Nov 27, 2024

CUT e Sindicatos promovem ato no aeroporto nesta terça(30)

Nesta terça-feira, 30, o Sindipetro-RS, a CUT e os demais Sindicatos, promovem um ato contra a votação da maioridade penal e da privatização do pré-sal. A mobilização será no Aeroporto Internacional Salgado Filho, a partir das 5h.

Há o indicativo que essas matérias podem ser votadas no Congresso Nacional ainda esta semana. O objetivo é pressionar os deputados gaúchos que embarcam para Brasília nos primeiros voos da terça-feira.

Entenda

O PLS 131/2015, do senador José Serra (PSDB), altera as regras de exploração do pré-sal e revoga o artigo que garante à Petrobrás a função de operadora única nas atividades de extração do óleo em áreas de grande profundidade no país. Caso aprovado, o PLS 131/2015 significará a privatização completa de uma das maiores riquezas nacionais.

A PEC 171/93 reduz a maioridade penal  para 16 anos, está em discussão no Congresso Nacional e foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em março.

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Conselho Deliberativo da FUP indica mobilização contra mudança na Lei do pré-sal

Nessa quarta-feira (24), o Conselho Deliberativo da FUP se reuniu para avaliar a conjuntura que antecede a realização da V Plenafup, nos próximos dias 1 a 5 de julho, em Guararema (SP). Na reunião, com a presença do representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, Deyvid Bacelar, os dirigentes da Federação e dos sindicatos reafirmaram a luta pela manutenção da Lei 12.351/2010, que estabelece o regime de partilha do pré-sal.

Manter a lei como está é garantir que a Petrobrás permaneça como única operadora das áreas do pré-sal e a sua participação mínima de 30% nos campos licitados. Defender o atual modelo de partilha é também manter o domínio e desenvolvimento da tecnologia nacional para a exploração nessas regiões.

O controle público da exploração desse recurso pela Petrobrás permite, ainda, que os recursos advindos do pré-sal sejam destinados para a educação e saúde de qualidade para toda a população do País, como está previsto no Fundo Social Soberano, garantido na atual na Lei 12.351.

A legislação que estabelece o atual modelo de partilha está sendo ameaçada pela aprovação em regime de urgência do PLS 131/2015, do senador José Serra (PSDB/SP), que será debatido em audiência pública no Senado, na próxima terça-feira (30).

O Conselho Deliberativo da FUP indica aos sindicatos a realização de mobilizações nos próximos dias em defesa da Petrobrás e contra a aprovação do projeto de José Serra.

Na reunião, o CD referendou as propostas da FUP para o novo Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás, protocolado na presidência da empresa, nessa terça-feira (23).

Fonte: FUP

 

Com ato público, caminhada e audiência pública trabalhadores repudiam terceirização

Esta quinta-feira, 25, foi mais um marco na luta contra a terceirização. Com a realização da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal para debater o projeto que regulamenta a terceirização (antigo PL 4330/04, que agora tramita no Senado Federal como PLC 30/2015), no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, a CUT-RS foi protagonista no repúdio ao retrocesso que o PLC representa.

O presidente da Comissão e relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), coordenou a audiência e enfatizou seu posicionamento contrário à regulamentação da terceirização na atividade-fim.

“A matéria, se aprovada e virar lei, vai precarizar ainda mais as relações de trabalho no Brasil, aumentando a massa de terceirizados e reduzindo o número de trabalhadores protegidos pela CLT. Isso é um absurdo e se depender de nós esse projeto não vai para frente”, declarou.

Durante as falas das centrais sindicais, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, agradeceu o tratamento dado pelo Senado ao projeto da terceirização e a iniciativa de realizar as audiências públicas nos estados brasileiros.

Nespolo defendeu o fim do financiamento empresarial para campanha política, pois os candidatos eleitos ficam reféns dos seus financiadores. “Muita entidade patronal financiou campanha de deputados e o preço disso estamos pagando agora, com o Congresso mais conservador da nossa história.”

De acordo com ele, a garantia das conquistas trabalhistas aos que já atuam como terceirizados, nas atividades de apoio, é fundamental para evitar a precarização. Garantido que a CUT não aceitará nenhum rebaixamento de direitos. “Um país do porte do Brasil não pode permitir relações de trabalho que remetem à escravidão. Se não derrotarmos o PLC 30 no Senado, vamos fazer uma greve geral”, declarou.

O dirigente entregou ao senador Paim um manifesto assinado pela CUT, CTB, AMATRA IV, Ministério Público do Trabalho da 4ª Região, Intersindical, CSP – Conlutas, NCST e Força Sindical (leia aqui).

Muito aplaudido, o ex-governador do RS, Olívio Dutra, também refutou o projeto. “Houve um tempo em que transportar trabalhador de um lado pro outro e negociar mão de obra se chamava escravidão”, afirmou.

Os trabalhadores lotaram o auditório para acompanhar o debate. A audiência teve transmissão ao vivo, em uma parceria com a ABRAÇO-RS.

Caminhada precedeu a audiência

Por volta das 11h, iniciou a concentração dos trabalhadores em frente à Federasul, onde os representantes de sindicatos de diversas regiões do estado se manifestaram, dialogando com a sociedade sobre o ataque que a classe trabalhadora está sofrendo com a possibilidade de ampliar o serviço terceirizado na atividade-fim.

“O debate desse retrocesso que é a terceirização só veio à tona porque o Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu os trabalhadores com violência lá em Brasília. E as entidades patronais como a Federasul, Fecomércio e Fiergs pressionaram muito para que o projeto fosse aprovado, por isso estamos aqui hoje. E sempre vamos defender o trabalho, seja na iniciativa privada ou no funcionalismo público, de qualidade, sem precarização”, disse Nespolo.

Durante a caminhada até a Assembleia Legislativa, um boneco do Eduardo Cunha foi queimado na Esquina Democrática.

Fonte: CUT-RS

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