Nov 30, 2024

Retrocesso: Aécio volta a defender concessão do pré-sal

Em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, reafirmou a intenção de retomar o modelo de concessão para o pré-sal, demonstrando em sua argumentação desconhecimento da indústria petrolífera e total falta de compromisso com o desenvolvimento do país. "Eu quero ouvir a sociedade brasileira se, em determinados casos, o modelo de concessões, que foi um modelo que trouxe mais de 70 empresas para investir no Brasil e permitiu um aumento grande da produção de petróleo em todo aquele período, não possa também ser um modelo que possa voltar a ser executado em determinados casos", afirmou Aécio aos entrevistadores.

Parece que o candidato tucano não sabe nada sobre a indústria de petróleo no Brasil. Nestes quase vinte anos de abertura do setor, desde a quebra do monopólio da Petrobrás, no governo FHC, as petroleiras privadas que atuam no Brasil são responsáveis por menos de 7% da produção nacional. Nem a própria ANP sabe o que essas empresas fazem com o petróleo que extraem, já que, pelo modelo de concessão, elas detêm a propriedade integral deste recurso e, normalmente vendem para quem paga mais.

Além disso, ao longo destas quase duas décadas do modelo de concessão, nenhum investimento de peso foi feito pelas petrolíferas privadas no Brasil. Não fizeram sequer uma encomenda de plataforma, sonda de perfuração ou navio à indústria naval brasileira.

Sem falar que todos as plataformas das petrolíferas privadas são 100% terceirizadas, sem qualquer controle das atividades e condições de trabalho, já que essas empresas não reconhecem os sindicatos petroleiros como representantes destes trabalhadores.

Pra citar um exemplo: a Statoil, que é a segunda maior produtora de petróleo no Brasil (0,3% da produção nacional), emprega apenas 200 trabalhadores próprios, todos em escritório, pois suas plataformas trazidas do exterior são todas terceirizadas. E pensar que cerca de 20% do pré-sal já foram entregues às multinacionais nos leilões de concessão. Imagina se o governo Lula não tivesse alterado a legislação e garantido o regime de partilha para essa riqueza nacional?

Equipe tucana de Marina Silva também quer mexer no pré-sal e na Petrobrás

Aécio Neves e a equipe tucana de Marina Silva querem rever o modelo de partilha e adotar o sistema de concessão para o pré-sal. Se em seu programa de governo, a candidata do PSB trata o petróleo como um mal necessário e dedica apenas uma linha ao pré-sal, nos debates e encontros com empresários, ela vem revelando uma proximidade cada vez maior com o projeto tucano de privatização da Petrobrás e do pré-sal.

Seu coordenador de campanha e principal articulador político é o ex-deputado do PSDB, Walter Feldman, que, após 25 anos entre os tucanos, migrou para o PSB. Em reunião recente com empresários paulistas, ele criticou o modelo de partilha do pré-sal e o papel da Petrobrás como operadora única e classificou a atual política de conteúdo nacional como "doutrinária".

Marina Silva já deixou claro que irá fazer a "revisão em profundidade de todos os programas  atuais que demandem incentivos e proteção, incluindo os casos em que é aplicada a política de conteúdo nacional", como destaca na página 73 do seu programa de governo.  Na TV, ela também declarou com todas as letras que irá refazer o planejamento estratégico da Petrobrás.

Fonte: FUP

Sindipetro-RS participa de reunião para cobrar extensão dos níveis para todos os aposentados e pensionistas

Empresa deve apresentar proposta nesta terça-feira, 23

 

O Sindipetro-RS participou na última sexta-feira, dia 19 de setembro, da reunião da FUP com a Petros e Petrobrás, na sede da empresa no Rio de Janeiro, para cobrar uma solução que garanta o cumprimento da cláusula 181 do ACT, referente à extensão para os aposentados e pensionistas dos três níveis recebidos pela ativa em 2004, 2005 e 2006. A empresa apresentou um levantamento de três diferentes grupos de aposentados e pensionistas que pleiteiam a extensão dos níveis.

Segundo a Petrobrás, 16.240 assistidos do Plano Petros têm ações em andamento referentes a esta questão em diferentes instâncias judiciais. O outro grupo apresentado pela empresa é de 3.993 aposentados e pensionistas que perderam as ações na justiça, sendo que, 2.418 tiveram julgamentos transitados em julgado favoráveis à Petros e, outros 1.575 não tiveram julgamento do mérito, em função de perdas de prazo e outras circunstâncias. A Petrobrás também informou que 18.220 assistidos do Plano Petros não ingressaram com ações judiciais cobrando a extensão dos níveis.

A FUP ressaltou que a extensão dos níveis de 2004, 2005 e 2006 deve ser para todos os aposentados e pensionistas do Plano Petros. Na reunião, a Federação voltou a reafirmar que a resolução desta questão é um ponto fundamental para o fechamento da campanha salarial deste ano.

Nova proposta até amanhã (23)

A FUP deu prazo até terça-feira, 23, para que a Petrobrás apresente uma nova proposta salarial das cláusulas econômicas contemplando também o pagamento dos níveis.

No último dia 10, a empresa apresentou uma proposta de reajuste, que conforme indicação do Conselho Deliberativo da FUP, foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleias realizadas no decorrer desta semana em todo o país.

A empresa propôs ganho real entre 0,79% e 1%, bem abaixo dos 5,5% reivindicados pelos petroleiros e da média conquistada pelas categorias que já fecharam acordos.

O Conselho Deliberativo da FUP se reunirá novamente nesta quinta-feira, 25, para definir os próximos passos da campanha.

Com informações da imprensa FUP

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