Nov 27, 2024

Ex-presidente Lula convoca categoria petroleira a defender a Petrobrás

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou a defesa da Petrobras nesta sexta-feira (3), durante sua participação na 5ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP). O ex-presidente disse ainda que "se alguém roubou a Petrobras, que pague pelo roubo, mas que os trabalhadores não sejam punidos". A Plenária acontece na Escola Nacional Florestan Fernandes do MST em Guararema (SP). "A luta da defesa da Petrobras não é só dos petroleiros. É de quem tem responsabilidade com a soberania desse país", completou.

Lula disse que "se quiserem um brasileiro com orgulho da Petrobras, estou aqui" e sobre a abordagem da imprensa às questões da estatal, afirmou: "a A Petrobrás não é corrupção. É muito mais que isso. O Brasil não é só miséria como querem mostrar. Não queremos que não mostrem as coisas ruins, mas queremos que mostrem a verdade". O ex-presidente comentou os vazamentos seletivos da Operação Lava-Jato. "O vazamento tem interesse. É para pegar alguém ou acusar um partido. Ou seja, a pessoa só pode ser chamada de ladrão quando provar que éladrão, não pode criminalizar a pessoa antes de ser julgada".

O atual pessimismo na sociedade também foi lembrado no discurso de Lula, que afirmou: "o mau humor hoje não é gratuito. Tem gente que ganha quando cai as ações da Petrobrás. Eles compram para vender na alta. Acho que tem gente que dá notícia negativa todo dia, para criminalizar o PT e as esquerdas". E rebateu "não há espaço para sermos negativos neste país, é só olhar o que nós éramos e o que somos hoje. Estamos vivendo tempos difíceis, mas vamos consertar. E é isso que a presidenta Dilma está fazendo neste momento".

Ele enalteceu as "boas notícias" que já estão sendo anunciadas. "Dilma já anunciou dois planos importantes, que é o Plano Safra e o Plano de Concessões, vai anunciar programa de investimento na área de energia, setor elétrico. Mais 3 milhões de casas no Minha Casa, Minha Vida, e vai anunciar outras medidas importantes". Lula lembrou também o Plano Nacional de Educação (PNE), que "é o grande programa revolucionário neste país" e afirmou "vamos andar o Brasil defendendo este Plano".

Sobre a redução da maioridade penal recém-aprovada na Câmara, o ex-presidente observou que se trata de uma injustiça. "O que explica que o Congresso queira jogar na costa de meninos de 16 anos a responsabilidade pelo que os governos não fazem?". Lula disse também que a "meninada precisa de oportunidade e não de cadeia".

A intolerância política foi outro tema abordado por ele em sua explanação. Lula ressaltou a necessidade de defender a democracia. "A democracia pressupõe respeitar o espaço do outro. Repartir democraticamernte os espaços públicos. E não pichar com violência a porta da casa do Jô Soares porque ele entrevistou a presidenta".

Para terminar, Lula encorajou os trabalhadores a fazer a disputa política no Brasil. "A luta dos trabalhadores não pode ser eminentemente econômica. Tem que pensar em outras coisas. Tem que defender a empresa, proposta para melhorar a vida da empresa, mas tem de sobretudo defender a democracia deste país, o estado de direito. Porque não foi fácil o que conquistamos até agora. Não podemos abdicar disso".

Fonte: Instituto Lula

A defesa da Petrobrás e do Brasil pautou os discursos da solenidade de abertura da 5ª Plenafup

Os ataques que a Petrobras vem sofrendo na mídia, a necessidade da solidariedade de classe e unidade em defesa do pré-sal e da soberania nacional pautaram os discursos da mesa de abertura política da V Plenafup, que aconteceu nesta quarta, às 19h na sede da Escola Florestan Fernandes em Guararema, São Paulo com o tema "Defender a Petrobrás é defender o Brasil".

A mesa de abertura contou com as presenças da representante da Escola Nacional Florestan Fernandes e membro da direção nacional do MST, Rosana Fernandes; o diretor do Sindicato Unificado de São Paulo - Gustavo Marsaioli, presidente de honra do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti,Representante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Luiz Delacosta, Via Campesina, Romário Ronceto, o Presidente da Confederação Nacional dos Metalurgicos - Paulão ; o Presidente da CUT - Wagner Freitas, pela Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) - Divanilton Pereira, representando a Federação ùnica dos Petroleiros na época da greve de 95, Humberto Carvalho, representando a CNRQ, Cibele Isidoro, o representante dos trabalhadores no CA da Petrobrás, Deyvid Bacelar, o coordenador da FUP, José Maria Ferreira Rangel.

Antes dos discursos, os militantes do MST e estudantes da escola fizeram uma mística emocionante com cânticos e danças empunhando bandeiras que remetiam a unidade dos trabalhadores do campo e da cidade. A representante da Escola Nacional Florestan Fernandes e membro da direção nacional do MST, Rosana Fernandes, agradeceu a categoria petroleira pelo legado que vão deixar na escola, através de reformas que eram urgentes e necessárias para a escola. Ao término da apresentação, o canto da Internacional Socialista uniu todas as vozes presentes na Plenária.

