Nov 26, 2024

Metalúrgicos e petroleiros protestam contra 3.500 demissões no Estaleiro Mauá

Na manhã desta quarta-feira, 16, o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói realizou uma grande mobilização em frente ao Estaleiro Mauá, contra a demissão de 3.500 trabalhadores da empresa Eisa Petro Um, que além de ter acabado com estes postos de trabalho no setor naval, ainda não efetuou o pagamento de salários e recisões dos metalúrgicos demitidos. Segundo informações do sindicato, os operários estão há três meses sem receber. O protesto também ocorreu para fortalecer o movimento pela retomada das atividades no estaleiro e dos investimentos na indústria naval. 

Cerca de 3.000 trabalhadores lotaram o ato que também teve a participação do Sindimetal-RJ, representado por seu presidente, Edson Rocha e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), com a presença do presidente da entidade, Paulo Caíres.

Representando os petroleiros, estiveram presentes o coordenador da FUP, José Maria Rangel,  os diretores da Secretaria de Comunicação, Francisco José Oliveira e Leopoldino Martins e do Presidente do Fórum dos Trabalhadores da Indústria Naval e, também diretor da Federação, Joacir Pedro. 

Entenda o caso

Em julho, o Estaleiro Mauá fechou as portas demitindo todos seus funcionários. A categoria foi pega de surpresa já que nos últimos meses a produção dos trabalhadores possibilitou a empresa obter um faturamento acima da média. A direção do Estaleiro Eisa Petro Um não pagou os salários de junho e também não indenizou nenhum trabalhador.

Uma ação judicial na 3º Vara do Trabalho de Niterói movida pelo Ministério Público do Trabalho e o Sindicato, cobra o pagamento de todas as indenizações do Eisa Petro Um e também da Transpetro, subsidiária da Petrobrás e responsável pela contratação das construções dos navios.

O impasse permanece. O processo da primeira instância está em fase de julgamento e o juiz da causa deve anunciar a sentença nos próximos dias. Até o momento, o Sindicato conseguiu a liberação de R$ 3 milhões que foram divididos igualmente entre os 3.300 operários. Outros R$ 12 milhões haviam sido liberados, mas a decisão foi cassada por uma desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.

Fonte: FUP com informações da CUT-RJ

QUEM PAGA A CONTA?

A Petrobrás apresentou proposta de ACT, para as cláusulas sociais, nesse dia 10/09/15. A FUP e seus sindicatos não compareceram à reunião pois, a empresa, manteve a posição de separação por empresas para negociação.

A proposta da Petrobrás não traz nenhum ganho nas cláusulas sócias, ao contrário, impõe retrocessos.

Pra quem achava que os nossos benefícios foram "concedidos", por que a empresa é "boazinha", fica o recado da própria empresa. Todas as nossas conquistas são fruto da nossa capacidade de mobilização e luta.

Por isso, mais do que nunca, fica evidente a necessidade de mantermos nossas posições.

A.      - Não aceitamos:

1-    A negociação sem a presença de todas as empresas;

2-    A divisão e venda de pedaços da empresa;

3-    A redução nos direitos já conquistados.

B.      – Queremos:

1-    Manutenção de todos os direitos dos trabalhadores;

2-    Recomposição do efetivo;

3-    Nova estrutura organizacional;

4-    Nova política de saúde, meio ambiente e segurança;

5-    Manutenção da Petrobrás Distribuidora S/A;

6-    Manutenção dos investimentos nos campos maduros;

7-    Incorporação integral de unidades controladas e subsidiárias (entre elas a Transpetro);

8-    Conclusão dos projetos iniciados em 2014 (Abreu e Lima, Comperj, Fafen e plataformas);

9-    Manutenção dos investimentos na indústria nacional;

10-  Disponibilidade Unidades Termelétricas para atendimento das necessidades do País;

11-  Manifestação pública de plena condição e interesse em permanecer como operadora única do pré-sal.

Todos nós entendemos o momento delicado pelo qual a empresa passa, seja financeiro, seja em sua imagem e, ninguém mais do que nós, a força de trabalho, estamos comprometidos. Realizamos nosso trabalho da melhor forma possível, levando a empresa a quebrar sucessivos recordes, por isso, não podemos ser penalizados.

Se as gerências, que sempre tem causado os grandes problemas no ambiente de trabalho, enviaram comunicados à força de trabalho, para que as pessoas reflitam que não é o momento de fazer uma greve, agora é o movimento sindical que provoca à reflexão:

"Nós é que vamos pagar a conta?"

Calendário de assembleias - Greve por tempo indeterminado

Assembleia Geral Extraordinária

 

Pelo presente Edital, conforme os artigos 16º e 17º do Estatuto desta Entidade, ficam convocados os trabalhadores e trabalhadoras das empresas Petrobrás S.A. e Transpetro S.A. conforme o presente calendário, constando locais e horários das sessões, da assembleia, para discutir, apreciar e deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA:

 

I)       Avaliação do indicativo do Conselho Deliberativo da FUP e seus Sindicatos, de greve por tempo indeterminado, em data a ser definida, observada a comunicação de antecedência no prazo a que se refere a Lei de Greve (7.783/89);

Calendário:

 

Porto Alegre, 11 de setembro de 2015

Fernando Maia da Costa

Presidente do Sindipetro-RS

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