Nov 26, 2024

Assinatura do acordo será feita após o fim das mobilizações nas bases da FUP

Nesta segunda-feira (16) o Comando de Greve esteve reunido com a direção do Sindipetro-RS para avaliar a situação atual do movimento. Foi definido o seguinte encaminhamento:

Que o sindicato deverá esperar para assinar o ACT enquanto a greve continuar em outras bases.

Foram levantadas dúvidas sobre o tratamento dos dias parados que serão esclarecidas antes da assinatura do ACT.

Continuamos em estado de greve e caso ocorra alguma mudança relevante nos reuniremos novamente.

Petroleiros concluem assembleias nas bases da FUP

Os sindicatos concluíram nesta segunda-feira (16) as assembleias de avaliação dos indicativos do Conselho Deliberativo da FUP. Dez dos 13 sindicatos aprovaram a proposta conquistada na greve, onde a Petrobrás responde à Pauta pelo Brasil e renova o Acordo Coletivo, preservando os direitos da categoria. Nas bases do Norte Fluminense, Espírito Santo e Minas Gerais, os trabalhadores aprovaram a continuidade da greve.

A Direção da FUP reúne-se nesta terça-feira (17), no Rio de Janeiro, para avaliar o quadro nacional das assembleias e se posicionar sobre os próximos encaminhamentos.

 

Conquistas

 

A maior greve da categoria nos últimos 20 anos denunciou para a sociedade os prejuízos sociais do plano de desinvestimentos da Petrobrás e garantiu aos trabalhadores discutir com os gestores os rumos da empresa. Além disso, os petroleiros preservaram todas as conquistas dos últimos 13 anos, fazendo a Petrobrás recuar nas propostas iniciais de corte de direitos e de redução de salários. 

 

O grupo de trabalho que discutirá as propostas da FUP para a retomada dos investimentos da Petrobrás se baseará em estudos sobre a retração do setor realizados pela UFRJ e por um grupo interministerial, que abordam indicadores não só econômicos, como sociais.  Os trabalhadores, pela primeira vez na historia, terão a chance de disputar os rumos da empresa, com propostas voltadas para a integração do Sistema Petrobrás, a geração de empregos e a recuperação da cadeia produtiva do setor.

 

“Essa é uma conquista desta geração de petroleiros e petroleiras que foram à greve para disputar os rumos da empresa e não para discutir salários, vantagens ou benefícios”, destaca o coordenador da FUP, José Maria Rangel. Outra conquista da greve foi garantir que a Petrobrás não retrocedesse em nenhum direito da categoria, em um momento onde petrolíferas no mundo todo atravessam uma das maiores crises do setor, impondo demissões em massa, redução de salários e cortes de direitos aos seus empregados.

 

Estado de greve

 

Ao atenderem ao indicativo da FUP de manutenção do estado de greve, os petroleiros seguirão mobilizados nacionalmente e alertas contra qualquer tentativa de retrocesso por parte dos gestores da Petrobrás e dos setores que querem a privatização da empresa e a derrubada do modelo de partilha do Pré-Sal. A greve histórica que a categoria protagonizou nessas duas semanas colocou na pauta nacional a importância da retomada dos investimentos da Petrobrás e resgatou o respeito aos petroleiros, provando que o compromisso dos trabalhadores é com a soberania e com o povo brasileiro, que é o maior acionista da empresa.

 

Fonte: INFORME FUP

 

Assembleia aprova indicativo da FUP e suspende greve no RS

Após realização de Assembleia Geral Extraordinária, nessa sexta-feira (13), em frente à Refap, no TERIG e na Delegacia do Litoral Norte, simultaneamente, os petroleiros gaúchos, após um minuto de silêncio em memória aos companheiros falecidos nessa quarta-feira, e depois de várias explanações, aprovaram o indicativo da FUP de suspensão do movimento, manutenção do estado de greve e aprovação da proposta e renovação do ACT.

 A greve nacional, que começou no dia 01 de novembro, durou 13 dias e mostrou a força da categoria petroleira em todo o Brasil. No pais a adesão a greve no Sistema Petrobrás foi de 80%. No RS 90% dos petroleiros de turno aderiam e 70% do adm.

 

Foram 13 dias de pouco sono, muito cansaço e luta, enfrentando a truculência e as ações antissindicais da gestão da Refap e até mesmo de alguns fura-greves.

 

Desde o começo a FUP e seus sindicatos afirmaram que não aceitariam retrocesso nas conquistas dos últimos 12 anos e nenhum direito a menos, o que foi conseguido na mesa de negociação com a manutenção do nosso ACT, apesar da conjuntura atual claramente desfavorável aos trabalhadores. A greve entra para a história do movimento sindical petroleiro, assim como a que ocorreu em 1995. A luta continua para evitar o desmonte da empresa e sua privatização.

 

Para a diretora Miriam Cabreira, o sentimento de luta e vitória deve permanecer em todos aqueles que lutaram e se mobilizaram nesta greve: “Tenham certeza de que se não fosse a nossa luta, os gestores da Petrobrás iriam tirar os nossos direitos adquiridos para tapar essa roubalheira que alguns gerentes fizeram”, disse.

