Nov 30, 2024

Gestão de risco na U-01 da Refap

O Sindipetro foi informado de uma situação de risco grave e iminente na U-01. O compressor de gases de topo da T101, C101B, que estava parado a mais de quatro meses aguardando manutenção, foi colocado em operação e funciona de forma precária. Um de seus cabeçotes (são 2) tem um reparo na junta da tampa, conhecido com “bacalhau”, por onde ocorre vazamento de produto contaminado com benzeno, que necessita de acompanhamento constante do SMES.

No outro cabeçote tem um grande vazamento de água de refrigeração, podendo causar parada do equipamento a qualquer momento. Esse vazamento tem muita pressão e, por isso, está em uso um dispositivo “moderno” para impedir que atinja as pessoas e outros equipamentos: uma tampa de latão de lixo. Apesar disto, ele está operando para garantir a carga alta da unidade porque o C101A, que estava operando antes, foi liberado para manutenção, por estar “batendo válvulas”, desde meados de agosto.

Esse é um bom exemplo de “RESPONSABILIDADE” gerencial da Refap, pois esse compressor esteve parado durante meses, esperando manutenção. Só lembraram dele após os problemas do C101A.

Outro fato interessante é que para trabalhar no C101A, se tirou a equipe que estava escalada para a manutenção do C5001A. Isto demonstra a falta de pessoal especializado para atuar nos momentos de crise. Já não dá pra chamar nem de cobertor curto, é um lençol infantil esfarrapado!

Cadê o efetivo da manutenção!

Se a gestão da Refap não se preocupa com os equipamentos críticos, imagina com o resto. Bravos ao PROCORTE, PIDV E MOBILIZA!

Enquanto isso haja benzeno vazando. É muita pro-atividade gerencial com a saúde dos trabalhadores!

O sindicato cobrou da gerência local solução imediata para esse absurdo e estará denunciando para os órgãos competentes.

“Na dúvida, PARE!” Onde está a SEGURANÇA!

 

Baleeira da P-35 cai e petroleiro de PCH-2 morre após passar mal e ser atendido por videoconferência

A insegurança na Bacia de Campos continua preocupando os trabalhadores e o movimento sindical. Na última sexta-feira, 19, dois episódios reforçaram as denúncias e cobranças da FUP e do Sindipetro-NF que apontam a urgência de uma nova polítlia de SMS nas unidades do Sistema Petrobrás.

Baleeira cai e petroleiros relembram Enchova

Durante um teste de carga da baleeira na plataforma P-35, no último dia 19, os freios não atuaram e ela foi ao mar. Segundo informação, a baleeira passou por manutenção  no dia 30 de agosto, passou apenas por um teste de navegabilidade e foi liberada para utilização. Por sorte, não havia ninguém dentro da mesma e nenhum trabalhador foi ferido. 

Cerca de 30 anos depois do Acidente de Enchova, que vitimou trabalhadores após a queda de uma baleeira, esses equipamentos continuam não tendo sua devida importância levada em conta na hora de uma manutenção.  Nesta quarta-feira, 24, a plataforma passará por uma inspeção da Marinha.

Operador de Cherne morre, após passar mal e ser atendido por videoconferência

Também na sexta-feira, 19, o Técnico de Operações Pleno de PCH-2, Jorge Antônio Tomaz, morreu, após passar mal a bordo da plataforma e ser atendido por videoconferência. O trabalhador embarcava há vários anos na plataforma e retornou de mais uma folga no último dia 17. No dia seguinte,18,  pela manhã, ele apresentou um quadro de enjoos, fez um atendimento com o médico de terra por videoconferência e foi liberado em seguida. Na sexta, 19, desmaiou no banheiro da plataforma e foi levado à enfermaria, onde o médico, novamente por videoconferência, decidiu pelo desembarque com resgate aeromédico. Ao chegar em Macaé, ainda no aeroporto, sofreu um infarto, não resistiu e faleceu. As informações foram repassadas ao sindicato pelo SMS da UO-BC.

Para a FUP e o Sindipetro-NF, toda a circunstância da morte precisa ser esclarecida, apurando o desenrolar dos acontecimentos desde o embarque do trabalhador, especialmente o primeiro atendimento e as condições do resgate.  A entidade sempre criticou de forma veemente os atendimentos à distância que são realizados nas plataformas.

Fonte: FUP, com informações do Sindipetro-NF

Em assembleias, petroleiros gaúchos rejeitam a contraproposta

Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, os petroleiros gaúchos rejeitaram, com 97,4% dos votos, a contraproposta apresentada pela Petrobrás no dia 10.  As assembleias encerraram nesta sexta-feira, 19. O prazo para que a empresa apresente uma nova contraproposta é terça-feira, dia 23. No dia 25 será realizada uma nova reunião do Conselho para avaliar e definir os rumos da campanha salarial. Os petroleiros reivindicam 5,5% de ganho real. Entretanto, a empresa ofereceu 0,79% e 1%, bem abaixo do reivindicado e da média conquistada pelas categorias que fecharam acordos no primeiro semestre.

Confira o resultado das assembleias

Contra a proposta: 375 votos

A favor da proposta: 5 votos

Abstenção: 5 votos

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