Também foi lida uma saudação do Deputado Federal do PCdo B, Davisson Magalhães, da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás.

O Presidente da CUT, Wagner Freitas, disse que veio na Plenária para lavar a alma. Se disse muito feliz em estar no MST e da parceria com a CUT." Temos que nos orgulhar pelo que fizemos no Brasil nos ultimos 12 anos, porque o mundo se orgulha disso. O que construímos sob ponto de vista de conscientização da classe trabalhadora e da repartição social nunca foi vista antes.

A respeito da defesa da Petrobrás e do pré-sal, Wagner Freitas disse que ela é fundamental. "A disputa pelo controle do petróleo e gas no mundo está em jogo com o projeto do José Serra. Está em jogo a nossa soberania nacional. Fazer greve pelo pré-sal não é greve é luta de classes" - afirmou.

O Coordenador da FUP, José Maria Rangel, foi o último a discursar. Zé Maria explicou qual a Petrobrás que a categoria tem que defender agora. " Quando falamos em defender a Petrobrás, falamos da Petrobrás que um operário ousou transformar em uma dasa maiores empresas de energia do mundo. Nós amamos essa empresa. Nossa camisa laranja, todos querem ter. Temos que ter orgulho de usá-la" - afirmou. Lembrou que o inimigo é perigoso, mas não suporta a força da categoria petroleira.

O resgate do papel da categoria precisa ser resgatado. "Temos companheiros que não se veem mais como operários, por conta de todos ganhos que a categoria obteve nos últimos governos.Nossa tarefa é mostrar que nosso DNA é de trabalhador! É preciso entender que nossa pauta é unica: a defesa da Petrobras e do Brasil ou entendemos isso ou deixaremos a Petrobras ser entregue sem luta" - disse. Prontamente o plenário respondeu: " - Jamais!"

Fonte: Sindipetro NF

Dirigentes apontam os desafios da categoria diante da conjuntura econômica e política, em ato no Terminal da Transpetro

Petroleiros de todo o Brasil realizaram na manhã desta quinta-feira, dia 2, um ato político na portaria do Terminal da Petrobrás-Transpetro, em Guararema/SP, onde está sendo realizada a 5ª Plenária Nacional da FUP (PlenaFUP). Dirigentes sindicais apontaram os desafios da categoria petroleira diante da conjuntura econômica e política.  Com uniformes das bases operacionais da Petrobrás, as delegações de petroleiros carregavam faixas e cartazes em repúdio ao Projeto de Lei 131, do senador José Serra (PSDB/SP) - que propõe mudanças na lei do pré-sal, retirando da Petrobrás a função de operadora única e acabando com a obrigatoriedade de participação mínima da empresa em 30% dos campos exploratórios. Trabalhadores próprios e terceirizados do terminal ouviram atentamente por mais de duas horas as lideranças sindicais, que alertaram sobre a gravidade do atual momento político.

Defesa da Transpetro

A reincorporação da Transpetro, bandeira histórica da FUP e de seus sindicatos, foi abordada pelos dirigentes e militantes sindicais. O presidente do Sindipetro-RS falou deste triste período da história dos petroleiros gaúchos: “Passamos pela experiência de dez anos sendo empregados da Refap S.A., sabemos como é ruim estarmos ligados a uma empresa que não tem compromisso com o povo brasileiro. Em 2008, quando veio a crise do petróleo o acionista minoritário, que tinha 30% das ações da empresa, tentou várias vezes parar a produção da refinaria, alegando reduzir o prejuízo,  e sem nenhuma preocupação em desabastecer o mercado. Não podemos aceitar está lógica de desinvestir e ceder a participação, mesmo que seja  minoritário, nós vamos rejeitar! Temos de lutar para garantir a incorporação da Transpetro pela Petrobrás, e vamos lutar contra o plano de negócios apresentado pela diretoria”, enfatizou Maia.

Já O coordenador da FUP, José Maria Rangel, destacou a importância da plenária nacional dos petroleiros nesse momento crítico que passa o país e, especialmente, a Petrobrás. “As decisões que os petroleiros tomarem nessa plenária terão repercussões para outras categorias organizadas e também para os movimentos sociais e forças políticas que lutam contra o retrocesso”, afirmou Zé Maria.

Defender a Petrobrás é defender o Brasil

Com o tema “Defender a Petrobrás é defender o Brasil”, a 5ª Plenária Nacional da FUP prossegue até domingo (05), com participação de cerca de 200 trabalhadores, entre delegados, observadores, assessores e convidados. O evento está sendo realizado na Escola Nacional Florestan Fernandes, centro de formação do MST, em Guararema, interior de São Paulo.  Acesse aqui a programação

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