Nov 30, 2024

RMNR: Petrobrás insiste no confronto e audiência no TST termina sem acordo

Terminou sem acordo a audiência (leia aqui a Ata da audiência) de conciliação do Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica ingressado pela Petrobrás junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tentar reverter os resultados das ações de RMNR ganhas pela FUP e seus sindicatos. A empresa novamente se recusou a apresentar uma proposta no sentido de cumprir, ainda que parcialmente, a decisão da Seção de Dissídios Individuais do Tribunal (SDI), que garante o pagamento correto do complemento remuneratório.

A Petrobrás continua insistindo no confronto, alegando que não tem condições financeiras de cumprir a decisão, apresentando planilhas manipuladas, que utilizam médias remuneratórias simples e não ponderadas. A estratégia da empresa foi pinçar as remunerações mais altas, a maioria delas de trabalhadores em final de carreira, cujos valores foram ainda mais turbinados com acréscimos de horas extras. O objetivo da Petrobrás é tentar influenciar o julgamento do TST dando ênfase ao aspecto do impacto econômico, fugindo, assim, do debate da matéria jurídica, cuja decisão do Tribunal já lhe foi desfavorável no SDI.

Na audiência de conciliação inaugural, realizada no dia 18 de novembro, a empresa chegou a informar que existiriam 5.281 trabalhadores em regime de turnos ininterruptos de revezamento de 12 horas com remuneração superior ao teto constitucional estabelecido para o servidor público. A FUP contestou a informação, esclarecendo que, de acordo com as próprias tabelas apresentadas esta semana pela Petrobrás nos autos do processo, existem 130 trabalhadores que recebem acima do teto constitucional, dos quais 127 são profissionais de nível superior e três de nível médio.

Apesar das evidências, a empresa continuou defendendo o seu posicionamento e não concordou com a proposta do TST de construir uma alternativa negociada para o conflito. Ou seja, a Petrobrás criou a RMNR, à revelia das cobranças da FUP de aplicação correta dos Adicionais, principalmente a Periculosidade, e agora usa de má fé para tentar se esquivar do problema que ela mesma criou. Como não houve acordo na audiência de Conciliação, o TST estabeleceu prazo de dez dias para que a FUP e os sindicatos contestem as tabelas de remunerações apresentadas pela Petrobrás e também determinou que as entidades sindicais tenham acesso à íntegra da folha de pagamento da empresa.

Sindicatos dissidentes traem novamente a categoria

Os sindicatos dissidentes, que também são parte na ação de Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica ingressada pela Petrobrás, mais uma vez traíram a categoria e o movimento sindical petroleiro. Na véspera da audiência de conciliação, os dirigentes destes sindicatos se reuniram às escondidas com o vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra, para construir uma proposta rebaixada, que garantisse apenas o pagamento da periculosidade, retroativo aos últimos dois anos. Não é de hoje que os sindicatos dissidentes vêm usando de má fé no debate da RMNR para tentar desgastar a FUP, buscando inviabilizar as ações ganhas pela Federação e seus sindicatos.

Acesse aqui para ler a Ata da audiência na íntegra.

FUP

 

Audiência de conciliação da RMNR será retomada nesta quarta-feira, 3

Está marcado para está quarta-feira, 03, a audiência de conciliação que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) iniciou no último dia 18, em função do Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica ingressado pela Petrobrás para tentar intervir nos resultados das ações ganhas pelos seus sindicatos e que garantem o pagamento correto da RMNR.  A empresa, em vez de apresentar uma proposta, tentou manobrar a  audiência, distorcendo a realidade econômica da grande maioria dos trabalhadores. Além de querer reescrever a  cláusula da RMNR, a Petrobrás ainda tentou desqualificar o Adicional de Periculosidade, propondo uma fórmula que reduz o pagamento para quem atua nas áreas operacionais.

Como se não bastasse isso, a Gerência de RH ainda apresentou ao ministro do TST um quadro de salários que, segundo os gestores, são  altamente impactados pela RMNR. Mais uma manobra da Petrobrás, já que  pinçou algumas das maiores remunerações que pratica e majorou o valor pelo teto com quantidades inaceitáveis de horas extras. Ou seja, a empresa criou a RMNR, à revelia das cobranças da FUP de aplicação correta do Adicional de Periculosidade, e agora usa de má fé para tentar se esquivar do problema.

O TST cobrou que a Petrobrás apresente nos próximos dias  uma planilha com todas as faixas remuneratórias de seus trabalhadores, com e sem horas extras, incluindo o número de funcionários em cada faixa. O ministro do TST também cobrou que a empresa formule uma proposta para resolver as ações judiciais em tramitação e as já transitadas em julgado.

O Sindipetro-RS, juntamente com o assessor jurídico Abrão Blumberg, esteve no dia 26 na UTE, e no dia 27 na Refap, para esclarecer e relatar informações, sobre as audiências que trata da RMNR, aos trabalhadores e trabalhadoras.

