Nesta segunda-feira (16) o Comando de Greve esteve reunido com a direção do Sindipetro-RS para avaliar a situação atual do movimento. Foi definido o seguinte encaminhamento:
Que o sindicato deverá esperar para assinar o ACT enquanto a greve continuar em outras bases.
Foram levantadas dúvidas sobre o tratamento dos dias parados que serão esclarecidas antes da assinatura do ACT.
Continuamos em estado de greve e caso ocorra alguma mudança relevante nos reuniremos novamente.
Petroleiros concluem assembleias nas bases da FUP
Os sindicatos concluíram nesta segunda-feira (16) as assembleias de avaliação dos indicativos do Conselho Deliberativo da FUP. Dez dos 13 sindicatos aprovaram a proposta conquistada na greve, onde a Petrobrás responde à Pauta pelo Brasil e renova o Acordo Coletivo, preservando os direitos da categoria. Nas bases do Norte Fluminense, Espírito Santo e Minas Gerais, os trabalhadores aprovaram a continuidade da greve.
A Direção da FUP reúne-se nesta terça-feira (17), no Rio de Janeiro, para avaliar o quadro nacional das assembleias e se posicionar sobre os próximos encaminhamentos.
Conquistas
A maior greve da categoria nos últimos 20 anos denunciou para a sociedade os prejuízos sociais do plano de desinvestimentos da Petrobrás e garantiu aos trabalhadores discutir com os gestores os rumos da empresa. Além disso, os petroleiros preservaram todas as conquistas dos últimos 13 anos, fazendo a Petrobrás recuar nas propostas iniciais de corte de direitos e de redução de salários.
O grupo de trabalho que discutirá as propostas da FUP para a retomada dos investimentos da Petrobrás se baseará em estudos sobre a retração do setor realizados pela UFRJ e por um grupo interministerial, que abordam indicadores não só econômicos, como sociais. Os trabalhadores, pela primeira vez na historia, terão a chance de disputar os rumos da empresa, com propostas voltadas para a integração do Sistema Petrobrás, a geração de empregos e a recuperação da cadeia produtiva do setor.
“Essa é uma conquista desta geração de petroleiros e petroleiras que foram à greve para disputar os rumos da empresa e não para discutir salários, vantagens ou benefícios”, destaca o coordenador da FUP, José Maria Rangel. Outra conquista da greve foi garantir que a Petrobrás não retrocedesse em nenhum direito da categoria, em um momento onde petrolíferas no mundo todo atravessam uma das maiores crises do setor, impondo demissões em massa, redução de salários e cortes de direitos aos seus empregados.
Estado de greve
Ao atenderem ao indicativo da FUP de manutenção do estado de greve, os petroleiros seguirão mobilizados nacionalmente e alertas contra qualquer tentativa de retrocesso por parte dos gestores da Petrobrás e dos setores que querem a privatização da empresa e a derrubada do modelo de partilha do Pré-Sal. A greve histórica que a categoria protagonizou nessas duas semanas colocou na pauta nacional a importância da retomada dos investimentos da Petrobrás e resgatou o respeito aos petroleiros, provando que o compromisso dos trabalhadores é com a soberania e com o povo brasileiro, que é o maior acionista da empresa.
Fonte: INFORME FUP