Nov 30, 2024

'Os petroleiros têm legitimidade para defender o pré-sal, a Petrobrás e o Brasil', afirma coordenador da FUP

No ato desta segunda, 15, em defesa do pré-sal e da Petrobrás, o coordenador da FUP, José Maria Rangel, ressaltou que a manifestação organizada pelos petroleiros em conjunto com as centrais sindicais e movimentos sociais era em defesa principalmente do Brasil. "Nós que estamos hoje nas ruas para defender a Petrobrás, o pré-sal e o Brasil, nós temos legitimidade, que poucos segmentos da sociedade têm", destacou José Maria.

 

"Nós saímos às ruas primeiro para criar a Petrobrás. O povo brasileiro foi às ruas entendendo a importância que era ter uma empresa de petróleo", lembrou o coordenador da FUP, referindo-se à campanha "O petróleo é nosso". "Nós, empregados da Petrobrás, próprios e terceirizados,  nós temos que bater no peito e ter orgulho de trabalhar nesta empresa, porque fomos nós que construímos essa sabedoria, essa inteligência que a nossa empresa tem e que as outras empresas operadoras nos invejam", frisou José Maria.

 

"Nós do movimento sindical também temos legitimidade para defender a Petrobrás porque nós fomos às ruas enfrentar o governo tucano quando ele, depois de uma greve de 30 dias, nos aplicou uma multa milionária, que tinha como objetivo aniquilar o movimento sindical", destacou o coordenador da FUP, lembrando os ataques do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1995, após a greve da categoria, em maio daquele ano. Ele ressaltou que a solidariedade de classe foi fundamental naquele momento e sinalizou para o governo tucano que não haveria trégua.  "Os trabalhadores dos outros sindicatos ajudaram a manter os sindicatos dos petroleiros firmes para o enfrentamento com o tucanato", declarou.

Ao lado do ex-presidente Lula, José Maria Rangel ressaltou que os petroleiros lutaram muito por um novo projeto de país, "um projeto que espelhasse a esperança de milhões de brasileiros e que nós tivemos a coragem de eleger este operário presidente da nossa nação, contrariando a todos os interesses", ressaltou. "Nós então temos a legitimidade de fazer esse ato porque quando esse operário foi eleito, a nossa empresa caminhava para a entrega, a nossa empresa caminhava para ser privatizada, a nossa empresa tinha acabado de ter um acidente onde morreram 11 trabalhadores, onde afundaram uma plataforma", declarou.

José Maria lembrou que o atual ministro do Tribunal de Contas da União, José Jorge, relator da investigação da compra da refinaria de Pasadena era no governo de FHC ministro das Minas e Energia naquele momento. "Foi na gestão dele que a P-36 afundou, que a Petrobrás promoveu a troca de ativos que resultou na entrega de 30% da Refap para a Repsol", ressaltou.

Ele encerrou sua falação, convocando a militância e os trabalhadores a continuarem defendendo o projeto de desenvolvimento em curso no país. "Tenho certeza de que essa multidão que está aqui vai sair ainda mais energizada para defender a continuidade de um projeto que não é meu, que não é do Lula, que não é da CUT, é um projeto nosso, de transformar a sociedade e nós vamos conseguir isso", declarou sob aplausos dos manifestantes. "Vamos dar um não ao retrocesso, um não àqueles que querem entregar a nossa empresa", convocou José Maria, fazendo uma provocação: "Os tucanos, nós já sabemos como eles agem e aquela que está agora do lado do empresariado, dos banqueiros, está se desnudando a todo instante com um projeto que visa entregar tudo pro capital internacional e nós não vamos permitir", declarou, referindo-se à candidata do PSB, Marina Silva.

FUP

 

Ato convocado pela FUP reúne milhares de pessoas no Rio de Janeiro

O ato realizado no centro da cidade do Rio de Janeiro em defesa do pré-sal e da Petrobrás, que terminou pouco depois das 14h de hoje, em frente ao edifício sede da empresa, reuniu leque variado de movimentos sociais e de partidos.

Convocado pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), teve participação de delegações das centrais sindicais CUT, CTB, UGT, CSB e de sindicatos a elas filiados, do MST, do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), do movimento negro, de entidades de luta dos trabalhadores com deficiência, lideranças jovens da UNE, do Levante Popular, do movimento feminista e de trabalhadores do campo, entre outros grupos organizados. Refletindo a conjuntura político-eleitoral, o ato teve presença também de lideranças nacionais e estaduais do PT, do PC do B e do PDT.

A concentração para o ato, que já se desenhava desde antes das 9h, em pouco tempo tomou por completo a praça defronte à Câmara Municipal do Rio, na popular Cinelândia. Os portais de notícias, por volta das 13h, falavam vagamente em “centenas” de manifestantes. Um deles se arriscou a citar, com falsa precisão, a presença de 500 pessoas.

 Era muito mais que isso, seguramente. Bastava observar a caminhada que se iniciou por volta das 11h, cortando a avenida 13 de Maio e enchendo as janelas de simpatizantes desde o Teatro Municipal até os prédios comerciais ao longo da avenida República do Chile, onde a passarela que liga os prédios do Banco Central e da Petrobrás serviu de palanque para o principal ato do dia, com a presença do ex-presidente Lula.

