Nov 24, 2024

STF suspende votação dos vetos a projeto dos royalties

Rede Brasil Atual

Em uma decisão que já era dada como certa nos bastidores por parlamentares de Rio de Janeiro e Espírito Santo durante o fim de semana, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu hoje (17) uma liminar que suspende a votação pelo Congresso Nacional dos vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff ao projeto de redistribuição dos royalties provenientes da exploração de petróleo entre União, estados e municípios.

A decisão de Fux favorece os estados produtores e atendeu a um mandado de segurança ajuizado pelos deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ) e Hugo Leal (PSC-RJ) pedindo a anulação da sessão que aprovou na semana passada um requerimento de urgência para a votação dos vetos ao projeto dos royalties.

A liminar concedida pelo STF determina que os vetos presidenciais sejam votados pelo Congresso “em ordem cronológica de recebimento”. Atualmente, na fila de espera pela apreciação de deputados e senadores, nada menos que 3.060 vetos presidenciais estão à frente dos vetos relativos aos royalties. “Aos olhos da Constituição, todo e qualquer veto presidencial é marcado pelo traço característico da urgência, que resta evidente pela possibilidade de trancamento da pauta legislativa em razão da sua não avaliação oportuna. Daí por que não há, diante da Lei Maior, vetos mais ou menos urgentes. Todos o são em igual grau”, diz o documento.

Pressionado por parlamentares dos estados não produtores, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que vai recorrer da decisão. “Definir a ordem em que se darão as votações em plenário é uma prerrogativa interna do Congresso. A sessão está cancelada, mas vamos pedir ao ministro Fux a reconsideração”, disse.

Já Molon comemorou a decisão: “Com isso, não será possível apreciar o veto amanhã (18), como estava programado. É preciso que haja uma regra clara sobre como os vetos são analisados pelo Congresso, para não existir insegurança jurídica. Segundo a Constituição, há um prazo de 30 dias para a análise dos vetos e isso não está sendo respeitado”.

Petroleiros rejeitam adiantamento da PLR

FUP

Os petroleiros do Espírito Santo, Paraná/Santa Catarina, Amazonas, Bahia, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Pernambuco/Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul já concluíram as assembleias e rejeitaram o adiantamento da PLR proposto pela Petrobrás. As assembleias prosseguem nas bases do Unificado do Estado de São Paulo e Norte Fluminense, onde os trabalhadores também estão rejeitando o adiantamento. Em Duque de Caxias, as assembleias estão previstas para começar nesta segunda, 17, quando haverá mobilizações em todo o país para pressionar a Petrobrás a negociar o montante total da PLR 2012 e o regramento das PLRs futuras.

A proposta rejeitada pela categoria foi apresentada pela empresa no último dia 05, sem qualquer negociação com a FUP e seus sindicatos e representa uma redução de mais de 50% em relação à antecipação da PLR 2011. O que está em questionamento não é apenas a redução dos valores e sim a intervenção dos trabalhadores no processo de definição do montante provisionado e dos critérios de distribuição. Precisamos alterar o atual modelo imposto pela Petrobrás, que, ano após ano, provisiona os valores da PLR sem qualquer negociação com a categoria.

No último dia 12, a FUP voltou a se reunir com a empresa para buscar avanços na negociação do regramento das PLRs futuras. Os gestores continuam insistindo em metas e critérios que não foram aprovados pelos trabalhadores. Por isso a categoria rejeitou no início do ano o regramento proposto pela Petrobrás. Além de não avançar em relação aos últimos acordos de PLR, a empresa ainda piora o que já foi conquistado. Portanto, só com mobilização a categoria poderá garantir uma negociação que de fato avance no atendimento dos principais pontos da proposta de regramento que os trabalhadores aprovaram em 2008 e que, desde então, vem permeando as discussões da FUP com a Petrobrás.

Somente com mobilização poderemos garantir  uma PLR, justa, democrática e negociada com transparência.

Petroleiros gaúchos estão rejeitando adiantamento proposto pela Empresa

Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, até agora, 96,6% dos petroleiros gaúchos estão rejeitando a proposta da Petrobrás referente ao adiantamento da PLR/2012. Ainda com o resultado parcial, a categoria vem aprovando, com 68,9%, a mobilização nacional na próxima segunda-feira (17). A assembleia encerra neste sábado, com o Grupo 4.

 A proposta apresentada pela Empresa no último dia 05, reduz em mais de 50% a antecipação da PLR 2011, já que foi proposto um piso de R$ 3.149,34 ou 0,26 de uma remuneração, o que for maior. No dia 19, o Conselho Deliberativo volta a discutir os próximos encaminhamentos.

 

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