Nov 25, 2024

PLS 555 volta à pauta do Senado e coloca em risco a Petrobrás

O Senado pode votar na quarta-feira (03) um projeto de lei que significará a privatização e desmonte do Estado brasileiro, em todas as instâncias: federal, estadual e municipal. Estamos falando do PLS 555, que altera os estatutos de empresas públicas e de economia mista para que passem a atuar como sociedades anônimas, "inclusive as que exploram atividade econômica em sentido estrito, as que prestam serviços públicos e as que exploram atividade econômica sujeita ao regime de monopólio da União", como ressalta o artigo número 01 do projeto.

O texto foi gestado em ninho tucano, pois é um substitutivo que contempla projetos propostos pelos senadores Tasso Jereissati e Aécio Neves, ambos do PSDB. Até 17 de dezembro, o PLS 555 já havia recebido 103 emendas, a maioria delas apresentadas por José Serra, outro senador tucano privatista de carteirinha.

Entre outros absurdos, o projeto propõe entregar ao mercado pelo menos 25% do capital acionário das estatais e obriga o controlador a se desfazer das ações ordinárias, aquelas que dão direito a voto. Na prática, isso significaria acabar com o papel social das empresas públicas, abrindo caminho para a privatização da Petrobrás, dos Correios, da Embrapa, do IBGE, da Eletrobras, da CEF, do BB, do BNDES e de todas as outras estatais brasileiras.

Desde setembro, a FUP vem denunciando os riscos do PLS 555 em audiências públicas e através de ações políticas. No dia 18 de novembro, petroleiros e outros trabalhadores de empresas públicas e estatais tiveram uma reunião com o ministro do Planejamento, Nélson Barbosa, e cobraram a interlocução do governo para que o projeto não seja votado em regime de urgência.

No último dia 27, a FUP participou de um seminário em Brasília, realizado pelo Comitê de Defesa das Estatais, que discutiu estratégias de enfrentamento ao PLS e apontou uma série de arbitrariedades no texto, a começar pelo chamado “vício de iniciativa”, já que se trata de um tema relativo à organização do Poder Executivo e, portanto, invade prerrogativas da Presidência da República. Além disso, o PLS 555 prevê a “independência” dos Conselhos de Administração das empresas estatais em relação ao poder Executivo e proíbe também a participação de conselheiros com filiação partidária e/ou sindical.

Tramitando silenciosamente, sem destaque da mídia ou qualquer debate com a sociedade, o projeto representa uma grave ameaça ao Estado brasileiro, pois coloca em risco o caráter público e social das empresas estatais. Petroleiros e diversas outras categorias estão organizando uma grande mobilização para o dia 03, em Brasília, para impedir que o PLS 555 seja votado. Essa é uma luta urgente, que precisa da participação de todos os trabalhadores. Saiba mais, acessando na internet a campanha contra o projeto: www.diganaoaopls555.com.br

Fonte: FUP

Petrobrás atende pleito da FUP e antecipa adiantamento do 13º salário

Em atendimento à reivindicação da FUP, a Petrobrás concordou em antecipar para a próxima sexta-feira, dia 05, o pagamento do adiantamento do 13º salário. A empresa, no entanto, não se posicionou em relação à implementação das pendências referentes à equalização do ACT dos trabalhadores da Fafen-PR e informou que ainda está analisando a reivindicação de abono dos dias da greve de novembro.

 

Na reunião que teve com o RH, no último dia 25, a FUP se contrapôs à proposta apresentada pela Petrobrás de descontar 50% dos dias parados e compensação dos outros 50%, deixando claro que essa conta não pertence aos trabalhadores, pois é fruto da intransigência e da irresponsabilidade dos gestores, que levaram a categoria à greve. A Federação cobrou o abono dos dias e uma nova reunião para que a empresa se posicionasse.

 

Veja como foi a reunião do dia 25: http://www.fup.org.br/ultimas-noticias/item/18864-reuniao-com-a-petrobras-varias-pendencias-e-nenhuma-solucao

 

Cisão do Plano Petros dará mais segurança aos assistidos e participantes

Aprovada pelo Conselho Deliberativo da Petros no dia 12 de janeiro, a cisão do Plano Petros do Sistema Petrobrás (PPSP) aguarda aprovação das instâncias governamentais. Mais conhecido como "separação de massas", o processo dará tratamentos distintos aos dois grupos que integram o Plano: os que repactuaram (75%) e os que não repactuaram (25%). 

Após a cisão, esses dois grupos ficarão em planos diferentes, com compromissos e patrimônios separados. Isso dará mais segurança aos participantes e assistidos de cada grupo, já que têm demandas diferenciadas, evitando, assim, que uma massa subsidie a outra, o que já tem gerado sérios reflexos no Plano. É o caso, por exemplo, das ações judiciais que atendem especificamente aos não repactuados, mas cujo impacto no passivo do PPSP afeta a todos.

A cisão atende rigorosamente às exigências da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).  Os compromissos (passivo) com as duas massas (repactuados e não repactuados) serão separados proporcionalmente, assim como os respectivos patrimônios (ativo). O cálculo será feito de acordo com as características de cada massa, levando em conta não só o número de participantes e assistidos, mas também os valores dos benefícios e as expectativas de vida.

Próximos passos

Após aprovação do Conselho Deliberativo da Petros, a cisão do PPSP deverá ser submetida pela Petrobrás à avaliação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest). Só após ser aprovada pelo Dest é que a Petros poderá encaminhar o processo de cisão à Previc. Passando por essas duas instâncias, a separação de massas poderá ser efetuada.

Fonte: FUP

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