Respeito ao pré-sal

Embaixo e ao redor da passarela, novas cores. Muitos uniformes de trabalhadores da Petrobrás e de empresas que atuam na cadeia do petróleo na região. “O ato é para mostrar que nós queremos respeito ao pré-sal. Tem candidato que demonstra não entender o que significa isso, diz que não vai valorizar. Não só eu, mas têm muitos que dependem disso”, explicou Luciano Marinho, metalúrgico de Niterói que trabalha numa fornecedora da estatal.

E foi esse mesmo o tom da manifestação. O presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, disparou do caminhão de som: “Existem apenas dois projetos em disputa nessas eleições, não nos enganemos. Não existe terceira via. De um lado, os trabalhadores e aqueles que defendem um projeto de desenvolvimento nacional que aproveite as potencialidades do Brasil. Do outro, os outros”. O petroleiro Roni Barbosa, presidente do Instituto Observatório Social, ao comentar as constantes denúncias contra a Petrobrás e o desdém de parte da imprensa para com o potencial do pré-sal, atribuiu-as a “aves de rapina”.

João Pedro Stédile, do MST, afirmou que o petróleo e, portanto, o pré-sal, é um bem maior que a própria Petrobrás. “Não pertence sequer à empresa, nem ao governo. Segundo nossos preceitos constitucionais, pertence ao povo brasileiro e, portanto, tem de ser usado em favor do povo brasileiro”. Stédile defendeu o fim dos leilões e o fortalecimento da Petrobrás como empresa pública. “Nenhum candidato a presidente têm o direito de criticar o pré-sal, porque ele é do povo”, disse.

Petróleo, sempre na mira

Ex-presidente da Petrobrás, onde hoje é diretor corporativo, José Eduardo Dutra participou do ato. Fez um breve retrospecto da história de 61 anos da empresa – fundada em 3 de outubro de 1953 – e lembrou que, desde então, a Petrobrás é alvo de ataques concentrados dos setores conservadores e alinhados ao capital internacional, sempre com acusações de corrupção. “Sabem quem foi o presidente da CPI da Petrobrás em 1964?”, indagou. A CPI a que ele se refere foi instaurada em novembro de 1963 e serviu como uma das ferramentas para o golpe do ano seguinte. Dutra respondeu: “Antonio Carlos Magalhães, que era da UDN”.

Outra tentativa de desestabilização da companhia aconteceu em 1995, quando o governo FHC iniciava preparativos para sua privatização. Quem lembrou foi José Maria Rangel, coordenador da FUP: “Fizemos uma longa greve para denunciar e impedir o desmonte da empresa, e o governo jogou pesado contra nós. Mas eles não contavam com um detalhe fundamental: a solidariedade de classe”. Naquele ano, diversas categorias se uniram à luta dos petroleiros, inclusive com levantamento de fundos, para dar suporte a uma greve que durou 32 dias.

Outra fonte de ameaça à Petrobrás, segundo os dirigentes, é a proposta de não se priorizar a exploração do pré-sal. “Hoje, 25% da gasolina e do óleo diesel que usamos no País vêm dessa fonte. O que querem, nos deixar a pé?”, provocou o secretário de Relações Internacionais da FUP, João Antonio de Moraes.

O ex-presidente Lula lembrou que os ataques à Petrobrás e as tentativas de impedir que o Brasil explore as riquezas proporcionadas pelo petróleo às vezes se dão de forma mais sutil que a convocação de CPI’s. “Em 2002, quando eu era candidato, argumentei que nós deveríamos construir navios e plataformas aqui, e não no exterior. Fui atacado pelo governo e pelo ex-presidente da Petrobrás, que disse que não tínhamos tecnologia suficiente para isso. A realidade mostrou que nós tínhamos sim”.

Destacou que o atual governo projeta como meta produzir 4 mil barris diários com o pré-sal até 2020. “Se os lucros dessa produção vão ser aplicados em educação e saúde, quem não quer que isso aconteça?”, disse Lula.

Fonte: FUP

31ª Caravana será nesta sexta-feira, 19, em Osório

O Sindipetro-RS convida todos os petroleiros e petroleiras, ativa e aposentados, para a sua 31ª Caravana. O evento vai acontecer na próxima sexta-feira, 19 de setembro, a partir das 17h, na Delegacia Sindical do Litoral Norte (Rua Deolindo Maggi,52).

 Nessa edição serão abordados os seguintes temas: AMS, BENEFÍCIO FARMÁCIA E AÇÕES JURÍDICAS.

No final será servido um coquetel aos participantes.

Compareça! Participe dos debates, tire suas dúvidas e confraternize com os seus colegas da ativa e aposentados.

O quê: 31ª Caravana do Sindipetro-RS

Onde: Delegacia do Litoral Norte (Rua Deolindo Maggi,52 - Osório).

Quando: 19 de setembro, às 17h

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