Nov 22, 2024

Nesta quinta-feira (21) tem Caravana em Esteio

Nesta quinta-feira, 21 de julho, acontece mais uma edição da Caravana do Sindipetro-RS. Todos e todas estão convidados. Dessa vez, será na cidade de Esteio, no Sindicato da Construção Civil (Av. Castro Alves, 259), às 17h. 

No encontro será discutido a atual conjuntura, informações sobre a Petros, campanha salarial e outras questões. No final será realizada uma confraternização. Apareça!

 

Pedro Parente, o mercador!

Em entrevista de página inteira à Folha de São Paulo na segunda-feira, 18, o presidente interino da Petrobrás, Pedro Parente, tentou dourar a pílula do desmonte que está em curso na estatal. Hipocritamente, declarou que não defende a privatização da empresa, mas é a favor do controle compartilhado com o setor privado, o que chama de “cocontrole”. Disse ainda que irá preservar a empresa verticalizada e os seus interesses estratégicos.

Não precisa ser especialista no setor para perceber a má fé de Pedro Parente. Sob o seu comando, a Petrobrás está sendo esquartejada, com ativos valiosos em processo de liquidação, como malhas de gasodutos, termoelétricas, terminais de gás natural, campos de produção de petróleo, fábricas de fertilizantes, além de subsidiárias como a BR Distribuidora, a Liquigás e a Transpetro.

Como preservar a empresa verticalizada se ele está quebrando a integração do Sistema? Que nome damos a isso, se não privatização? Essa lorota de “cocontrole” nada mais é do que dilapidar o patrimônio da Petrobrás, entregando nas mãos do sócio privado o destino de investimentos que são estratégicos para o Estado. Esse modelo já foi testado no governo FHC, quando Pedro Parente, então ministro da Casa Civil e conselheiro da estatal, autorizou a venda de 30% da Refap para a Repsol, que já havia comprado a YPF, a petroleira estatal argentina.

O resultado foi um fiasco. Por conta do tal controle compartilhado, a Petrobrás ficou anos a fio refém dos interesses do sócio minoritário, que, vetava qualquer tipo de investimento que não tivesse retorno financeiro imediato, como, por exemplo, as obras para adequar as unidades da refinaria às exigências da legislação ambiental. Essa sangria só teve fim quando a Refap voltou a ser 100% Petrobrás, em dezembro de 2010.

Pedro Parente sabe muito bem que seu papel não é defender os interesses estratégicos da Petrobrás, como disse na entrevista. Sua função é preparar a companhia para atender aos interesses econômicos dos setores que apoiaram o golpe. Por isso é contra a Petrobrás ser a operadora do Pré-Sal. Na entrevista à Folha, ele chegou a afirmar que o modelo de partilha é “o menos favorável para as empresas”. Como assim? Quem Pedro Parente representa? A Petrobrás ou as suas concorrentes? Um gestor que abre mão de 30% de participação garantida nos campos do Pré-Sal definitivamente não tem qualquer compromisso com os interesses estratégicos da empresa que comanda.

As multinacionais querem abocanhar a maior reserva de petróleo do planeta todinha para elas, sem partilhar nada com o Estado ou com o povo brasileiro. E para isso contam com a ajuda de Pedro Parente, cuja missão é transformar a Petrobrás em uma empresa a serviço do mercado internacional e não dos interesses do país. É o caso, por exemplo, da política de conteúdo nacional, que ele diz na entrevista que precisa ser revista.

Quando Pedro Parente participou do governo FHC, as plataformas e equipamentos da Petrobrás eram encomendados no exterior. Em 2003, os contratos da empresa com os estaleiros brasileiros eram para apenas dois módulos de FPSO. Dez anos depois, a indústria naval tinha sob encomenda da estatal 08 cascos de navios, 04 conversões de cascos, 16 módulos de FPSO, 28 sondas e 40 navios.

