Nov 25, 2024

Golpistas não passarão! 18 de março é o povo nas ruas, por direitos e democracia

Amanhã, na Esquina Democrática, às 17h

O povo brasileiro vive o mais grave ataque desde o fim da ditadura. Conquistas sociais, empregos, direitos constitucionais e a própria democracia são desmontados em uma cruzada judicial-midiática que paralisou a economia e mergulhou o país em uma arriscada polarização social.

A seletividade da Lava Jato deixa claro que seu objetivo é político. Para isso, conta com a parceria da TV Globo, que age de dentro do gabinete do juiz Sérgio Moro, com acesso livre a informações confidenciais, cuja narrativa é meticulosamente construída para derrubar o governo e criminalizar os que se insurgem contra esses abusos.

A Lava Jato transformou-se em um poder paralelo que age em associação com a mídia. Os graves episódios de violações do Estado de Direito são a prova de que a operação enveredou por caminhos conspiratórios e fascistas.

Grampear uma conversa telefônica da presidente da República e vazar as gravações para a Globo é crime que caracteriza um Estado de Exceção, o que agrava ainda mais a crise econômica e o caos social alimentado pela Lava Jato.

O nível de desemprego cresceu 41,5%, atingindo no final de 2015 mais de 9 milhões de brasileiros. O PIB sofreu um tombo de 3,8% e o acumulado continua caindo: em janeiro chegou a 4,1%, segundo estimativas da FGV.  

É nesse contexto que é articulado o golpe, a privatização da Petrobrás e a entrega do Pré-Sal. Nós, petroleiros próprios e terceirizados, estamos no centro do desmonte e reagiremos a esses ataques.

O combate à corrupção - entranhada há décadas no Estado brasileiro e historicamente denunciada pelos movimentos sociais, mas nunca apurada – não pode servir de pretextos para o golpe das elites, que sempre se beneficiaram dela.  Queremos a apuração e punição de todos os corruptos, sem seletividade e dentro da legalidade.

Vamos nos somar às manifestações do dia 18 nas principais cidades do país e reafirmar que é preciso, sim, combater a corrupção, mas respeitando-se o Estado Democrático de Direito e preservando a economia nacional, sem penalizar os trabalhadores.

Chega de golpismo! Queremos a retomada do projeto popular e democrático de desenvolvimento. 

Fonte: FUP

PLS 555 passa no Senado, mas mobilização dos trabalhadores garante avanços

Entre eles está o fim da obrigatoriedade de transformação das estatais em sociedades anônimas

A votação do PLS 555, na noite dessa terça-feira (15), no Senado, após intensas mobilizações que durante meses envolveram ações por todo o Brasil, reunindo vários setores da sociedade civil, encerrou o primeiro capítulo da luta contra o projeto privatista. A pressão sobre os parlamentares feita pelo movimento sindical e social e a entrada do governo na negociação levaram à construção de um substitutivo que resultou em avanços.

Para a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, são pelo menos três os avanços a destacar. O primeiro é a retirada da obrigatoriedade de as empresas se tornarem sociedades anônimas; o segundo, o fim da exigência de as empresas não terem mais ações preferenciais e, finalmente, a aprovação de que o Estatuto das Estatais só será obrigatório para as empresas que tenham mais de R$ 90 milhões de receita operacional bruta. “Na comparação com o projeto original, conseguimos evoluir e brecar itens muito perigosos para as estatais. Tiramos leite de pedra, mas não acabou, a luta continua agora na Câmara dos Deputados”, afirma Rita.

Ela destaca ainda a importância da participação de senadores que se aliaram à luta contra o PLS 555, como os do PT, Lindbergh Farias, Paulo Paim, Gleisi Hoffman; do PCdoB, Vanessa Grazziotin; da Rede, Randolfe Rodrigues, e do PMDB, Roberto Requião. Entre as dezenas de entidades, as seis centrais sindicais que integram o comitê nacional, a FUP, a Fenae, Contraf e demais confederações, federações e sindicatos e categorias representados. 

Os integrantes do comitê nacional farão uma avaliação geral do resultado obtido e a discussão de novas estratégias.

Ato no heliporto do Farol (Campos) marca 15 anos do acidente com a P-36

Familiares dos trabalhadores vítimas do acidente ocorrido em 15 de março de 2001 com a P-36 participam na manhã de hoje, de um ato no Farol de São Tomé. Essa atividade promovida pelo Sindipetro-NF marca a passagem dos 15 anos do acidente que vitimou onze trabalhadores e os levou para o fundo do mar junto com a plataforma.

 

Para a diretoria do sindicato, de lá pra cá, pouca coisa mudou. Os petroleiros que atuam nas áreas operacionais da empresa trabalham em situação de risco o tempo todo. Nessas áreas, as gerências fazem o que bem entendem, descumprindo normas de segurança e a legislação, sem que nada lhes aconteça. Enquanto isso, os trabalhadores são mutilados e mortos em acidentes.

 

Um dos maiores avanços na área foi a conquista o anexo 2 da NR-30, que garante aos trabalhadores o Direito de Recusa. Além disso, categoria petroleira tem participação dos dirigentes sindicais nas reuniões de Cipa, a possibilidade de acompanhar as fiscalizações do Ministério do Trabalho e a interdição de plataformas por questões ligadas à saúde e segurança.

 

Ao longo dos últimos 20 anos aconteceram 356 mortes com petroleiros diretos e contratados. Em fevereiro de 2015, outro grave acidente com o FPSO São Marheus no Espírito Santo matou nove trabalhadores, dessa vez terceirizados.

 

Na Bacia de Campos ocorreram 134 óbitos de 1998 até 2015, sendo que 95 foram de terceirizados e 38 de empregados da Petrobras. Durante todos esses anos, o Sindipetro-NF denunciou a permanência de condições inseguras de trabalho no setor petróleo.

 

"Nós não vamos deixar a empresa e a categoria esquecer. O Sindipetro-NF está preocupado com os trabalhadores que se foram e deixaram suas famílias. Seremos incansáveis na defesa da segurança dos trabalhadores" - disse o Coordenador do Sindipetro-NF, Marcos Breda.

 

Companheiros vítima do acidente com a P-36

 

Adilson Almeida de Oliveira
Charles Roberto Oscar
Emanoel Portela Lima
Ernesto de Azevedo Couto
Geraldo Magela Gonçalves
Josevaldo Dias de Souza
Laerson Antônio dos Santos
Luciano Cardoso Souza
Mário Sérgio Matheus
Sérgio dos Santos Souza
Sérgio Santos Barbosa

 

Fonte: Sindipetro-NF

 

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