Nov 25, 2024

PF faz operação para prender acusados de desviar dinheiro da Petrobrás desde 1997

A Polícia Federal cumpre hoje (17) quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, contra suspeitos de desviar dinheiro de contratos da Petrobras com a empresa SBM Offshore, que aluga plataformas e sondas. De acordo com a PF, desde 1997, os acusados usavam o dinheiro desviado para pagar propinas.

A operação, chamada Sangue Negro, foi desencadeada mesmo antes da Operação Lava Jato, mas alguns dos alvos da ação de hoje também são investigados pela Lava Jato. Dois dos mandados de prisão, por exemplo, são de pessoas que já estão presas em Curitiba. Mandados também estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis (RJ).

As buscas ocorrem nas casas dos investigados e em uma empresa do ramo de prospecção de petróleo. Os acusados respondem por crimes como sonegação fiscal, evasão de divisas, desvio de recursos públicos lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

Segundo nota divulgada pelo Ministério Público Federal, os procuradores da República Renato Oliveira e Leonardo Cardoso de Freitas denunciaram à Justiça 12 pessoas, acusadas de participar do esquema.

Agência Brasil

 

 

 

 

O que acontecer no Brasil terá consequências sobre a América Latina, diz Mujica

O ex-presidente do Uruguai José Mujica, afirmou ontem (16) que as consequências de um eventual impeachment da presidenta Dilma Rousseff não afetarão apenas o Brasil, mas toda a América Latina, porque o país é determinante na região. A declaração foi feita pouco antes da abertura da 3ª Conferência Nacional de Juventude, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O evento prossegue até 19 de dezembro, com o tema "As Várias Formas de Mudar o Brasil".

O ex-presidente também se disse surpreso de que os brasileiros não se dêm conta da gravidade dessa situação.

"Todos os dias há péssimas noticias. E como patriotas, como brasileiros, a grande luta seria tirar o Brasil do pântano. Que se faça a justiça, a justiça que se tenha que fazer. Mas acima da justiça, acima dos que têm que ir presos, está o Brasil. Está o povo brasileiro, que trabalha, a estabilidade social, que vale mais que todo o resto", advertiu. "É difícil que o sistema politico, judicial, os grandes meios de comunicação, estejam conscientes do mal em que o Brasil está metido, e as consequências que têm, não só para o Brasil, mas para todos os latino-americanos."

O ex-presidente uruguaio, hoje senador, enfatizou que há hoje no país "uma crise de confiança, que está virando uma crise econômica"."E a crise econômica aumenta a crise de confiança", acrescentou.

Para Mujica, isso é uma espécie de jogo irresponsável, que paralisa o Brasil e influi em todos os vizinhos.

"Estão jogando o jogo do bom e do mal. E, na realidade, não há mal nem bom. Estão afundando o país. Humildemente faço um chamamento de atenção para as pessoas mais responsáveis. Não há ganhadores, são todos perdedores. Essa é minha humilde opinião", concluiu.

Uruguai

Mujica lembrou que o Uruguai atravessou uma grande crise econômica em 2002. E afirmou que nem ele e nem as pessoas de seu campo político, que eram oposição à época, pensaram em tentar tirar o governo.

"Tratamos de esperar a eleição. E que o povo decidisse. Mas nem nos ocorreu que o governo tinha que cair, porque isso era pior. Tínhamos que financiar a crise. E era importante a imagem que passávamos para fora do país, porque havia uma necessidade de crédito. E se semeássemos uma imagem desastrosa para aquele que poderia colocar 1 peso, aquele que pudesse emprestar, se retrairiam. E perderíamos duas vezes", declarou.

Com informações do Blog do Planalto

Em audiência com MPT, FUP garante compromisso da Petrobrás em não punir grevistas

Nesta segunda-feira, 14, foi realizada audiência de mediação entre FUP, Petrobrás e Ministério Público do Trabalho, na sede do MPT em Brasília, para discutir as não punições aos trabalhadores que participaram da última greve nacional dos petroleiros.

A audiência teve a participação do diretor da secretaria jurídica da Federação, Leonardo Urpia, de representantes da Petrobrás, do coordenador nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), João Carlos Teixeira e, do procurador geral do Trabalho, Ronaldo Fleury.

A FUP citou as denúncias de retaliações aplicadas pela Petrobrás aos trabalhadores grevistas, como alteração na programação de férias, mudanças nos regimes e locais de trabalho e bloqueio do acesso de petroleiros grevistas e dos dirigentes sindicais nas unidades da empresa.

A Petrobrás alegou desconhecer as ocorrências dos fatos e comprometeu-se, através de acordo assinado com a FUP e o MPT, a não aplicar nenhum tipo de punição aos trabalhadores, assim como efetuar a apuração de todas as denúncias da FUP e seus sindicatos em relação aos excessos realizados pelos gerentes da empresa durante a greve.

Além disso, foi decretado que o Ministério Público do Trabalho enviará documento oficial à Petrobrás, solicitando o reestabelecimento da regularidade dos crachás de todos os trabalhadores grevistas e dirigentes sindicais, assim como o cumprimento da programação de férias marcadas antes da greve.

As demais denúncias da FUP e seus sindicatos sobre práticas antissidicais praticadas pela Petrobrás, antes ou depois da greve, continuam sendo apuradas nas Procuradorias Regionais do Trabalho.

Fonte: FUP

Facebook