Nov 25, 2024

Dois jornalistas são expulsos e um é multado por cobrirem ocupação de Belo Monte

No dia internacional da liberdade de imprensa, três repórteres foram impedidos de realizar a cobertura jornalística da ocupação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, nesta sexta-feira, 3, no Pará. Dois deles foram retirados por cerca de cem homens da Polícia Federal, Tropa de Choque, Rotam e Força Nacional, e um terceiro foi multado em mil reais. Um ativista também foi expulso do canteiro.

A reportagem é de Ruy Sposati e Lunaé Parracho e publicada pelo portal do Cimi, 05-05-2013.

Há três dias, cerca de 150 indígenas de oito povos atingidos pela construção de hidrelétricas nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires ocupam o principal canteiro da barragem, o Sítio Belo Monte, exigindo que as obras sejam suspensas até que eles sejam ouvidos pelo governo federal.

Na sexta, foi negado pela Justiça Federal o pedido de reintegração de posse da Norte Energia contra os indígenas. Contudo, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) também pediu à Justiça Estadual que concedesse reintegração de posse contra não-indígenas que estivessem no canteiro. A juíza Cristina Sandoval Collier da 4a. Vara Cível de Altamira concedeu pedido, o que levou à expulsão de dois jornalistas e a aplicação de multa em um terceiro.

Os três jornalistas - o fotógrafo da Reuters, Lunaé Parracho, o jornalista do Conselho Indigenista Missionário, Ruy Sposati e o correspondente da Radio France Internationale (RFI) no Brasil, François Cardona - tem realizado cobertura diária dos acontecimentos que envolvem a ação dos indígenas contra a construção de grandes barragens que afetam seus territórios. A RFI publicou neste sábado uma reportagem sobre a expulsão sofrida pelo correspondente.

Censura

“Essa decisão é absolutamente sem sentido”, afirma o advogado da Sociedade Paraense de Direitos Humanos(SDDH), Sérgio Martins. “Ela é tecnicamente inconsistente. Há uma dúzia de processos aqui assim. É como se qualquer justificativa do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) fosse suficiente para que a Justiça conceda liminares favoráveis a eles”, comenta.

Para Sérgio, a decisão da Justiça estadual foi política. “Essa ação é de 2011, na verdade. Era um interdito proibitório que a Justiça nunca extinguiu e que agora, um ano e meio depois, foi transformada em reintegração de posse. Ela visa tirar todo o apoio e solidariedade das pessoas não-indígenas, e eliminar a cobertura jornalística em campo. Foi uma decisão estritamente política, do ponto de vista judicial. ”, aponta.

A SDDH entrará com uma ação exigindo que seja garantido o acesso de jornalistas ao local da ocupação.

Perigo

Em nova carta lançada sábado, 4, os indígenas que ocupam o canteiro se mostraram preocupados com a proibição da imprensa no local. Segundo o documento, “a cobertura jornalística ajuda muito” a  “transmitir nossa voz para o mundo”.

“Nosso protesto é pacífico. Estamos pedindo para sermos ouvidos. Por que eles não querem os jornalistas aqui?”, questiona o guerreiro Valdenir Munduruku. “Se alguma coisa acontecer, a responsabilidade é do governo”.

IHU

Com plenário lotado, petroleiros gaúchos realizam o Congresso Estadual

O Plenário do Sindipetro-RS esteve lotado durante todo o sábado, 04. Mais de 70 petroleiros participaram do XXVIII Congresso Estadual.

O período da tarde teve como centro de discussão, a pauta de reivindicações da categoria para o ACT-2013. Os petroleiros puderam sugerir novas cláusulas e alterações nas já existentes do Acordo Coletivo. As reivindicações apresentadas no congresso local serão encaminhadas à Comissão Organizadora da IV Plenafup, que acontecerá entre os dias 06 a 09 de junho, no Assentamento Normandia, em Caruaru (PE).

Por último, foram eleitos a delegação que irá representar o Rio Grande do Sul no IV PlenaFUP. São eles:

Maia, Hélio, Marco, Cadore, Gilson, Martinelli, Moreira e Santa Neli.

No encerramento, o companheiro Neves presenteou o Sindipetro-RS com um quadro feito por ele, alusivo aos 50 anos da Entidade.

  

 

 

 

 

Começa o XXVIII Congresso Estadual dos Petroleiros

O XXVIII Congresso Estadual dos Petroleiros do Rio Grande do Sul teve inicio às 9h desse sábado, 04 de maio de 2013. Os companheiros Dary Beck Filho, João Aloisio e Gilson Fagundes foram escolhidos pela maioria dos votos para compor a Mesa Organizadora.

Ainda no início da manhã, foi discutido o Painel sobre Conjuntura, que teve como convidado o companheiro José Maria Rangel, recentemente empossado o representante dos trabalhadores no Conselho Administrativo da Petrobrás. Além disso, Zé Maria é diretor do Sindipetro Norte Fluminense e diretor da FUP.


Zé Maria reforça o preconceito da Empresa com os trabalhadores de nível médio: “é impressionante como a Empresa faz questão de diferenciar os trabalhadores de nível médio. Um país que teve um presidente da república sem nível superior, não poderia ter esse tipo de preconceito com seus trabalhadores”, enfatiza Zé Maria. O representante dos trabalhadores disse que na próxima segunda-feira vai entrar no ar o seu Blog, com postagens referentes ao Conselho Administrativo: “vou buscar fazer um mandato com total transparência e sintonia com a categoria, é assim que ela espera”, conclui o diretor.

 

Durante o Congresso, o Presidente Maia noticiou a morte do companheiro Jose Salvador Pelufo, e pediu um minuto de silêncio em homenagem aos companheiros falecidos essa semana, além de Pelufo, faleceram Luiz Antônio Bischoff e João Carlos Koche.

Na volta do intervalo para o almoço, os petroleiros darão continuidade ao Congresso com a Pauta Reivindicatória para o ACT 2013, após terá a eleição de delegados para o IV PlenaFUP.

 

 

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