Nov 27, 2024

Para defender o patrimônio do povo brasileiro, petroleiros irão novamente à greve!

Os petroleiros não medirão esforços para impedir o desmantelamento do Sistema Petrobrás e barrar a venda de ativos, que já está em curso na companhia. A convocação de uma grande greve nacional em defesa da Petrobrás e do pré-sal foi um dos principais debates do Conselho Deliberativo da FUP, que reuniu esta semana, em Brasília, representações de todos os sindicatos da Federação.

Os trabalhadores reiteraram que farão o que for preciso para defender a pauta política apresentada à Petrobrás no dia 07 de julho e que até hoje não foi respondida pela empresa. Por isso, o Conselho estabeleceu prazo até o dia 21 para que os gestores da estatal se posicionem sobre a pauta política aprovada pela categoria. Se as reivindicações não forem atendidas ou sequer respondidas, a greve começará a ser construída no próximo Conselho Deliberativo, a ser realizado até o final deste mês.

Resistência faz a diferença!

A luta da FUP e de seus sindicatos contra o Projeto de Lei 131, do senador José Serra (PSDB/SP), tem mostrado que a resistência faz a diferença. As novas mobilizações desta semana, no aeroporto de Brasília e no Senado, mais uma vez surtiram efeito. Os senadores sentiram a pressão e adiaram a instalação da Comissão Especial que tratará do PLS 131, que, se for aprovado, abrirá o caminho para a entrega do pré-sal às multinacionais. É com essa mesma garra e resistência, que os petroleiros continuarão enfrentando os entreguistas que agem contra a Petrobrás.

Calendário de luta

A FUP e seus sindicatos intensificarão as mobilizações neste mês de agosto, em defesa da Petrobrás e do pré-sal, convocando os petroleiros a se somarem também às manifestações em defesa da democracia e contra o retrocesso.

  • 07 de agosto – abraço ao Instituto Lula, que foi alvo de bomba por parte da extrema direita
  • 10 a 14 de agosto – força tarefa da FUP e sindicatos em Brasília, mantendo a pressão contra o PLS 131
  • 11 de agosto – Ato Público em Defesa da Democracia, da Educação e da Petrobrás, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados
  • 11 a 13 de agosto – Marcha das Margaridas
  • 18 e 19 de agosto – Seminário “Pré-Sal, Desenvolvimento e Educação”, a ser realizado em São Paulo pela Plataforma Operária e Camponesa para a Energia
  • 20 de agosto – Manifestação Nacional em Defesa da Democracia
  • 21 de agosto – prazo para a Petrobrás responder a pauta política apresentada pela FUP e seus sindicatos
  • Segunda quinzena de agosto – nova reunião do Conselho Deliberativo da FUP

 FUP

Marcha das Margaridas terá 70 mil mulheres nesta terça, em Brasília

A quinta edição da Marcha da Margaridas será realizada em um momento delicado para a conjuntura política do país, avalia a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que organiza o movimento. O objetivo é apresentar uma pauta de reivindicações que atenda às necessidades das mulheres que vivem e trabalham no campo e se contrapor ao conservadorismo político atual, que pode levar ao retrocesso das conquistas históricas dos trabalhadores brasileiros.

Marcada para esta terça-feira (11), em Brasília, a marcha contará com a participação de 27 federações e 11 entidades parceiras. Entre os pontos principais da pauta, estão o fim da violência contra a mulher e o combate ao uso de agrotóxicos. Na quarta-feira, a presidenta Dilma Rousseff participará de um ato, no estádio Mané Garrincha, onde apresentará o compromisso do governo federal com as reivindicações listadas na pauta do movimento.

A Marcha das Margaridas é considerada a maior manifestação pelos direitos das mulheres no mundo. O Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras estará presente, com representantes de todos os sindicatos da FUP. As petroleiras levarão para a marcha a defesa da Petrobrás e do pré-sal.

A pauta da marcha

A pauta da Marchas das Margaridas é densa, e resulta principalmente do diálogo e mobilização das mulheres. É um processo que leva um ano de conversa entre as reuniões municipais, nas comunidades, enfim, a pauta traz a voz das margaridas, das águas, das florestas, da juventude, indígenas. As mulheres camponesas têm como ponto central o questionamento ao modelo de desenvolvimento que tem acontecido no campo, principalmente demarcando as nossas posições em torno da soberania alimentar e da terra, água e agroecologia. São eixos centrais, como modelo alternativo para o meio rural. As proposições trazem não só o enfrentamento ao uso indiscriminado de agrotóxicos, e a defesa da agroecologia, como várias proposições com relação à participação das mulheres e o que a gente espera das políticas públicas.

Luta contra o conservadorismo

De acordo com a secretária de Mulheres Rurais da Contag, Alessandra Lunas, nos últimos meses o conservadorismo em diversos setores da política tem dificultado o acesso das mulheres a uma série direitos, como o direito a educação, participação igualitária na política e ocupação de cargos nas esferas decisórias do país – além de colocar em risco direitos sociais já conquistados e a própria democracia. “Chegamos ao ponto de assistir a agressões machistas feitas à presidenta da República, sem nenhum pudor”, afirma.

Para ela, os ataques são um reflexo das diversas formas de violência dirigidas às mulheres no Brasil. Um ataque que vai além do que está sendo verbalizado. “O que nós mulheres vemos hoje é uma ofensiva raivosa contra o governo, mais do que algo real que esteja acontecendo. A gente sabe que tem segundas intenções neste processo.”