A política de conteúdo nacional foi fundamental para alavancar a indústria brasileira e a economia do país, gerando empregos e investimentos no mercado interno e não no exterior, como defende Pedro Parente. Os números falam por si só. Os empregos da cadeia produtiva da indústria de petróleo se multiplicaram, só no setor naval aumentou em 26 vezes, saindo de 3 mil trabalhadores para 78 mil. Os reflexos sobre a economia foram imediatos: em 2003, os investimentos do setor representavam 3% do PIB, dez anos depois passaram a ser 13%.

É disso que se trata o golpe em curso no país e na Petrobrás. A missão de Pedro Parente é retomar o modelo econômico ultraliberal dos anos 90, focado nas privatizações, na redução do Estado, na flexibilização de direitos e na lucratividade do capital estrangeiro. O Pré-Sal e os ativos da Petrobrás são a moeda de troca do golpe. E Pedro Parente, o mercador.

 

 

CUT-RS reforça mobilização da Frente Brasil Popular contra o golpe no dia 31 de julho em Porto Alegre

Em reunião da diretoria executiva ampliada, ocorrida na manhã desta terça-feira (12), a CUT-RS decidiu reforçar a mobilização da Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul, que prevê a realização de um grande ato no dia 31 de julho (domingo), no Parque da Redenção, em Porto Alegre.

“O objetivo é retomar as manifestações populares nas ruas,defender a democracia e os direitos trabalhistas e sociais, continuar exigindo Fora Temer, barrar a consumação do golpe no Senado e reforçar o combate à política neoliberal”, afirmou a secretária de Finanças da CUT-RS, Vitalina Gonçalves.

Os dirigentes sindicais também debateram o indicativo da Frente Brasil Popular de realização, na segunda quinzena de agosto, de uma marcha sobre Porto Alegre. “A intenção é chamar a atenção da sociedade para o desmonte das políticas públicas, que já está sendo operado pelo governo ilegítimo e golpista de Temer, e alertar para o que poderá vir a ocorrer depois, se o golpe for consumado, além de combater os ataques do governo Sartori aos servidores e ao povo gaúcho”, disse o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Rumo à greve geral

A diretora Mara Feltes e o diretor Claudio Augustin relataram os encaminhamentos da última reunião de direção da CUT Nacional, onde todos os esforços estão sendo feitos na perspectiva de construir a greve geral para barrar o golpe e combater o avanço das políticas neoliberais.

O calendário aprovado prevê a realização de assembleias nos sindicatos, plenárias estaduais e dos ramos, além de um dia nacional de assembleia da classe trabalhadora, em data a ser definida. “Será feito também o lançamento um manifesto das Campanhas Salariais Unificadas”, adiantou Mara.

Claudio enfatizou a urgência de dialogar com os trabalhadores e expor que “o que está em jogo agora são os direitos da classe trabalhadora e é essa discussão que os sindicatos precisam fazer, de imediato e com urgência, para fazermos uma grande greve geral”.

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Defesa da Previdência Social

Outro destaque na agenda de mobilizações da CUT-RS é a participação nas audiências públicas sobre a Previdência Social que a Comissão de Direitos Humanos e Legislativa Participativa do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), agendou no interior do Rio Grande do Sul.

Os encontros contam com o apoio da CUT-RS e das centrais sindicais e da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Previdência Rural e Urbana, com a finalidade de debater com a sociedade a defesa da Previdência Social, da CLT e da Justiça do Trabalho.

Confirma calendário das audiências públicas:

- 29 de julho (Passo Fundo);

- 5 de agosto (Santa Maria);

- 19 de agosto (Vale dos Sinos);

- 26 de agosto (Pelotas);

- 9 de setembro (Santa Rosa);

- 23 de setembro (Serra) e

- 21 de outubro (Alegrete).

Em cada encontro, Paim quer referendar a Carta Aberta dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Gaúchas em Defesa da Previdência, da CLT e da Justiça do Trabalho, aprovada na audiência pública realizada no dia 20 de junho, em Porto Alegre.

Fonte: CUT-RS

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