Nov 25, 2024

Operários demitidos de estaleiro no Rio recebem indenização em janeiro

A partir de janeiro, os 2.900 empregados demitidos do Estaleiro Ilha S.A (Eisa), na Ilha do Governador, zona norte do Rio, poderão sacar o Fundo de Garantia (FGTS) e dar entrada no seguro desemprego. O acordo foi fechado no último dia 22, em audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) com o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal-Rio) e representante da Eisa.

Os trabalhadores foram comunicados da demissão no dia 14, quando chegaram para trabalhar e encontraram as portas fechadas. O estaleiro alegou estar em crise financeira para dispensar os funcionários, que estão sem receber os salários vencidos, férias, décimo terceiro e rescisão contratual, que não foi feita oficialmente. Com isso, os trabalhadores continuam vinculados à empresa e não teriam direito de sacar o FGTS, entrar com o pedido de seguro desemprego ou buscar outro trabalho.

No acordo, está previsto que a empresa e o Sindimetal-Rio iniciarão a homologação das rescisões contratuais no dia 4 de janeiro. Devem ser feitas cem por dia, no mínimo, por ordem de matrícula, com prioridade para operários que tenham problemas de saúde ou outras situações urgentes. O estaleiro tem até o dia 30 para fornecer ao sindicato a lista com o nome e a  matrícula de todos os trabalhadores dispensados e se comprometeu a recontratar 50% deles caso consiga retomar as obras dos navios.

Já o pagamento dos salários, férias e 13º atrasados, que somam cerca de R$ 60 milhões, dependem de decisão da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, já que o Eisa entrou com pedido de recuperação judicial no dia 15 de dezembro. Com isso, todos os valores devidos pela empresa precisam passar pela justiça, que determina o pagamento com prioridade para os trabalhadores.

O Sindimetal-Rio informa que fará “todo o acompanhamento e cobrará todos os direitos dos trabalhadores demitidos”. Também afirma que vai buscar formas para a retomada do setor naval no Rio de Janeiro. “Para 2016, a expectativa também é de reabertura do estaleiro Rio Nave, no Caju”, diz a nota publicada no site da entidade.

O Eisa é controlado pelo mesmo grupo que, em junho, fechou as portas do estaleiro Mauá, em Niterói, e dispensou 3,5 mil trabalhadores, do empresário German Efromovich. Em setembro, a Justiça determinou o pagamento de indenizações aos empregados demitidos.

A empresa foi procurada pela reportagem, mas não foi encontrado nenhum responsável para comentar o assunto.

Da Agência Brasil.

Mesmo com lucros nas alturas, bancos fecham 8.247 empregos entre janeiro e novembro

Apesar de passarem longe da crise, sendo o setor da economia que mais tem lucrado no Brasil, o sistema financeiro continua demitindo. É o que o comprova a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada nesta segunda-feira (21) pela Contraf-CUT. Entre janeiro e novembro de 2015, foram fechados 8.247 postos de emprego bancário em todo o país.

O mês de novembro apresentou o segundo pior saldo do ano, com encerramento de 1.928 empregos, perdendo apenas para o mês de julho, quando foi impactado pelos programas de incentivo à aposentadoria, implantados no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, com o fechamento de 3.069 postos de trabalho.

O estudo feito mensalmente, em parceria com o Dieese, usa como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência Social, e revela, mais uma vez, que os bancos múltiplos, com carteira comercial, categoria que engloba grandes instituições, como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil, foram os principais responsáveis pelos cortes. Eles eliminaram 5.790 empregos. Na Caixa foram fechados 2.423 postos de trabalho.

Demitem, mesmo obtendo lucros astronômicos

Os bancos continuam em 2015 apresentando os maiores lucros de sua história. Nada justifica o comportamento das instituições financeiras, que acumulam R$ 54,8 bilhões de lucro até o terceiro trimestre deste ano. O crescimento do setor alcançou 24,3% neste período, nenhum outro segmento lucrou tanto.

Reduções por estados 

No total, 23 estados registraram saldos negativos de emprego, apenas quatro apresentaram saldos positivos. As reduções mais expressivas ocorreram em São Paulo (-2.122), Rio de Janeiro (-1.381) e Minas Gerais (-794). Já o Pará foi o estado com maior saldo positivo, com geração de 130 novos postos de trabalho, seguido pelo Mato Grosso (60).

Rotatividade e salário 

De acordo com o levantamento da Contraf-CUT/Dieese, além do corte de vagas, a rotatividade continuou alta. Os bancos contrataram 28.745 funcionários e desligaram 36.992 nos primeiros onze meses. A pesquisa também revela que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.534,06, contra R$ 6.263,20 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 56,4% menor que a remuneração dos dispensados.

Desigualdade entre homens e mulheres

A pesquisa mostra também que as mulheres, mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, continuam discriminadas pelos bancos na remuneração. A média dos salários dos homens admitidos pelos bancos foi de R$ 3.889,65 entre janeiro e novembro. Já a remuneração das mulheres ficou em R$ 3.141,86, valor cerca de 23,8% inferior à remuneração de contratação dos homens.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres é maior na demissão. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos entre janeiro e novembro deste ano recebiam R$ 5.370,79, o que representou 76 % da remuneração média dos homens desligados dos bancos, de R$ 7.058,17.

Veja aqui a íntegra da pesquisa.

 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Expediente no Natal e Ano Novo

Comunicamos que nos dias 24 , 25, 31 de dezembro e 01 de janeiro não haverá expediente na Sede do Sindipetro-RS e nas Delegacias Sindicais de Canoas e Litoral Norte.

O Sindipetro-RS deseja a todos os companheiros e companheiras um ótimo Natal e um Feliz 2016 a todos.

 

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