Nov 25, 2024

Revista Época entrevista a FUP

A FUP foi procurada pela Revista Época para responder a uma reportagem para a próxima edição que, segundo a revista, tratará de questões sobre a relação da Petrobrás com os sindicatos. Publicamos a seguir a íntegra das perguntas e as respostas da FUP:

REVISTA ÉPOCA | Estamos produzindo, para a próxima edição, uma reportagem em que serão levantadas questões relacionadas à relação da Petrobras com os sindicatos. Peço-lhes que, por gentileza, nos permita contato com porta-voz da federação para podermos abordar algumas questões, dentre as quais (mas não apenas essas):

Dirigentes da federação  há pelo menos cinco anos dispensados do trabalho, conforme a cláusula 170 do Acordo Coletivo, têm sido beneficiados com o avanço de nível por desempenho todos os anos, nesse período. Qual é a avaliação da federação sobre tal situação?

Esses sindicalistas também fazem jus  a adicionais, como o noturno e o de periculosidade, próprios, segundo a Constituição, de trabalhadores que trabalham em horários adversos e condições de risco? O que a Federação diz disso?

 

RESPOSTA DA FUP | A liberação de empregados para o exercício de mandato sindical é prevista na CLT e no Acordo Coletivo de Trabalho. Sobre eventuais avanços de níveis e adicionais da remuneração recebidos antes da liberação sindical, e depois mantidos, o entendimento da FUP é o da Liberdade Sindical, como preconizada pela Organização Internacional do Trabalho: o representante dos trabalhadores não pode se locupletar da representação, nem tampouco ser prejudicado. O ideal é que, no exercício do mandato, tenha seus direitos anteriores mantidos.

 

REVISTA ÉPOCA | O que a Federação diz a respeito do programa de retenção de empregados?

RESPOSTA DA FUP | A Indústria do Petróleo tem muitas especificidades, em razão das quais alguns profissionais que detêm vasto conhecimento sobre temas técnicos específicos permanecem por mais algum tempo, após a sua aposentadoria, para transmitir esse saber. É assim no mundo todo.

 

REVISTA ÉPOCA | Por que a Federação precisou aumentar o número de dispensados com remuneração integral, há dez anos? Como foi esta negociação? Por que só a FUP possui tal vantagem, se há duas Federações?

 

RESPOSTA DA FUP | O Sistema Petrobrás saiu de 38.000 empregados em 2001 para cerca de 80.000 em 2015.O aumento da liberação de dirigentes visou acompanhar essa proporção. Além disso, a FUP atua como entidade de expressão nacional e internacional, sendo necessária a dedicação de muitos. Vale ainda ressaltar que existem liberações de dirigentes com ônus integral para as entidades sindicais.

Por último, a chamada "outra federação" não possui registro sindical. O Brasil ainda mantém um arcaico sistema de unicidade sindical (Constituição, Art. 8°, Inciso II), controlado pelo Estado. E a referida entidade, até onde sabemos, não atendeu aos requisitos legais para sua existência.

Nota oficial da CUT-RS: Auditoria da dívida pública, sim! Reforma da Previdência, não

A Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS) vem a público reafirmar a necessidade de realizar uma auditoria da dívida pública, conforme proposta aprovada na assembleia dos movimentos sociais no Fórum Social Temático de 2016, a exemplo de outros países como o Equador, com transparência e participação da sociedade, verificando o contexto político em que foi contraída, a legalidade das operações, o quanto já foi pago e a quem beneficia.

 

Segundo dados do Orçamento Geral da União, executado em 2014, o pagamento de juros e amortizações da dívida pública abocanhou  45,11%, enquanto as despesas com a Previdência consumiram 21,76%, o que representa menos da metade dos recursos usados para alimentar o rentismo e a especulação financeira.

 

Além disso, o governo deveria cortar gastos por meio da redução da taxa de juros (Selic), cujo percentual é um dos mais altos do mundo e remunera os títulos da dívida pública. Trata-se da bolsa-rico, que engorda o capital financeiro, cujos lucros estratosféricos não param de aumentar, favorecendo acionistas insaciáveis, os mesmos que questionam o bolsa-família e os programas sociais do governo e agora pressionam pela Reforma da Previdência.

 

O Brasil não pode reduzir políticas públicas e cortar investimentos sociais por conta de um ajuste fiscal, enquanto continua essa sangria de dinheiro da população, o que só acumula ainda mais riqueza nas mãos de poucos, travando a retomada do crescimento, aprofundamento as desigualdades e comprometendo o futuro.

 

Isto posto, a CUT-RS avalia que não cabe fazer uma Reforma da Previdência para tirar direitos conquistados das atuais e futuras gerações de trabalhadores e trabalhadoras. Desta forma, posiciona-se radicalmente contra propostas de instituição de idade mínima para as aposentadorias e de equiparação das regras entre homens e mulheres e entre trabalhadores rurais e urbanos.

 

A CUT-RS alerta que muitas dessas propostas se baseiam em falsos “mitos”, como a suposta existência de “déficit” na Previdência, o que vem sendo espalhado por uma mídia golpista e sem compromisso social, que tem por objetivo confundir e manipular a consciência do povo brasileiro para atender aos interesses do sistema financeiro.

 

A Previdência deve estar a serviço do desenvolvimento, valorizando o trabalho e a distribuição de renda e garantindo qualidade de vida e dignidade para os trabalhadores e os aposentados.

 

Por isso, a CUT-RS vai levar para as ruas a luta pela auditoria da dívida pública na mobilização de 31 de março, dia que haverá uma grande marcha a Brasília e um ato público em Porto Alegre para combater o ajuste fiscal, a Reforma da Previdência, os cortes nos investimentos sociais, em defesa do emprego e dos direitos, Fora Cunha e contra o golpe.

 

Juntamente com a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, a CUT-RS chama as entidades sindicais, os movimentos sociais populares e todos os trabalhadores e as trabalhadoras a participarem desta luta. Somente o povo organizado, consciente e mobilizado nas ruas poderá impedir retrocessos e garantir os direitos da classe trabalhadora e a democracia.

 

Porto Alegre, 3 de março de 2016.

Executiva da CUT-RS

Sindipetro-RS participa da audiência da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, na Câmara dos Deputados, em Defesa do Pré-Sal

O Ato em defesa da estatal ocorreu nesta quarta-feira, na Câmara, após o Senado aprovar, na semana passada, a lei que tira a Petrobrás a condição de operadora única do pré-sal.

Para o coordenador da FUP, José Maria Rangel, o governo federal jamais deveria, se tratando de um tema tão importante como este, ter tomado uma atitude sem conversar com a base parlamentar. "O petróleo não é uma questão de governo, mas de Estado. Esse tema do petróleo divide opiniões entre os que acreditam que petróleo pode ser a redenção de um povo e os que querem entregar a riqueza do nosso país aos outros países, mantendo o Brasil submisso ao capital internacional”, afirmou.

Ao final do ato, a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás anunciou um amplo calendário de luta e uma campanha nacional contra o projeto que ameaça a indústria petrolífera e a Petrobrás.

 

 

 

Facebook