Greve garante discussão do PNG e manutenção dos direitos

Conselho Deliberativo da FUP indica suspensão do movimento, manutenção do estado de greve e renovação do ACT 

Foi preciso uma greve histórica para que a Petrobrás acolhesse as propostas que a FUP e os seus sindicatos tentaram por mais de 100 dias discutir com os gestores. As iniciativas elencadas na Pauta pelo Brasil para retomada dos investimentos da empresa serão analisadas em um grupo de trabalho paritário, que terá 60 dias para elaborar um relatório que será encaminhado à direção da companhia, ao Conselho de Administração e ao governo federal. Também garantimos na luta que nenhum direito dos trabalhadores fosse retirado, preservando para todo o Sistema Petrobrás as conquistas obtidas pela categoria nos últimos 13 anos.

Respaldados pela greve, a FUP e os seus sindicatos buscaram junto à presidência da Petrobrás o atendimento de outros pleitos considerados determinantes para a categoria. Nesta sexta-feira (13), a empresa formalizou em documento os pontos que foram discutidos com o presidente Aldemir Bendine.

Fonte: Informe FUP

Isonomia para trabalhadores da Fafen-PR –  a Petrobrás garantiu implementar até 31 de janeiro de 2016 o pagamento do ATS para os trabalhadores da Fafen-PR, nos mesmos moldes praticados no Sistema, bem como o pagamento da defasagem de 3% em relação à RMNR, retroativo a primeiro de setembro, e a implantação parcial do PCAC.

Dias parados - a Petrobrás garante a compensação de metade dos dias parados e se compromete a discutir com a FUP e com os sindicatos eventuais sanções a excessos, nos mesmos moldes do que ocorreu na greve de 2013, quando garantimos que nenhum trabalhador fosse punido.

Com uma conjuntura e uma correlação de forças totalmente desfavoráveis aos trabalhadores, essas conquistas só foram possíveis porque os petroleiros atenderam ao chamado da FUP e dos sindicatos e realizaram uma greve essencialmente ideológica, que apontou para a sociedade que a defesa da soberania nacional está acima de qualquer interesse corporativista. 

Vencemos a primeira grande batalha de uma guerra que só está começando. Os rumos da Petrobrás, do pré-sal e do Brasil continuam em disputa e o único enfrentamento possível é através da luta de classes.  Nossa greve apontou o caminho e reafirmou que os petroleiros e petroleiras não se curvarão ao mercado, nem aos predadores que agem dentro e fora da empresa.

Indicativos para as assembleias

Reunido no Rio de Janeiro desde a tarde desta quinta-feira (12), o Conselho Deliberativo da FUP indicou por unanimidade a suspensão da greve, a manutenção do estado de greve e a renovação do Acordo Coletivo. A orientação é que os sindicatos iniciem imediatamente as assembleias para submeter os indicativos aos trabalhadores.

GT discutirá alternativas para o PNG

As propostas elencadas na Pauta pelo Brasil para garantir a retomada dos investimentos e a preservação dos ativos da Petrobrás serão analisadas em um grupo de trabalho técnico e paritário, formado por representantes da empresa e da FUP, que terá 60 dias para elaborar um relatório que será encaminhado à direção da companhia e ao governo federal.

O trabalho será baseado em estudos feitos pelo Grupo de Economia da Energia da UFRJ e pelo Grupo Interministerial, que analisaram os principais impactos já causados pela retração do setor petróleo. Esses estudos apontam que, para cada R$ 1 bilhão que a Petrobrás deixa de investir no país, o efeito negativo sobre o PIB é de R$ 2,5 bilhões. A estimativa é de que 20 milhões de empregos deixarão de ser gerados até 2019, em função dos desinvestimentos.

Foi através de grupos de trabalho que vencemos dentro da empresa disputas ideológicas, semelhantes a que travamos agora, garantindo conquistas estruturantes para a categoria, como o PCAC, o regramento da PLR, o Plano Petros 2, o Benefício Farmácia, pagamento dos níveis para os aposentados, auxílio deslocamento, hora extra na troca de turno, o Anexo 2 da NR-30, entre outras.

Fortalecimento do Sistema Petrobrás

Pela primeira vez, teremos a chance de disputar os rumos do plano de negócios da Petrobrás, propondo alternativas para o endividamento que levem em conta os impactos da redução dos investimentos no PIB, na geração de empregos, na balança comercial do setor e na arrecadação de royalties. Essa conquista será decisiva na luta para manter a integração do Sistema Petrobrás, preservando a Transpetro e demais subsidiárias. A greve reafirmou que o maior acionista da Petrobrás é o povo brasileiro e não o mercado. 

Nenhum direito a menos

Outra vitória da greve é a manutenção das conquistas dos últimos 13 anos, que a categoria consolidou no atual Acordo Coletivo. As propostas iniciais da Petrobrás eram de redução de direitos e de salários. Através da luta, garantimos o atendimento do item 13 da Pauta pelo Brasil, onde a FUP e os seus sindicatos deixaram claro que não aceitariam retrocesso nos direitos adquiridos pela categoria. Soma-se a isso, o restabelecimento da mesa de negociação integrada, que trouxe de volta as subsidiárias e o RH, contrariando os que apostaram na fragmentação do processo para enfraquecer as representações sindicais.

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