Nov 22, 2024

Centrais realizam assembleia nacional dia 26 em defesa dos empregos e direitos

A CUT e as demais centrais sindicais do país se unem na próxima terça-feira (26) para promover, em São Paulo, a Assembleia Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras pelo Emprego e Garantia de Direitos.

Dirigentes das centrais e de ramos, confederações, federações e principais sindicatos do país vão construir uma pauta comum e um calendário nacional de luta para combater o desemprego e as tentativas de desmonte das políticas de inclusão social.

A mesma unidade que garantiu conquistas como a Política de Valorização do Salário Mínimo e a isenção do Imposto de Renda sobre o PLR (Participação nos Lucros e Resultados) agora irá enfrentar os ataques do golpista Michel Temer sobre os direitos trabalhistas, apontou o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.

“A participação dos dirigentes sindicais é fundamental para definirmos juntos um calendário de luta contra as ações do golpista Temer, que já observa os financiadores do impeachment cobrarem a conta. A frase do presidente da CNI sobre a necessidade de ampliar a jornada de trabalho é só uma demonstração do que os patrões serão capazes para aumentar o lucro com redução de direitos em época de crise”, afirmou.

De acordo com o dirigente, a assembleia definirá propostas da CUT e das demais centrais com o olhar de quem acredita na ampliação do investimento e não na recessão como forma de garantir a retomada do crescimento econômico e da geração de emprego e renda. 

SERVIÇO:
Assembleia Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras pelo Emprego e Garantia dos Direitos
Dia - 26 de julho – terça-feira
10h00  - Início da Assembleia Nacional
Local - Espaço Hakka
Rua São Joaquim, 460 – Liberdade – São Paulo

Fonte: CUT

Governo ilegítimo Temer quer reforma trabalhista para deixar os trabalhadores mano a mano com os patrões

O ministro ilegítimo do Trabalho, Ronaldo Bastos, anunciou oficialmente nesta terça-feira que vai defender, no Congresso Nacional, que as leis que protegem os trabalhadores tenham menos valor que negociações isoladas entre empresas e empregados.

Então, com essa mudança, podemos imaginar algumas situações. Se a lei determina que as férias são de 30 dias, mas o dono de uma grande empresa disser aos funcionários que aceitem férias de 15 dias ou, do contrário, serão demitidos, é bem provável que as férias passarão a ter apenas 15 dias.

Uma hora de almoço pode ser transformada em apenas meia hora. O 13º salário pode deixar de ser pago em determinado ano sob alegação de dificuldades financeiras. E por aí vai. Com o tempo, os direitos trabalhistas vão acabar. A carteira de trabalho vai ser peça de museu.

Esse projeto do governo ilegítimo do Temer é comumente chamado pelos dirigentes sindicais de “negociado sobre o legislado”.

“Esse projeto é gravíssimo. Em momentos de crise, como este que vivemos e que ainda deve durar bastante tempo, os trabalhadores têm menor poder de barganha, e as empresas vão fazer chantagem, coação econômica”, explica Hugo Cavalcanti Melo Filho, presidente da Associação Latino-americana  de Juízes do Trabalho.

Respeito à Constituição

O ministro do Temer afirma que os princípios constitucionais não serão desrespeitados. Pura retórica, explica o juiz Hugo. “É fácil dizer isso, porque a Constituição só aponta princípios, ela não regulamenta os direitos e a proteção ao cidadão. Isso quem faz são as leis específicas”, afirma. “Se você torna a negociação entre as partes um instrumento mais forte que as leis, a Constituição não tem valor prático”, diz.

Um exemplo claro dos limites da Constituição pode ser encontrado no inciso 30 do artigo 7º da Constituição. Esse inciso diz que não pode haver diferença salarial em virtude de sexo. No entanto, na prática, as mulheres continuam ganhando menos, pois não houve lei que regulamentasse esse princípio apontado pela Constituição.

Negociação pode?

Pode, claro. Este é inclusive um dos princípios do sindicalismo. Porém, segundo o Direito do Trabalho, as negociações entre as partes só podem ser realizadas com o objetivo de ampliar ou aperfeiçoar direitos, jamais o contrário. É o chamado princípio de progressividade.

Além disso, nem todos os trabalhadores têm sindicatos realmente fortes para sentar à mesa de negociações em condição de igualdade. E há, infelizmente, sindicatos que aceitariam acordos ruins para fins paralelos.

