Nov 26, 2024

Plataforma intensifica campanha contra leilões do petróleo

“Isso é muito espantoso, grandioso e muito bacana”, apontou Magda Chambriard, diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), ao leiloar a 30 empresas - 18 estrangeiras - uma reserva estimada em 40 bilhões de barris, o equivalente ao triplo de toda a reserva que a Petrobras havia descoberto nos últimos 59 anos de pesquisa.

A comemoração da ANP ocorreu após a arrecadação de 2,8 bilhões de reais pelo governo na 11ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás Natural. Entretanto, as reservas são estimadas em 1,5 trilhões de reais, valor 500 vezes maior que o arrecadado.

Com o objetivo de impedir estas privatizações, a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia, articulação que envolve petroleiros, eletricitários e atingidos por barragens, reuniu-se nessa terça-feira (25), na sede do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), em São Paulo. Os presentes apontaram a importância do petróleo para a soberania nacional e a urgência de mobilizar a classe trabalhadora para barrar novas privatizações.

Está prevista para outubro mais uma rodada de licitação do petróleo, agora do pré-sal. O leilão vai ofertar a área de Libra, localizada em Santos (SP), com uma reserva de 12 bilhões de barris de petróleo.

Para o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio Moraes, esta riqueza é essencial para a soberania nacional e pode resolver deficiências de outras áreas. “O que estão querendo entregar ao capital privado, pode resolver o problema não apenas da educação, como também da saúde e dos transportes. Não queremos apenas os royalties para a educação, que representa cerca de 10% da sua exploração, queremos toda a sua riqueza para o povo brasileiro”, afirmou.

 

Pelo cancelamento dos leilões do petróleo e energia

Nas próximas semanas serão reabertos os Comitês estaduais da campanha “O petróleo tem que ser nosso” em todo o país. O objetivo é ocupar praças, escolas, ruas e universidades para conscientizar toda a população da importância de se manter o petróleo sob o controle estatal.

Além disso, 77 organizações e movimentos da esquerda, além de todas as centrais sindicais, assumiram ontem o compromisso de realizar uma grande paralisação nacional da classe trabalhadora no dia 11 de julho e um dos pontos unitários é a luta pelo cancelamento da privatização do petróleo brasileiro.

 

Hidrelétricas

A Plataforma também exige o cancelamento imediato dos leilões de usinas hidrelétricas e a garantia dos direitos das populações atingidas pelas obras. Estão previstas para entrar em licitação nos próximos meses, 12 Usinas Hidrelétricas, entre elas Três Irmãos, Ilha Solteira, Jupiá, Jaguara e Volta Grande, além de 23 Pequenas Centrais Hidrelétricas, que representam 12% do potencial hidráulico brasileiro instalado.

Com seus contratos de licitação vencendo nos próximos meses, estas usinas retornam ao poder da união. “Não podemos deixar estas que representam as melhores usinas brasileiras, com seu capital já amortizado, serem privatizadas, o que representa uma piora na qualidade do serviço e precarização do trabalho”, afirmou a coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Brasil de Fato, por MAB

Sindipetro-RS convoca a categoria Petroleira a participar das manifestações do dia 11 de julho

O Sindipetro-RS informa que, nem a Entidade ou as Centrais Sindicais, estão envolvidas na organização de manifestações e não têm nada a ver com a convocação para uma greve na próxima segunda-feira, dia 1º de julho. Por isso, reiteramos aos petroleiros e petroleiras que nosso Sindicato e as Centrais Sindicais, como a CUT, à qual o Sindipetro-RS é filiado, estarão participando das atividades programadas para o dia 11 de julho

As nossas lutas estão bem claras:  investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, que também são pautas históricas dos trabalhadores e das trabalhadoras, os atos de julho irão reivindicar o fim dos leilões do petróleo, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário, a reforma agrária, o fim do Projeto de Lei 4330 (legaliza terceirizações) e a regulamentação do sistema financeiro.

Vamos às ruas em 11 de julho, numa paralisação nacional em defesa da pauta da Classe Trabalhadora, de forma responsável e organizada, como sempre fizemos. 

A convocação para a ‘suposta’ greve geral do dia 1º, que surgiu em uma página anônima do Facebook, é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os trabalhadores e as trabalhadoras, que querem confundir e gerar insegurança na população. Mais que isso: colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito de livre manifestação.

É preciso tomar muito cuidado com falsas notícias que circulam por meio das redes sociais.

Reuniões do Comitê e do CA: Zé Maria acrescenta Saúde e Segurança do trabalhador no CA

No dia 16 de junho, Zé Maria participou de reuniões do Comitê e do CA.
O Comitê de Meio ambiente do Conselho de Administração aprovou por unanimidade as propostas de Zé Maria para mudança do Regimento Interno do órgão. Na próxima reunião do CA as propostas devem se efetivar:

  • Incluir a saúde e a segurança do trabalhador entre os objetivos centrais da atuação do Comitê de Meio ambiente;
  • Reduzir a periodicidade das reuniões de trimestral para bimestral;
  • Manter a realização de reuniões com no mínimo dois membros.

Não é pouca coisa. Em toda a história da Petrobrás surge um Conselho de Administração que pode incluir os interesses dos empregados e das empregadas no centro das discussões.

Para que isso resulte em decisões e medidas práticas mais do que nunca a ação sindical precisa ser fortalecida com a ampla participação dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Nossas entidades têm que multiplicar sua ação na investigação das condições de saúde e segurança em cada unidade. Levantar e denunciar os problemas municiando Zé Maria para fortalecer seu trabalho no CA.

Já o Conselho de Administração discutiu e deliberou sobre duas importantes questões referentes aos programas PRODESIN, PRONGÀS e o Relatório de Auditoria Interna .

No primeiro foi deliberado desinvestimento em metade da exploração na Nigéria.  Para nós é fundamental que a empresa concentre seus investimentos no Brasil, inclusive com o desejado fim dos leilões. Por esse motivo nosso representante, Zé Maria, votou a favor da saída de metade do projeto naquele país africano.

A exploração do gás de xisto (PRONGÁS) foi objeto de uma explicação sobre os impactos. Nosso representante no CA manifestou sua preocupação com a atividade cujos impactos ambientais dessa exploração não estão suficientemente esclarecidos. Lembrou que países como a França e a Bulgária a proíbem.

Zé Maria não ficou satisfeito com o relatório de atividades da auditoria interna referente ao primeiro trimestre de 2013. Por isso ele deve ser objeto de seu primeiro pedido de esclarecimentos adicionais à direção da empresa.

Outra importante decisão do CA foi a aprovação da reincorporação da participação do Sistema Petrobrás no COMPERJ na área petroquímica, antes cedida a uma subsidiária. A decisão contou com a aprovação de Zé Maria.

Finalmente o CA aprovou a ata da última reunião e marcou a próxima para o dia 9 de agosto.

 

Blog zemarianoca.org.br

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