Nov 27, 2024

Delegados da V Plenafup relembram greve de 95 em peça teatral

Sob o olhar atento e ao som de músicas, os petroleiros e petroleiras assistiram a encenação da greve de 1995. Por alguns minutos, foi possível voltar ao passado e relembrar um período marcado por luta e resistência da categoria petroleira. Naquele mês de maio, o Brasil e a classe trabalhadora viram um exemplo de unidade, que garantiu a permanência da Petrobrás sob o controle do Estado.

Na peça, os artistas mostraram como a mídia distorcia os fatos. Foi nesse instante, que os atores interagiram com os trabalhadores, lançando perguntas questionadas à época. Do outro lado, os participantes viram como a categoria reagiu bravamente diante da conjuntura.

A peça teatral foi realizada na noite desta quarta-feira, dia 1º, na V Plenafup, que vai até domingo, dia 5, na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema/SP.

Fonte: Sindipetro-MG

Opção do Conselho da Petrobrás pelo mercado coloca em risco a empresa e o Brasil

Após a fracassada estratégia do governo FHC de pulverização, fatiamento e abandono da Petrobrás, cuja finalidade era a sua privatização, o governo Lula formulou uma nova estratégia, reconstruindo a Petrobrás. A empresa expandiu exponencialmente sua taxa de investimentos, reassumiu o papel de integração da cadeia de energia, ampliou sua atuação em novos setores de energia sustentável, assumiu uma posição de grande player internacional por meio da realização de investimentos em vários mercados internacionais e se tornou, nos últimos anos, o maior símbolo global de sucesso tecnológico e de inovação com a descoberta do pré-sal. Na crise internacional de 2008, ao lado dos bancos públicos, realizou um papel central na política anti-cíclica elaborada pelo governo federal que impediu uma recessão ainda mais grave da economia brasileira naquele momento.

 

No entanto, apenas seis anos depois, ainda sob a tutela de um governo do PT, a nova gestão da Petrobrás retoma a fadada estratégia do governo tucano. O projeto de recuperação proposta pela nova gestão é nada mais, nada menos, que a retomada, talvez mais intensa, do projeto tucano de fatiamento, diminuição e pulverização da Petrobrás. A resposta para crise da Lava-Jato e do mal resultado observado em 2014 atende a uma antiga demanda dos mercados de capitais, representados pelos acionistas minoritários da empresa e pelos segmentos conservadores da sociedade brasileira. A opção é desinvestir brutalmente, abrir mão de setores não lucrativos e reduzir fortemente a atuação em segmentos que não estejam envolvidos com a área de exploração e produção.

 

É simbólico nesse processo o total desconhecimento da nova gestão que impõe impactos deletérios sobre o emprego e as economias locais. A expectativa é que, com essa nova estratégia, a Petrobrás retome a confiança dos mercados e recupere sua trajetória de lucro. Ao mesmo tempo, ignoram-se todos os impactos sociais em várias regiões do país e o papel fundamental que a empresa possui a fim de impulsionar vários outros segmentos da indústria.

 

Para os trabalhadores petroleiros, talvez seja o momento mais crítico observado desde a greve de 1995. É uma terrível coincidência que, justamente, vinte anos após aquele momento, a categoria se depare, novamente, com uma nova tentativa de destruição da Petrobrás. Além das ameaças de uma redução ainda mais intensa dos empregos terceirizados, várias cidades e regiões, cuja economia está fortemente atrelada à da Petrobrás, sofrem uma perspectiva de desarticulação das suas cadeias produtivas e dos setores de serviços, que devem agravar ainda mais a atual crise da economia brasileira. Seja pela redução do emprego, seja pela eliminação de cadeias produtivas, a atual estratégia da Petrobrás coloca em risco a sobrevivência financeira de petroleiros pelo Brasil afora.

 

FUP

 

PlenaFUP começa nesta quinta-feira (1)

Do dia 1º ao dia 05 de julho, os petroleiros gaúchos, juntamente com os petroleiros de todo o país, estarão participando da V PlenaFUP, em Guararema, São Paulo. Com o tema “Defender a Petrobrás é defende RO Brasil”, a Plenária será realizada na Escola Florestan Fernandes, centro de formação de lideranças do MST.  

A participação e as decisões tomadas no encontro são de vital importância, pois serão definidos os encaminhamentos e o rumo das lutas dos petroleiros, nas questões internas e social, como a defesa da Petrobrás, do pré-sal, da soberania nacional e dos direitos dos trabalhadores.

Mais uma vez, os petroleiros da FUP realizarão sua plenária nacional em um espaço de luta e de formação dos movimentos sociais. A Escola Florestan Fernandes pertence ao MST e completa este ano uma década de existência, em meio a uma crise financeira grave, que ameaça a sua sobrevivência. Por isso, todos os recursos da V Plenafup serão aplicados na escola, que tem sido um importante centro de formação para as lideranças sindicais e sociais não só do Brasil, como de toda a América Latina. Assim como fizeram em outras ocasiões, as delegações de petroleiros reverterão para a luta social valores que seriam apropriados por um hotel. A riqueza dessa experiência foi comprovada e aprovada pela categoria em 2009 e em 2013, quando a FUP realizou suas plenárias em núcleos de formação do MST no Paraná e no Ceará, respectivamente.

Confira a programação da V PlenaFUP:

Confira a programação:

Quarta-feira - 01 de julho

09h às 20h – Chegada das delegações

09h às 18h – Credenciamento

12h às 14h – Almoço

16h às 19h – Reunião das forças políticas

19h às 21h – Jantar

21h – Peça Teatral sobre a greve de 1995  e confraternização.

Quinta-feira - 02 de julho

6h – Ato no Terminal de Guararema

08h às 14h – Credenciamento

10h às 11h – Aprovação do Regimento Interno e Eleição da Mesa Diretora

11h às 12h – Apresentação das teses e eleição da tese guia

12h às 14h – Almoço

14h às 17h00 – Mesa temática sobre Soberania Alimentar, com participação do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias e de representante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)

19h – Abertura Oficial da Plenária

21h - Jantar

 

Sexta-feira - 03 de julho

09h às 11h – Mesatemática sobre conjuntura política e econômica, com participação de João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST, e de Adhemar Mineiro, do Dieese.

11h às 13h – Mesa temática sobre o setor petróleo, com participação de representantes da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia

13h às 15h - Almoço

15h às 17h – Mesa temática  sobre saúde e segurança, com participação da médica e pesquisadora da Fundacentro, Leda Leal Ferreira, e de Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, do Ministério da Previdência Social.

17h às 19h –Mesa temática sobre terceirização, com participação do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do DF/TO, Grijalbo Fernandes Coutinho, e Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT.

19h às 21h – Jantar

21h às 22h – Reunião das forças políticas

22h – Confraternização

Sábado - 04 de julho

09h às 12h – Plenária de discussão da pauta de reivindicações

12h às 14h – Almoço

14h às 20h –Plenária de discussão da pauta de reivindicações

20h às 22h – Jantar

22h – Confraternização

Domingo - 05 de julho

09hàs12h– Plenária de discussão da pauta de reivindicações

12h às 13h – Mesa de encerramento

13h às 15h – Almoço

14h – Retorno das delegações

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