E, como lembrou o juiz Hugo, em situação de queda da economia, os trabalhadores ficam mais fragilizados, o que dificulta a resistência a propostas negativas.

Tem de matar no ninho

Para a advogada Silvia Lopes Burmeitef, presidenta da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas, a maneira mais segura de garantir os direitos trabalhistas é implodir no Congresso Nacional os três projetos de lei que têm a finalidade de fazer o negociado prevalecer sobre o legislado.

“Existe a possibilidade, caso o projeto seja aprovado pelos deputados e senadores, de entrar na Justiça para questionar sua constitucionalidade. E creio que as centrais sindicais o farão, caso necessário”, diz Silvia.

“Porém”, diz ela, “o retrato que temos hoje do Supremo Tribunal Federal nos mostra que dificilmente aquela corte decidiria a favor dos trabalhadores. Não confio no Congresso nem no STF”, alerta. “O mais seguro é impedir sua aprovação”, reafirma.

Como? “Temos de fazer mobilizações, atos e um intenso trabalho político”, responde Valeir Ertle, secretário nacional de Assuntos Jurídicos da CUT. “Os trabalhadores e trabalhadoras precisam ser informados dos riscos que esse projeto representa e temos de barrá-lo”. Mais uma razão, portanto, para #ConstruiraGreveGeral.

Recentemente, ministros do Tribunal Superior do Trabalho divulgaram manifesto criticando a proposta do negociado pelo legislado. Leia aqui.

Para conhecer o artigo 7º da Constituição, que trata dos direitos trabalhistas, clique aqui.

26 de julho é Dia de Mobilização!

PRÓXIMA TERÇA-FEIRA É DIA DE MOBILIZAÇÃO!

 

No próximo dia 26 de julho (terça-feira), dia em que a FUP estará reunida com a empresa cobrando o cumprimento do ACT, vamos participar do dia nacional de luta! A Diretoria do SINDIPETRO-RS convoca a categoria a debater a situação da empresa e as pendências do Acordo Coletivo de Trabalho 2015-2017 e deliberaremos sobre os atos de apoio a greve dos trabalhadores dos campos maduros.

Que momento!

O Presidente interino da Petrobrás, Pedro Parente, entrou com o pé no acelerador do desmonte e da privatização da empresa, com o falso discurso de que, para salvá-la tem que vender ativos.

Em março, os representantes dos acionistas, anunciaram o início da temporada de desmanche. Para atender o apetite privatista, foram oferecidos 104 concessões terrestres, sendo 98 áreas de produção e 6 blocos exploratórios, localizados nos estados do RN, CE, AL, SE, BA e ES.

Na última quinta-feira, 14, em declarações à Agência Estado, informou que a Petrobrás pretende “paralisar a produção de 25 plataformas, por até um ano, enquanto negocia a venda das áreas para a iniciativa privada”. Sendo administrados pela Petrobrás, os campos recebem investimentos regulares para manter a produção, gerando empregos e serviços, que mantém viva as economias locais. Nas mãos da iniciativa privada, o volume geral de investimentos cairá, sob a lógica do lucro máximo e da redução de custos. A combinação impactará negativamente os níveis de produção, rebaixando o pagamento de royalties, eliminação de empregos, precarização da atividade com redução de salários e direitos.

A história se repete

Para os trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás, que se encontram na iminência de perder seus postos de trabalho, que laboram há anos nessas áreas que estão sendo postas à venda, voltaremos no tempo, à década de 90. O que se descortina para o futuro imediato, é a retomada da política de transferências determinadas ou “procurem um local para trabalhar”.

Alguns desempenham as mesmas funções há décadas, com situação familiar e social estabilizadas. No entanto, de uma hora para outra, caso o processo de alienação de ativos continue avançando, logo recomeçará o drama, a pressão por relocação.

Nossa tarefa, Mobilização!

Além das greves, contra a venda de ativos, entre eles os campos maduros da região nordeste e a desintegração do Sistema Petrobrás, a categoria petroleira quer chamar a atenção para o avanço da ofensiva entreguista e lesa-pátria, conclamando a sociedade à mobilização. Então, no próximo dia 26 de julho, participe da mobilização nacional contra a venda dos campos maduros e o esquartejamento da Petrobrás.

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