Nov 27, 2024

É greve: Em defesa da Petrobrás e do pré-sal

No próximo dia 24, a FUP e seus sindicatos convocam os petroleiros para uma greve nacional de 24 horas, contra o novo plano de Gestão e Negócios aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobrás, que prevê cortes de 89 bilhões de dólares nos investimentos e despesas da empresa, além de venda de ativos que poderá reduzir em 57 bilhões o patrimônio da estatal. Isso significará o desmantelamento do Sistema Petrobrás, colocando em risco empregos, direitos e conquistas sociais. A BR já está em processo de abertura de capital  e outros ativos estratégicos serão entregues ao mercado, se os trabalhadores não barrarem esse ataque.

Por isso, os petroleiros que participaram da 5ª Plenafup, realizada entre os dia 01 e 05 de julho, em Guararema (SP), aprovaram por unanimidade que a prioridade da categoria é a luta em defesa da Petrobrás e do pré-sal. A Plenária acolheu as pautas de reivindicações aprovadas nos congressos regionais, que foram encaminhadas para discussão em um Conselho Deliberativo ampliado, que a FUP e seus sindicatos realizarão na primeira semana de agosto, em Brasília.

Também por unanimidade, a 5ª Plenafup aprovou o indicativo de uma grande greve nacional e uma pauta política unificada, que já foi protocolada na Petrobrás no dia 07, onde os petroleiros se manifestam contra os desinvestimentos e propõem ações para que a estatal continue sendo como uma empresa integrada de energia, investindo e gerando empregos no País, em todos os segmentos em que atua. Acesse a íntegra da pauta: http://migre.me/qHMHg

Luta inspirada em 1995

Os sindicatos já iniciaram assembleias, que prosseguem até o dia 17, onde os trabalhadores estão aprovando os indicativos da FUP de estado de greve e de assembleia permanente. Na terça-feira, 14, os petroleiros iniciam uma série de mobilizações, com atos em Brasília e em diversas unidades da empresa, que culminarão na paralisação de 24 horas no dia 24 de julho. É apenas o começo de uma árdua batalha, que remonta a 1995, quando os trabalhadores da Petrobrás realizaram a maior greve da categoria e impediram a privatização da empresa. Vinte anos depois, os petroleiros são novamente chamados à luta.

Calendário de luta

  • 07 a 17 de julho – assembléias para deliberar sobre estado de assembléia permanente, estado de greve e contribuição assistencial de 2% para luta em defesa da Petrobrás e contra a entrega do pré-sal
  • 14 de julho - ato em Brasília, em defesa da Petrobrás e da democracia
  • 15 de julho - reunião com a Petrobrás para defesa da Pauta Política Unificada
  • 14 a 23 de julho – atos em defesa da Petrobrás, por segmentos: dia 14 nas unidades do gás e energia e nas usinas de biodiesel; dia 16, nos terminais da Transpetro; dia 17 nas refinarias; dia 21, nas bases do E&P e dia 22, nas unidades administrativas
  • 24 de julho -   greve de 24 horas
  • Primeira semana de agosto -  Conselho Deliberativo da FUP ampliado, em Brasília

Fonte: FUP

40º Caravana será nesta quarta-feira (15), em Canoas

 O Sindipetro-RS convida a todos e a todas para a sua 40ª Caravana. A atividade será na Delegacia de Canoas, na próxima quarta-feira, dia 15 de julho, às 17h. Nesta edição serão tratados diversos assuntos de interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, como a nova operadora do Benefício Farmácia, o pagamento dos níveis, o projeto de lei do Serra e a luta pela manutenção do modelo de partilha do pré-sal, além das deliberações da V PlenaFUP. No final, será realizada uma confraternização.

O quê: 40ª Caravana do Sindipetro-RS

Onde: Delegacia de Canoas

Quando: Quarta-feira, dia 15, às 17h

Assuntos: Nova operadora do Benefício Farmácia, pagamento dos níveis, projeto entreguista senador José Serra , V PlenaFUP.

 

Pistoleiros espancam e despejam dezenas de famílias Sem Terra na Bahia

Na madrugada desta segunda-feira (6), 11 pistoleiros fortemente armados invadiram o acampamento da fazenda Conjunto São Manoel, em Uruçuca, na Bahia, e espancaram 38 famílias Sem Terra, utilizando-se chicotes. Entre as vítimas, havia uma criança de três anos. As famílias foram despejadas e ameaçadas de morte pelos pistoleiros.

A área, com 450 hectares, foi ocupada pacificamente pelos Sem Terra durante a jornada de lutas, no dia 18 maio. Desde o inicio do processo de negociação, a proprietária Marama Melo Badaró se colocou a disposição para destinar a propriedade afins de Reforma Agrária.

Porém, durante este processo, contratou uma empresa particular de segurança que já vinha realizando ações de vandalismo no acampamento.

Os Sem Terra exigem, em caráter de urgência, uma posição da Ouvidoria Agrária Nacional e dos órgãos competentes para apuração e punição dos envolvidos na ação.

Além disso, solicitam do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) imediata providência com as famílias que foram expulsas e não tem para onde ir neste momento.

No Brasil, mais de 120 mil famílias estão acampadas. Para a direção estadual do MST, a Reforma Agrária é a condição indispensável para melhorar e garantir a distribuição de renda, a produção de alimentos saudáveis e de qualidade.

“A democratização da terra cria novos empregos no campo, no entanto na realidade brasileira a luta por Reforma Agrária ainda é tratada com descaso e violência pelo latifúndio e o estado, que não pauta de maneira emergencial a questão”, enfatiza a direção.

Os trabalhadores foram deslocados para outro acampamento e estão aguardando respostas da justiça e do Incra.

MST

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