Nov 25, 2024

A contribuição milionária da imprensa para ampliar a crise econômica

Existe uma expressão em inglês chamada self fulfilling prophecy. Numa tradução livre, profecia auto-realizável. O termo foi cunhado em 1949 pelo cientista social americano Robert Merton.

É mais ou menos o seguinte.

Você tanto fala numa coisa com bases falsas que ela acaba se tornando realidade. Um exemplo comumente citado é o de alguém que, ao acordar, já fala que vai ter um mau dia. Se ele colocar isso na cabeça, acabará por criar as condições para que seu dia seja, efetivamente, ruim.

O Brasil vive um momento de profecia auto-realizável. Tanto a mídia, por motivações políticas, gritou que o Brasil vivia um inferno econômico que as coisas, efetivamente, se complicaram.

Não há economia que resista a maciços ataques de catastrofismo.

Seria um ano difícil, sem dúvida. O Brasil vinha de dez anos de crescimento ininterrupto, e não há vento que sempre bata para um só lado na economia.

Adicionalmente, a crise global começou a cobrar – enfim – seu preço do Brasil. Mundo afora, o dólar estourou, para ficar num caso.

Mas a imprensa se apressou em atribuir o drama do dólar apenas ao Brasil. Não era o universo em convulsão. Era o Brasil. Quer dizer, era o governo Dilma.

Demorou semanas para que alguém, na mídia, mostrasse a floresta, e não a árvore: o dólar crescera diante detodas as moedas, do euro ao yuan chinês.

Agora, imagine. Você é empresário, e está submetido a uma corrente interminável de previsões apocalípticas.

O que você faz?

Vai para a defesa, naturalmente. Isso significa demitir, cortar investimentos e coisas do gênero.

Pronto. A profecia se auto-realizou.

Os rugidos negativistas da mídia encontraram o parceiro ideal numa oposição obcecada em derrubar Dilma, e cassar assim 54 milhões de votos, a qualquer preço.

Projetos fúnebres para o país – as apropriadamente chamadas pautas bombas – foram aprovados com a execução de Eduardo Cunha e a contribuição milionária do PSDB de Aécio.

A crise política nascida abjetamente do desejo sujo de dar um golpe na democracia acabou piorando, também, a crise econômica. Mais uma vez, era a profecia auto-realizável em ação.

Ainda haveria um outro fator para dar dimensões muito maiores a um problema que poderia ser relativamente pequeno: a Lava Jato, com seu espalhafato.

Segundo a BBC, a Lava Jato pode ter tido um impacto negativo no PIB de 2,5 pontos. Uma recessão de coisa de 1% negativo pode chegar a menos 3,5%. Grandes corporações ficaram imobilizadas com a Lava Jato.

Alguém terá feito a conta do custo benefício da Lava Jato? Moro pegou uma calculadora? Duvido.

Haveria uma forma de enfrentar a corrupção no mundo do petróleo sem o custo devastador que se apresentou? Muito provavelmente.

E o ciclo pode continuar. O economista Gustavo Loyola, presidente do Banco Central na era FHC, está no noticiário dizendo que a crise econômica vai até 2018.

É bom que se desconfie dessa previsão, muito mais fundada na política do que nos fundamentos econômicos.

Até porque, se ela se propagar, poderemos perfeitamente estar, neste final de 2015, começando a fabricar uma crise que cederá apenas em 2018.

A isto o professor americano Merton deu, em meados do século passado, o nome de profecia auto-realizável.

Diário do Centro do Mundo

Terminal de Cabiúnas ultrapassa limites morais e legais para tentar pagar sobreaviso indevido a "pelego"

O Sindipetro-NF recebeu informações da categoria petroleira de que a gerência de manutenção do Terminal de Cabiúnas emitiu documento interno, para a gerência de Recursos Humanos da companhia, para solicitar autorização para pagar todas as horas do sobreavisos do mês de novembro para os “pelegos”.

“A atitude vai na contramão do discurso de austeridade e economia, que a empresa tanto divulga nos últimos meses e é um deboche aos verdadeiros petroleiros, que bravamente construíam a maior greve dos últimos anos e agora são acusados de terem entregado o sobreaviso na greve, quando na verdade foi a empresa que recolheu os telefones e se recusou a negociar o atendimento com o sindicato e os grevistas”, explicam os trabalhadores.

A entidade lembra que o pagamento das horas de sobreaviso aos “pelegos”, além de imoral é ilegal, pois a quantidade de horas a ser paga a cada fura greve, ultrapassa em muito o limite de 144 horas mensais previstas na cláusula 10, parágrafo segundo do ACT, inclusive remunerando trabalhadores que já não exercem funções de supervisão, como se ainda fossem, o que é claramente ilegal.

O NF cobra da Transpetro a correta aplicação do sobreaviso e condena a ilegalidade que tenta privilegiar os “pelegos”.

Fonte: Sindipetro NF

Frente Brasil Popular será lançada no RS em dia de mobilização nesta sexta

A partir das 9 horas desta sexta-feira, 11, acontece o lançamento da Frente Brasil Popular (FBP) no Rio Grande do Sul. A atividade será realizada no auditório da FETAG-RS, na Rua Santo Antônio, 121, bairro Floresta, em Porto Alegre.

Confira aqui o material de divulgação do ato.

O líder nacional do MST, João Pedro Stédile, a presidente nacional da UNE, Carina Vitral, e a presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Miguelina Vecchio, participarão do evento.

O ato de ançamento ocorre após vários atos de pré-lançamento promovidos em Porto Alegre e diversas cidades no interior gaúcho. Haverá também a indicação da Comissão Operativa da Frente Brasil Popular e será feito um debate sobre a agenda de ações para o próximo período.

O que é a FBP

A Frente Brasil Popular, lançada no dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, representa, acima de tudo, uma tentativa da esquerda em responder, da forma mais unitária possível, à ofensiva conservadora em curso.

Tem como compromissos centrais a defesa da legalidade democrática e do mandato constitucional sacramentado pelas urnas. A FBP luta simultaneamente contra o golpismo, representado pelos setores mais conservadores, e o sequestro da agenda governamental pelos interesses do capital financeiro.

20ª Marcha dos Sem

 

O lançamento acontece em dia de mobilização no RS. Também será promovida a 20ª Marcha dos Sem pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). A concentração ocorre às 14h, mas o local mudou para a Rótula das Cuias, em frente ao Parque da Harmonia. A caminhada seguirá pelas Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, Avenida Borges de Medeiros, Rua Jerônimo Coelho e Praça da Matriz, terminando com ato público em frente ao Palácio Piratini.

 

 

 

Fonte: CUT-RS

 

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