Nov 27, 2024

Petrobras “corta pouco” os investimentos e decepciona mercado, que queria “amputação”

Categoria: Noticias
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Mesmo tendo produzido um corte muito pesado no seu programa de investimentos – algo como 25%, segundo notícias vazadas pela Agência Estado –  os sites de economia dizem que “o mercado”  puniu a Petrobras com uma queda de 1,7% em suas ações, hoje, em razão da decepção com a tesoura nas inversões da empresa.

Conversa. Isso é lobby para “preparar” a votação do projeto entreguista de José Serra, na versão light preparada pelo PMDB, que retira a obrigatoriedade de um mínimo de 30% e a condição de operadora exclusiva do pré-sal da petroleira brasileira.

O plano de investimentos 2015-2019 seria, segundo a notícia, de US$ 165 bilhões, na verdade, nem chega a ser tão menor que o anterior, que previa investimentos de US$ 220,6 bilhões porque, destes, US$ 14 bilhões eram investimentos em estudos em fase inicial – fora da área de exploração petrolífera – o que reduz o corte para um pouco menos de 20%.  Parte expressiva dele será referente à postergação da construção das refinarias do Maranhão e do Ceará, decisão tomada desde o ano passado.

A área de Exploração e Produção – é nela que o “mercado” está de olho – será quase que integralmente preservada. A implantação dos campos exploratórios de Beija-Flor (ex-Franco)  e Libra terá seu cronograma mantido, basicamente.

A conversa de “aliviar” a Petrobras num “momento difícil” é pra boi dormir. O negócio é tirar a Petrobras e conseguir os direitos de exploração nas muitas novas áreas que vão surgir no pré-sal. E nem é para produzir “já”, porque campos de águas profundas e grande profundidade no solo marinho demandam muito tempo para serem delimitados com precisão e postos em operação comercial.

Serra, hoje, numa feira de petróleo, continua a cantilena: “o fim da operação única no pré-sal é consenso entre especialistas. “É sabido que a própria Petrobras não queria isso. E não quer hoje”, afirmou.

O Serra descobriu a empresa de petróleo que não quer petróleo… E não quer  que a Petrobras tenha o controle da “torneira” da extração, que é por onde se mede o que se deve aos donos do petróleo: nós. Pergunteaos engenheiros da Petrobras quanto o Brasil  iria perder com isso: até R$ 12 trilhões, um sexto disso no “golpe da torneira” por que, a 150 milhas da costa, no meio do oceano, não há “hidrômetro” de petróleo que resista à fraude.

Ainda que continuem rentáveis, mesmo com a baixa do preço do petróleo, é certo que estas aquisições são estratégicas no médio prazo, quando todos acreditam que o petróleo voltará para perto do patamar de 100 dólares por barril.

Fonte: Tijolaço


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