Nov 26, 2024

Interesse da Petrobras na parte de indianos confirma potencial do petróleo de Sergipe

Em tempos de “desinvestimento” – isto é, venda de ativos de menor potencial de retorno – o interesse da Petrobras de comprar os 25% pertencentes a ONGC, empresa indiana, no Bloco BM-SEAL-4, um dos três da Bacia Sergipe-Alagoas onde, há três anos, vês se sucedendo descobertas de petróleo leve, em grande quantidade.
 
Embora o corte de investimento da empresa tenha postergado a entrada em operação comercial da área, antes prevista para 2018, a quantidade de petróleo que os estudos indicam existir ali está motivando o interesse da empresa não apenas pelo lucro que o controle integral da área lhe dará em petróleo como pelo fato de que com tantos poços de características geológicas semelhantes localizados em áreas tão próximas vai permitir em ganhos de barateamento das perfurações, em logística e e montagem da base operacional necessária à sua exploração.
 
Isso é demorado e caro, muito mais caro que as nossas imaginações modestas conseguem alcançar. O custo das sondas de águas ultraprofundas – a última descoberta se deu em uma lâmina d’água de 2,5 km – é gigantesca. Desde março de 2010, opera ali a sonda da imagem do post, a Ocean Courage, afretada ao preço de 406 mil dólares por dia.
 
É barato em relação ao mercado internacional, onde sondas deste tipo chegam a ter aluguel de meio milhão de dólares diários e dá uma boa ideia de como é importante para o Brasil dar seguimento ao seu programa de construir aqui estes equipamentos.
 
Não é racional, em razão de uma queda circunstancial no preço do barril no mercado internacional atirar fora o conhecimento e o potencial petrolífero que se gastou uma década e meia – a concessão dos blocos da bacia Sergipe-Alagoas foi recebida no ano 2000 – acumulando.
 
O petróleo de Sergipe – já não mais o de parcas quantidades explorado em terra e bem junto ao litoral – em águas profundas é essencial para um projeto de desenvolvimento do Nordeste, que vai exigir energia que não está disponível ali em quantidade.
 
A compra do controle total da área de Poço Verde – e quem sabe, do dos outros blocos vizinhos – é um bom sinal de que o “corta-corta” na Petrobras não tenha descambado para o irracional.
 
Veja, no mapa interativo da Revista Energia Hoje, a quantidade de poços, quase todos promissores, perfurados ou em perfuração naquela área do Nordeste.

Fonte: Tijolaço

CUT-RS e entidades realizam jornada de lutas contra tarifaço de Sartori no dia 22

A CUT-RS, entidades sindicais e movimentos sociais do Rio Grande do Sul realizarão, no próximo dia 22 de setembro, um dia estadual de lutas com greves, paralisações e protestos contra as políticas neoliberais do governo José Ivo Sartori (PMDB). A iniciativa, proposta  pela executiva da CUT-RS, foi aprovada na tarde desta quarta-feira (9) durante reunião da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que debateu a conjuntura política no País e no Estado. Neste dia, a base aliada do governo pretende votar na Assembleia Legislativa a proposta de aumento do ICMS, o tarifaço do Sartori, e outras medidas do ajuste fiscal proposto pelo governo.

“Há vários setores da sociedade indignados e preocupados com essa proposta de aumento de imposto. Vai aumentar o diesel para a agricultura familiar, a gasolina e a energia elétrica, entre outros preços. O pessoal está com muita disposição de ir para a rua e decidiu organizar um dia estadual de paralisações e protestos. No dia 22 não serão só servidores públicos na rua, será um dia de luta dos trabalhadores e das trabalhadoras do Rio Grande do Sul”, diz Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS.

A ideia de sindicatos e movimentos sociais é promover manifestações em várias cidades do Estado contra as propostas de extinção de fundações, de sucateamento de serviços públicos, de arrocho salarial e de aumento linear de impostos. “O Rio Grande do Sul vai parar no dia 22”, garante Claudir. “Pela parte da manhã faremos grandes atos e paralisações, e, a partir do meio-dia, nos concentraremos na Praça da Matriz para fazer um debate público com os deputados sobre a questão do financiamento do Estado, na lógica do ‘larga o pé do servidor e vai pegar sonegador’”, acrescenta o dirigente da CUT. A partir desta quinta-feira (10), a Coordenação dos Movimentos Sociais começará a definir junto com os sindicatos dos servidores públicos a organização desta jornada estadual de mobilizações.

Fonte: CUT-RS

Transpetro solicita reunião de negociação do ACT e FUP reafirma que não aceita segregação da categoria

Nesta quinta-feira, 10, a Transpetro enviou à FUP, um documento solicitando reunião de negociação do ACT dos trabalhadores da subsidiária, nos dias 14 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro. Assim como fez com a Petrobrás ontem (09/09), a Federação respondeu oficialmente à Transpetro, reafirmando que não participará de nenhum processo de negociação segmentado por subsidiárias do Sistema Petrobrás. 

A luta dos trabalhadores é para preservar a Petrobrás como empresa integrada de energia. Fatiar o processo de negociação, portanto, vai na direção contrária do que cobram os petroleiros. A FUP e seus sindicatos não endossarão um modelo de negociação que tem por base a segregação da categoria, abrindo caminho para a diferenciação de direitos.

A Federação estará reunida na sexta-feira (11) para deliberar sobre os próximos passos dos petroleiros na construção da greve nacional.

Fonte: FUP

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