sustentabilidade para o plano e mais tranquilidade para os participantes”, avalia o diretor do Sindicato, Felipe Grubba.

O Plano Petros 2 (PP2) foi criado em 2007 e encontra-se em situação de equilíbrio. Seu sistema é de Contribuição Definida, ou seja, o benefício é proporcional às contribuições dos participantes.

Fonte: Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo

Garanta lideranças de luta no CA da Petrobrás e da Transpetro. Ainda dá tempo de votar

Nesse momento em que o Sistema Petrobrás está sob sério risco, os trabalhadores não podem vacilar. Nunca foi tão necessário garantir representações nos Conselhos de Administração que de fato sejam lideranças atuantes e incondicionalmente comprometidas com a manutenção dos empregos e a defesa do patrimônio público. Daí a importância das eleições que estão em curso na Petrobrás e na Transpetro. Quem ainda não votou, tem até domingo (dia 31) para eleger representantes que sejam protagonistas dos embates que a FUP e seus sindicatos vêm travando contra a privatização e o desmantelamento do Sistema Petrobrás.

O Conselho de Administração é o principal fórum de decisão da empresa e o mandato do atual conselheiro Deyvid Bacelar reitera a importância de termos representantes comprometidos com os interesses dos trabalhadores e com a defesa da soberania nacional. Ele tem sido decisivo nas lutas da categoria, dando visibilidade nacional e internacional às reivindicações dos petroleiros para que a Petrobrás continue sendo uma empresa integrada e indutora do desenvolvimento nacional. 

Deyvid também deu transparência aos debates do Conselho e conquistou avanços importantes, como a garantia de um suplente na vaga dos trabalhadores e a coordenação do Comitê de SMS, onde vem buscando mudanças na política de segurança da Petrobrás. Sua reeleição, portanto, é estratégica. Por isso, a FUP convida todos os trabalhadores a votarem na chapa 1010, que traz Deyvid Bacelar como titular e Bob Ragusa como suplente. Saiba mais acessando www.deyvidbacelar.com.bre seu perfil no facebook: deyvidbacelaroficial

Na Transpetro, empresa estratégica para o Sistema Petrobrás, o petroleiro Paulo Cardoso, do Terminal de Campos Elíseos, em Duque de Caxias, vem travando uma grande resistência às tentativas de privatização da subsidiária. Sua eleição para o CA da Transpetro será um passo fundamental para impedir o desmonte do Sistema e fortalecer a luta dos trabalhadores pela reincorporação da empresa. A FUP conclama os petroleiros da subsidiária a votarem 3030 e levarem Cardoso ao segundo turno. Conheça suas propostas no perfil do facebook: cardosonoca.

Como votar

Você pode votar mesmo fora do ambiente de trabalho, acessando o sistema de votação pela internet. É só digitar cael.petrobras.com.br ou acessar o portal do empregado (empregado.petrobras.com.br). Clique no banner ELEIÇÃO DO CA e você já estará na página de votação. Coloque sua chave e a senha extranet (aquela de 10 dígitos) e logo em seguida você verá na tela a urna eletrônica. Digite o número do candidato (1010 para a Petrobrás ou 3030 para a Transpetro) e aparecerá as fotos de Deyvid ou Cardoso. É só apertar confirma e seu voto será computado.

Se você preferir votar pela intranet, o procedimento é o mesmo. Clique no banner ELEIÇÃO DO CA ou entre em cael.petrobras.com.br. Ao acessar a página de votação, coloque sua chave e a senha extranet (a que tem 08 dígitos), visualize a urna eletrônica, digite o número e confirme seu voto. 

Fonte: FUP

 

Lazer e família ajudam a não adoecer com o trabalho

Um cotidiano de estresse e esgotamento tem um efeito tão danoso à saúde quanto à exposição de fumaça de cigarro alheio. Isso foi o que mostraram pesquisadores da Harvard Business School e da Universidade de Stanford (EUA).

Os cientistas reuniram dados de mais de 200 estudos para chegar a essa conclusão. Eles mostraram ainda que o medo de perder o emprego é a maior razão de estresse e que tal temor leva  50% dos trabalhadores a desenvolver problemas de saúde. 