Alessandra afirma que os movimentos sociais não devem deixar de cobrar o governo federal para que reveja posições na área econômica que estão comprometendo o orçamento de políticas públicas e o crescimento econômico. Mas vê nos ataques da oposição a tentativa de atingir e desmoralizar todo o governo por questões de disputada partidária, sem nenhuma preocupação com a consequências para o país. “Quando se diz, com a prisão de José Dirceu, que o alvo é atingir quem o comandava, o recado já está sendo dado. Só não vê quem não quer”, afirma.

Em relação à presidenta Dilma, a dirigente da Contag avalia também que o machismo é um fator de peso nessa pressão política focada exclusivamente nela. E isto tem sido demonstrado em diversos momentos, como o tratamento desrespeitoso contra ela, manifestado em diversos momentos, como o que aconteceu durante a abertura dos jogos da Copa do Mundo e as próprias piadas envolvendo a figura da presidenta.

Para Alessandra, o momento é preocupante e exige uma reação efetiva da militância nas ruas, principalmente porque envolve a defesa da democracia e das conquistas históricas dos trabalhadores.

Fonte: com informações da Rede Brasil Atual

Chargista do SindBancários recebe ameaças por criticar governador Sartori

Covardia, falta de noção de liberdade de imprensa, algo feito por quem desconhece o trabalho de um setor de imprensa de Sindicato e a luta dos trabalhadores. A irreverência, o trabalho premiado, o talento e a picardia do chargista e jornalista diplomado do SindBancários, Augusto Bier, foram ameaçados de forma velada por meio de telefonema anônimo, na noite da segunda-feira, 3 de agosto . Além das ameaças, a covardia afronta a Constituição Federal de 1988.

Por volta das 20h, o telefone tocou na casa do chargista Bier. Do outro lado da linha, uma voz masculina desferiu as seguintes palavras de ódio e afronta à liberdade de expressão: “Tu para com essas charges, com essas gracinhas ofendendo o governador Sartori, senão eu vou danificar os teus instrumentos de trabalho. Eu vou quebrar os teus braços.”

As ameaças tinham por objetivo amedrontar o chargista e fazer com que ele recuasse na publicação de charges que criticam o governador José Ivo Sartori pela política de desmonte do Estado e de cortes de salários de servidores públicos, como policiais civis e militares. “O riso é uma capacidade que os seres humanos têm e que nos diferencia dos animais, já dizia Aristóteles. Quanto aos políticos, os chargistas, os humoristas têm obrigação de desnudar os equívocos, os erros, as injustiças e até as roubalheiras que estes praticam através dessa linguagem não linear. Entendo que fazer rir e criticar a política é função e até obrigação social dos chargistas. Certas coisas seriam impossíveis de serem ditas a não ser através do riso”, explicou Bier.

Além de registrar ocorrência na 1º Delegacia de Polícia, de Porto Alegre, Bier publicou, nesta quinta-feira, 6/8, no site oficial do SindBancários uma charge inédita tendo o governador José Ivo Sartori como personagem (veja a charge aqui). A Polícia Civil deve pedir quebra de sigilo telefônico para identificar a origem da chamada. “Fui muito bem tratado na delegacia. Os policiais estão mesmo indignados com os cortes de salários e com os cortes de investimento em segurança pública”, acrescentou Bier.

A direção do SindBancários tomou algumas providências. Bier está sendo acompanhado por um segurança. A assessoria jurídica do Sindicato já está acompanhando os desdobramentos da investigação policial. Na medida do possível e cuidando para não atrapalhar as investigações, vamos divulgando informações sobre o andamento das investigações.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, reagiu indignado às ameaças. “Esse tipo de atitude não é republicana, não é nenhum pouco decente e não condiz com o clima democrático que vivemos no país. As ameaças não calarão o Sindicato na defesa dos servidores públicos do Banrisul e de qualquer servidor. Ao contrário, o nosso chargista Bier tem liberdade para fazer a crítica a quem merece ser criticado por meio de suas charges”, diz Gimenis.

A diretora de Comunicação do SindBancários, Ana Guimaraens, classificou de absurda e covarde as ameaças. “Não estamos acusando A ou B. Até porque, ameaças em nome de agentes públicos ou políticos podem ser feitas por qualquer pessoa. O que nos preocupa é a intransigência com relação ao trabalho dos jornalistas e o ódio que tem sido disseminado contra diferentes posicionamentos políticos. Infelizmente, temos que garantir a liberdade de imprensa através da polícia”, acrescentou Ana.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS (Sindjors), Milton Simas, que é funcionário do SindBancários, e colega de Bier, evocou a liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal de 1988. “O Bier é um chargista premiado, reconhecido, com trabalhos divulgados e conhecidos internacionalmente. Também é um jornalista diplomado que tem direitos constitucionais de liberdade de expressão. Nós, do Sindicato dos Jornalistas, estamos acompanhando desde que soubemos e já estamos tomando providências para cobrar da Polícia Civil a elucidação do caso. Tanto nós, jornalistas e comunicadores, como a sociedade, merecemos saber quem fez essas covardes ameaças a um colega com muitos anos de trabalho”, explicou Milton.

O que diz a Constituição Federal

“É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença” (art. 5º, inciso IX);

“É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística” (art. 220, § 2º).

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