Nov 24, 2024

Relatório final do Grupo de Trabalho Pauta pelo Brasil propõe alternativas para o desmonte da Empresa

Já está no site do Sindipetro-RS o relatório final do Grupo de Trabalho Pauta pelo Brasil. O documento, com propostas para a Petrobrás superar a crise que atravessa, foi concluído após uma série de debates entre os petroleiros e a Petrobrás.

O GT foi concluído no dia 21 de março, e só foi possível em função da greve de novembro de 2015, onde os trabalhadores deixaram claro nas negociações que não aceitariam o desmonte da empresa.

O relatório é um importante documento para debater com a categoria e os setores organizados da sociedade  que marcham ao lado dos petroleiros em defesa da Petrobrás, do Pré-Sal e da soberania nacional.

 Clique aqui e leia na íntegra o relatório.

A FUP não reconhece um governo golpista

O povo brasileiro acordou nesta quinta-feira, 12, com o país mergulhado em um golpe, que deixará cicatrizes profundas na nossa democracia. Apesar da notória arbitrariedade que versa sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Senado aprovou a sua admissibilidade por 55 votos contra 22. 

Sem cometer crime algum que desabone os 54 milhões de votos que recebeu dos eleitores brasileiros, Dilma foi ilegalmente afastada do cargo de presidente da República por senadores e deputados que respondem a processos na Justiça e nos Tribunais de Contas. Um julgamento ideológico e sem bases legais. Uma farsa montada pela mídia e pelos empresários, que jamais admitiram um governo de oportunidades para todos que luta por um país forte sem subserviência. Tudo com a conivência do judiciário.


O impeachment da presidente Dilma é mais um capítulo da luta de classes que sangra o Brasil há séculos. O objetivo dos golpistas é derrotar um projeto popular democrático que pela primeira vez colocou o povo pobre no centro da agenda nacional, com políticas sociais inclusivas e um programa de combate à fome que é exemplo internacional.


O golpe que assombra o mundo é contra os 36 milhões de brasileiros que foram retirados da linha de pobreza ao longo dos últimos 13 anos. O golpe é contra as conquistas sociais e os direitos dos trabalhadores. O golpe é contra um Estado forte e soberano.


O impeachment arbitrário instaurado contra a presidente Dilma é uma quebra institucional que terá consequências graves para a democracia. Mas tão perverso quanto isso, é o risco do país retroceder ao projeto conservador e excludente, que vem sendo rejeitado nas urnas desde 2002.


A FUP e os seus sindicatos, portanto, não reconhecem um governo sem legitimidade das urnas, que é resultado de uma conspiração golpista. Os petroleiros continuarão mobilizados junto com as demais categorias e os movimentos sociais em defesa da democracia e da soberania nacional. Seguiremos na luta por um Estado desenvolvimentista, onde a Petrobrás e o Pré-Sal sejam instrumentos de transformação social para o povo brasileiro.

 

Não reconhecemos golpistas e seguiremos em luta por direitos

Em nota, CUT ressalta que governo ilegítimo de Temer não terá vida fácil para retirar conquistas da classe trabalhadora.

Em reunião plenária do Senado, realizada hoje, dia 11 de maio, foi aprovado por 55 votos favoráveis e 22 votos contra a admissibilidade do  impeachment da Presidenta Dilma, que será afastada do cargo por um período de até 180 dias, para que  o processo seja  concluído. Chega-se, assim, aos momentos finais do mais infame golpe cometido contra a democracia brasileira, desde que ela foi reconquistada pelo povo brasileiro ao derrotar nos anos oitenta a ditadura militar.

A CUT vem protagonizando, junto com as forças democrático-populares, representadas pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, uma longa luta de resistência contra a iniciativa das forças conservadoras brasileiras que usam a farsa do impeachment para usurpar o poder conquistado nas urnas pela Presidenta Dilma, sem que ela tenha cometido nenhum crime de responsabilidade. Isto é golpe. Para dar a aparência de legitimidade a esta farsa, os senadores deram continuidade ao ritual prescrito pelo poder judiciário, aprovando a admissibilidade do impeachment e afastando temporariamente a Presidenta legitimamente eleita. Novamente, um colegiado em que parte dos membros é indiciada por de crime ou está sob investigação da justiça, condena uma inocente. Isto é inaceitável e mancha, de forma vergonhosa, nossa história republicana.

O golpe foi arquitetado pelas forças conservadoras, instigado pela mídia oligopolizada, financiado por empresários nacionais que querem retirar direitos da classe trabalhadora e por empresas multinacionais interessadas na privatização de empresas brasileiras e em  nossas riquezas naturais, como o Pré-Sal, apoiado pelos setores reacionários da classe média com suas patéticas manifestações, formalizado pelo poder judiciário que definiu seu rito, conduzido na sua primeira fase de forma escandalosa pela Câmara dos Deputados e está sendo finalizado agora pelo Senado, cuja maioria  capitula diante da pressão do poder econômico, tornando-se cúmplice da ruptura da ordem democrática. Ao contrário do que propala a grande mídia, de que nossas instituições continuam sólidas, a farsa do impeachment revela a que estágio de decomposição elas chegaram.

A CUT não reconhece o governo Temer e o condena como ilegítimo. Junto com as forças democrático-populares representadas pela FBP e pela FPSM, resistirá a toda e qualquer iniciativa que vise retirar direitos dos\as trabalhadores\as, precarizar as relações de trabalho, diminuir o investimento nas políticas sociais e piorar a qualidade das políticas públicas. Não aceitaremos que a classe trabalhadora e os setores mais  pobres da população sejam onerados com mais sacrifícios.

Conclamamos nossas bases a resistir ao governo Temer. Lutamos até agora em defesa da democracia e continuaremos lutando para reconduzir o país ao Estado de Direito, ao regime democrático e para fortalecer o povo, de onde emana todo o poder, para efetuar a necessária reforma de nossas instituições políticas.

NÃO AO GOLPE! FORA TEMER! NÃO MEXAM EM NOSSOS DIREITOS!

Fonte: CUT

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