Cerca de 35% dos trabalhadores que assumem cargo com tarefas que exigem mais do que a capacidade pessoal possa oferecer desenvolvem problemas físicos. Os resultados dos estudos sobre o potencial dano que trabalhos têm sobre a saúde repercutiram nas redes sociais ao longo da última semana.

 

De acordo com a psicóloga Marcela Clementino, do Hapvida, sintomas como dores de cabeça, indisposição, dor de barriga, baixa imunidade, além de insatisfação, tristeza, ansiedade podem aparecer em menor ou maior grau em situações de desgastes profissionais, variando de pessoa para pessoa. Ela diz que todos passam por situações difíceis no trabalho, mas quando esse quadro passa a ser uma constante, comprometendo a qualidade de vida, é a hora de buscar ajuda profissional. 

“Como esses sinais não surgem de uma hora para outra, na maioria dos casos, as pessoas vão adoecendo sem perceber, mas o importante é buscar solução antes que o problema ganhe contornos mais sérios, como uma síndrome de Burnout, por exemplo”, esclarece.

Esgotamento 
O psiquiatra Bernardo Assis destaca que a Síndrome do Esgotamento Profissional(ou Burnout) é um distúrbio mental, de fundo depressivo, que se manifesta nos esgotamentos físico e mental muito intensos. “Essa é uma nova enfermidade, ligada à saúde do trabalho e do trabalhador”, esclarece o médico, lembrando que o Burnout surge quando a atividade profissional é realizada em condições pouco favoráveis, a exemplo dos ambientes perigosos, insalubres e com baixa remuneração. 

As situações são desencadeadas, geralmente, quando o profissional quer demonstrar alto grau de desempenho e o que tem início como prazer e pró-atividade evolui para a obstinação e compulsão. “O portador do distúrbio, mesmo se sentindo mal, não falta o trabalho com receio da demissão. 

Ele passa então a apresentar um comportamento presenteísta, que é o contrário do absenteísmo (falta ao trabalho), mas não consegue produzir, fica disperso e irritado”, esclarece, lembrando que as situações são mais comuns nas instituições públicas que privadas, principalmente nas carreiras ligadas à saúde e educação.“O funcionalismo tem sido alvo desse problema que também envolve questões como o assédio moral”, diz Assis.

Diálogos 
Mas em tempos de crise, quando o emprego fica mais difícil, o que fazer para que o trabalho não seja fator de adoecimento?! Marcela Clementino ressalta que antes de tudo, é preciso se perguntar com que afetividade e prazer o trabalho está sendo exercido. “É preciso, antes de aceitar o trabalho, saber se ele se enquadra à personalidade do trabalhador, apesar da crise, boas escolhas precisam ser feitas”, diz a psicóloga com vasta experiência em processos seletivos de empresas privadas. 

Ela ressalta ainda que, apesar das pressões por produtividade, é fundamental organizar o tempo de modo que as atividades de lazer, o contato com os amigos e a família não sejam esquecidos. “Esses momentos são fundamentais para uma descompressão das exigências da rotina e para garantir uma atividade profissional saudável”, completa. 

Marcela afirma que posturas tirânicas, geralmente, são adotadas como uma forma de escamotear alguma fragilidade na qualificação e liderança do chefe. “Para não adoecer no trabalho, é importante organizar as prioridades laborativas e não tornar o trabalho como o centro da vida”, diz, pontuando a importância de atividades prazerosas na vida do profissional. 

Para o psicólogo André Luís Dória, psicólogo da Clínica Holiste e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia, é preciso não perder de vista que não é possível viver num mundo sem estresse e que essa pressão também traz aspectos positivos. “É o estresse que faz o indivíduo vencer a acomodação e progredir”, diz. Dória é enfático em afirmar que mais que se identificar com essa ou aquela patologia, é importante que a pessoa busque formas de não se vitimizar com a situação. “É fundamental que o indivíduo se posicione diante de uma situação de abuso. O enfrentamento também traz respeito no meio profissional”, diz.

 Fonte: Correio 24horas

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