Nov 27, 2024

CUT repudia a revogação da Nota sobre uso do Amianto

É notória a movimentação de empresários, políticos e lobistas “defensores” do amianto junto ao Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, nestas últimas semanas, para revogar a Nota Técnica 141/2014, instrumento esse, que visa esclarecer sobre as garantias mínimas de proteção à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio. Especialmente nas revendas de produtos à base de amianto para construção civil, entre os quais as telhas e artefatos complementares de cimento-amianto para coberturas residenciais.

            A Nota Técnica 141/2014 foi publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego para pôr fim às dúvidas surgidas sobre a abrangência da legislação federal trabalhista do amianto, o Anexo 12 da Norma Regulamentadora 15 do Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Seu cumprimento vem sendo questionado duramente pelo setor do comércio, depois de 24 anos da legislação em vigor, aprovada pela Portaria 01/91.

           Por que somente agora?

           Para os empresários a exposição ao amianto não causa riscos à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras na atividade do comércio, pois, segundo eles, o produto final não gera poeira em seu manuseio.Pare eles a aplicação da lei impede ou prejudica a atividade econômica deste segmento. Estes empresários e seus apoiadores intimidam o poder público, ameaçando-o com o suposto fechamento das pequenas empresas, que não suportariam os custos para o cumprimento da legislação, propiciando, com isso, a eliminação de milhares de postos de trabalho. 

          O amianto, como se sabe há mais de um século, é um reconhecido mineral fibroso cancerígeno para os seres humanos e que foi intensivamente utilizado, principalmente, na indústria da construção civil.  Já foi banido em 68 países e em 7 Estados brasileiros como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso, e mais recentemente Minas Gerais e Amazonas.

          O Anexo 12 da NR 15, ora questionado, trouxe importantes avanços de proteção à saúde do(a) trabalhador(a) e de seus familiares. Entre eles: a obrigatoriedade do fornecimento e lavagem dos uniformes pelas empresas, para evitar a dispersão da poeira fora do ambiente fabril, vestiário duplo para separação das roupas e objetos pessoais das de trabalho contaminados, o controle da poeira através de medidas coletivas de proteção, rotulagem dos produtos para informação dos perigos aos trabalhadores, trabalhadoras e consumidores finais, o descarte e destinação final de resíduos contendo amianto e exames médicos após término do contrato de trabalho ou da exposição, por no mínimo 30 anos.

          O referido Anexo 12 não deixa quaisquer dúvidas de que ele se aplica indistintamente a quaisquer atividades nas quais os trabalhadores estão expostos, em seus ambientes de trabalho, ao nefasto e mortífero AMIANTO.

           Considerando que este assunto está pautado para a próxima rodada da Comissão Tripartite Paritária Permanente - CTPP, dias 1º. e 2 de setembro próximos, por pressão do patronato,  que reivindica a imediata revogação da Nota Técnica 141/2014.

           Conforme resoluções congressuais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em sua defesa intransigente da segurança e saúde dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros reafirma seu posicionamento pelo banimento do amianto e repudia veementemente a  pressão do lobby pró-amianto sobre o Ministério do Trabalho e Emprego e quaisquer outras tentativas que venham a resultar em retrocessos na legislação com o objetivo de prejudicar e expor a risco a saúde e a integridade física dos trabalhadores, das trabalhadoras e da população em geral.

BANIMENTO DO AMIANTO JÁ! JUSTIÇA PARA AS VÍTIMAS!

CUT

Após pressão do sindicato, cerca 1.500 metalúrgicos recuperam o emprego

Durante a greve, metalúrgicos da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo (SP) foram notificados de que a empresa aderiu ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Paralisados desde o dia 24 deste mês, os trabalhadores realizaram uma assembleia na manhã desta segunda-feira (31) para encerrar a paralisação e anunciar a vitória sobre a empresa.

Com a adesão ao programa pela Mercedes, cerca de 1.500 demitidos retornarão ao trabalho. O acordo reduz em 20% a jornada de trabalho, com duração de nove meses, e garante estabilidade no prazo de um ano.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo, Douglas Izzo, relembra que nos últimos anos houve uma expansão do mercado interno. “As empresas metalúrgicas, principalmente as automobilísticas, nunca venderam tantos caminhões e automóveis. Mas agora, em um momento de desaquecimento da indústria, as empresas querem que os trabalhadores paguem pela crise. Não aceitaremos isso”, afirma.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, a proposta retira de cena as demissões. “É para isso que nós lutamos. Foi feito uma resistência numa greve aguerrida nos últimos dias. É uma vitória dos trabalhadores da Mercedes-Benz”, ressaltou.

As demissões estavam programadas para a terça-feira (1). Empresa e sindicato se reuniram diversas vezes para tentar encontrar uma solução. “Com o PPE, a redução da jornada será de 20% e de 10% nos rendimentos, no transporte, plano médico, refeição e mensalidade sindical. É por um período e, no próximo ano, na medida em que o cenário melhore, as coisas retornam ao lugar”, diz o secretário Geral da CUT São Paulo, João Cayres.

O dirigente ainda falou sobre as propostas dos trabalhadores junto ao governo federal. “Queremos uma nova lógica no sistema de mediação de emprego. Queremos que o PPE seja uma política permanente do Ministério do Trabalho para que possa segurar os empregos em um momento de crise. Não queremos seguro-desemprego, já que se gasta muito mais com ele e mantém os trabalhadores por seis meses, mais sem nenhuma outra garantia:, afirmou.

Cayres também comentou porque considera o Programa de Proteção ao Emprego uma medida importante no momento de crise. “Com o PPE, os trabalhadores continuam empregados e, mesmo com a redução dos seus rendimentos, continuam contribuindo para a Previdência e tendo seu fundo de garantia, vinculado à empresa, com seu plano de saúde”, explicou.

Fonte: Brasil de Fato

Sindicatos fupistas e Petrobrás debaterão pauta dos petroleiros nesta quinta-feira, 03

Nesta segunda-feira, 31, a Petrobrás enviou à FUP um documento oficial, agendando reunião com a Federação e seus sindicatos na próxima quinta-feira, 03, para debater a pauta política entregue à empresa há cerca de dois meses atrás.

Também no dia de hoje, a Federação protocolou na Petrobrás, o termo preliminar de manutenção da data base categoria, que se inicia amanhã, 1º de setembro. 

Fonte: FUP

Facebook