Com informações da FUP

 

Sindipetro-RS debate comunicação com a categoria em encontro nacional

Entre os dias 27 e 28 de novembro, o Sindipetro-RS participou do I Seminário de Comunicação da FUP, no Rio de Janeiro, que contou com a participação de sindicatos fupistas de todo o país. O evento recebeu elogios de todos os lados pela iniciativa e o pioneirismo nesses 21 anos de Federação.

O seminário iniciou na quinta-feira pela manhã, com o diretor de comunicação da FUP, Francisco José, abrindo os trabalhos. Na ocasião, o diretor ressaltou a importância do encontro e afirmou que o movimento sindical e seus jornalistas não podem parar de disputar os espaços de comunicação na internet: “temos enfrentamentos diários para fazer, a comunicação é um fator fundamental para a nossa política”, disse Chicão. O diretor da executiva nacional da CUT, Vitor Carvalho, lembrou que o sindicato não deve ver os gastos com a comunicação como um custo, mas sim como um investimento: “a comunicação é fundamental para tudo o que a gente faz, principalmente nas disputas de consciências”, ressaltou Vitor.

Na sexta-feira foi a vez dos representantes dos sindipetros apresentarem a estrutura da comunicação de seus sindicatos. O Sindipetro-RS apresentou imagens e relatou  que a comunicação entre a categoria petroleira vem se aprimorando desde 2011. A estrutura do site, a implantação das mídias sociais, e a criação do jornal semanal Papo Direto, foram destaque.

No final do encontro, foi decidido pela instalação do Coletivo Nacional de Comunicação Petroleira. Esse coletivo terá a participação de todos os sindicatos da FUP, com reuniões mensais através de skype. Entre outros assuntos a serem abordados, ficou definido que o Coletivo irá organizar uma campanha de 20 anos da greve de 95 e uma campanha de valorização ao petroleiro por conta dos ataques à Petrobrás.

CRIAÇÃO DO COLETIVO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO PETROLEIRA
Jornalistas, dirigentes sindicais e demais profissionais das Secretarias de Comunicação da FUP e de seus sindicatos deliberaram pela criação e instalação do Coletivo Nacional de Comunicação Petroleira.

1. Atribuições imediatas:

a)      Elaboração de um planejamento de comunicação da FUP (diagnóstico da comunicação atual, estrutura organizacional, próximas ações e cronograma).

b)      Definição de pesquisa para identificar o novo perfil do petroleiro.

c)      Criação de um prêmio Nacional de Jornalismo Petroleiro.

d)      Discussão sobre a viabilidade de criação de agência de notícias petroleira ou portal unificado da FUP e de seus sindicatos na internet.

e)      Desenvolvimento do Projeto Memória da FUP.

f)       Discussão de uma campanha nacional de valorização da Petrobrás com resgate da autoestima do petroleiro.

g)      Discussão de uma campanha nacional para marcar os 20 anos da greve de maio de 1995.

h)      Reavaliação do Primeira Mão - atualmente, somente os sindicatos do Norte Fluminense, Minas Gerais e Duque de Caxias imprimem semanalmente o boletim.

i)        Subsidiar a FUP e seus sindicatos nas lutas pela Regulação da Mídia e pela Democratização dos Meios de Comunicação.

2. Funcionamento:
a)      O Coletivo será integrado por dirigentes sindicais, jornalistas e demais profissionais das secretarias e departamentos de Comunicação da FUP e de seus sindicatos filiados.

b)      A Secretaria de Comunicação da FUP fica responsável pela coordenação dos trabalhos.

c)      Todas as atividades do Coletivo de Comunicação Petroleira serão executadas durante a jornada de trabalho dos jornalistas e demais profissionais de comunicação que o integram.

d)      O Coletivo terá reuniões mensais virtuais através do "hangout" ou de outra ferramenta de videoconferência.

e)      O Coletivo terá reuniões físicas periódicas, a definir, conforme suas demandas.

f)       O Coletivo terá um grupo fechado no facebook para discutir assuntos emergenciais.

ORIENTAÇÕES PARA A FUP E SEUS SINDICATOS
·         Estruturar todos os departamentos de comunicação da FUP e de seus Sindicatos, com definição de planejamento orçamentário próprio.

·         Criar departamentos de comunicação nos sindicatos que não têm estrutura de comunicação e contratar profissionais.

·         Cumprir a jornada regulamentar de trabalho dos jornalistas -  5 horas diárias ou 25 horas semanais - conforme assegurado pela Consolidação das Leis do Trabalho (artigos 305 e 306).

·         Valorizar os profissionais de comunicação e acabar com o acúmulo de funções.

·         Viabilizar cursos de formação para profissionais de comunicação e dirigentes sindicais.

·         Discutir a criação de um fundo único ou rateio nacional para custear a comunicação petroleira e o coletivo.

TECNOLOGIA
·         Criação de um banco de dados para unificar informações e publicações.

·         Desenvolvimento de plataformas para aumentar a eficiência e a integração da comunicação petroleira.

Facebook