Nov 26, 2024

Em reunião nesta quarta com a Petros, FUP exigirá cancelamento dos descontos anunciados nos benefícios

Nesta quarta-feira, 17, a FUP reúne-se com a Presidência e a diretoria da Petros para cobrar a suspensão dos descontos anunciados para serem feitos nos benefícios dos aposentados e pensionistas a título de “cobrança de diferenças aos mantenedores”. A reunião será às 17 horas, na sede da Petros, no Rio de Janeiro.

A FUP quer explicações sobre os descontos anunciados pela Fundação em documentos enviados aos assistidos, o que está gerando uma série de questionamentos em todo o país.

Nem a FUP, nem seus sindicatos foram informados sobre o teor desses descontos e não permitirão que haja qualquer tipo de prejuízo imposto aos aposentados e pensionistas.

FUP

Rodoviários comemoram sucesso da greve geral

Porto Alegre foi a única capital brasileira que conseguiu parar 100% do transporte coletivo urbano durante todo o dia 11, Dia Nacional de Luta. A categoria comemora a importância que teve para o sucesso da greve geral.

De acordo com o rodoviário e diretor da CUT, Luiz Afonso Martins, a oposição do sindicato iniciou o trabalho de mobilização da categoria dias antes. Na véspera do Dia Nacional de Luta, 10, duas assembleias gerais extraordinárias foram realizadas, às 9h e às 19h, onde foi deliberada pela participação na greve.

“Diferente do autoritarismo da direção do sindicato, a oposição chamou a assembleia para definir sobre a participação no movimento”, salientou Afonso.

Nesta assembleia também foi aprovada a pauta de reivindicações que inclui itens como: o fim do Fator Previdenciário, a valorização das aposentadorias, a redução da jornada de trabalho para 36 horas, aprovação dos 30% de risco à vida e aposentadoria aos 25 anos de trabalho.

Para o rodoviário, diversos fatores contribuíram para que a categoria parasse: o arrocho salarial, a violência que os rodoviários vem sofrendo, as más condições de trabalho, somados ao descaso da direção do sindicato e a negligência da EPTC, que explora cada vez mais os trabalhadores.

“Há rodoviários que realizam jornadas de até 14 horas por dia, isso coloca em risco a vida de todos que utilizam o transporte público”, conta.

No Dia Nacional de Luta, os piquetes nas garagens dos ônibus urbanos em Porto Alegre começaram ainda na madrugada do dia 11. A avaliação do movimento é bastante positiva, tanto para a categoria como para o resultado das manifestações.

“Os rodoviários estão com a auto estima elevada. A categoria sabe da importância que tiveram colaborando com um movimento nacional, já que a paralisação do transporte coletivo foi fundamental para o sucesso da greve. No dia seguinte, todos trabalharam com um sorriso no rosto, devido ao sucesso da manifestação e com a certeza do dever cumprido”, relatou Afonso.

Metalúrgicos, vigilantes, bancários, telefônicos, professores, entre outras categorias e representantes de sindicatos apoiaram a paralisação dos rodoviários, indo para a frente das garagens.

CUT-RS

Centrais marcam nova mobilização 06 de agosto contra o PL 4330

Uma das principais bandeiras das manifestações do dia 11 de julho, a luta contra o Projeto de Lei 4330, que escancara a terceirização e ataca direitos dos trabalhadores, será intensificada pelas centrais sindicais. Uma nova mobilização nacional foi anunciada para o dia 06 de agosto. Na pressão, os trabalhadores conseguiram evitar que o projeto fosse votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados Federais, onde tramita em fase terminal.

 

No último dia 10, o presidente da CCJC, deputado Décio Lima (PT-SC), anunciou que o PL 4330 não será votado antes do dia 13 de agosto. Até lá, haverá novas reuniões com a comissão quadripartite, formada por representantes das centrais sindicais, governo, parlamentares e empresários, que já realizou três rodadas de negociação. Haverá mais quatro reuniões do grupo e, se tiver consenso, a proposta deverá ser apresentada no dia 05 de agosto.

 

A FUP e seus sindicatos têm participado ativamente das mobilizações em Brasília, fortalecendo a luta das centrais para derrubar o PL 4330, que flexibiliza a CLT e libera por completo a terceirização, inclusive nas atividades fim.

 

Organização e unidade das centrais sindicais

 

A entrada da classe trabalhadora, de forma organizada, na luta por melhores condições de vida, deu ao movimento sindical mais condições de pressionar o parlamento e o governo e conquistar itens da pauta de reivindicações entregue em março.

 

“Ficou claro para o Congresso Nacional e para o governo que é preciso atender à nossa pauta", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que falou sobre o poder que a unidade das centrais representa e sobre o calendário de mobilizações definido e aprovado na reunião dos sindicalistas. “As centrais sindicais têm unidade na defesa da classe trabalhadora. E pela conquista dos itens da pauta de reivindicações que entregamos para o governo e para o Congresso, vamos até o fim”, concluiu o dirigente.

 

Os principais itens da pauta são o fim da terceirização, redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, 10% do PIB para educação, 10% do orçamento para a saúde o fim do fator previdenciário, fórmula matemática criada pela equipe econômica do ex-presidente FHC, que reduz o valor das aposentadorias. O fator é calculado levando-se em consideração a idade, a expectativa de sobrevida (que vem aumentando nos últimos anos) e o tempo de contribuição do segurado.

 

CALENDÁRIO DE LUTA

 

No dia 6 de agosto serão realizados atos contra a terceirização nas portas das federações patronais em todas as capitais do Brasil e também nas confederações de empresários (CNI, CNC, CNC), em Brasília. O objetivo é pressionar os empresários a retirar da pauta da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho.

 

Os atos foram marcados para este dia porque, no dia 5, terminam as   negociações da Mesa Quadripartite, que reúne trabalhadores, empresários, governo e deputados federais, que está discutindo alterações no texto do PL da terceirização. Na mesa, a bancada dos trabalhadores está tentando alterar o texto para proteger os direitos dos trabalhadores, mas há muita resistência da bancada patronal.    

 

A CUT e outras sete centrais sindicais também acordaram dar um prazo ao governo e ao Congresso para atender as reivindicações ou abrir um processo de negociação. Caso isso não aconteça, decidiram marcar uma paralisação nacional no dia 30 de agosto.

 

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