Nov 25, 2024

Nota de solidariedade

Priorizar o lucro antes da segurança é uma tragédia anunciada. Tragédia como a que ocorreu na danceteria em Santa Maria, na madrugada desse domingo, nos deixam revoltados, sem palavras e sem ação. Um conjunto de erros ocasionou, até o momento, a morte de 231 jovens e 80 vítimas gravemente feridas. O que era para ser uma noite de diversão se tornou na noite mais trágica do nosso estado.  

O lucro acima de tudo. É assim em muitos lugares, é assim no Sistema Petrobrás. Desde 1995, foram 318 vidas perdidas em acidentes de trabalho na empresa e outras dezenas de mortes em consequência da exposição ao benzeno e demais doenças ocupacionais. A luta pela segurança no trabalho, pela segurança em ambiente de lazer, pela segurança em geral nem deveria existir. Não é nenhuma virtude ambientes como esses oferecerem e cumprirem  os procedimentos exigidos para evitar qualquer tipo de acidente: É OBRIGAÇÃO! Todos nós, trabalhadores, jovens, estudantes, aposentados, temos o legítimo direito de sair de casa, seja para trabalhar, estudar ou se divertir, e voltarmos com vida para a casa.

Nos próximos 30 dias o inquérito deverá apontar as causas do acidente que ocasionou o incêndio na danceteria. Que a tragédia de Santa Maria sirva como exemplo para que, nunca mais a insegurança e a busca insensata pelo lucro prevaleçam à qualidade.

Toda a nossa solidariedade aos familiares e amigos neste momento tão difícil a todos nós.

 

 

Negociação: metalúrgicos e GM tentarão fechar acordo sábado

Diap

Após reunião realizada nesta quarta-feira (23), Metalúrgicos de São José dos Campos e a General Motors não chegaram a um acordo e anunciaram que realizaram mais um próximo encontro, que ocorrerá no sábado (26). A categoria luta contra a demissão de 1600 trabalhadores pela montadora.

O sindicato apresentou propostas para tentar evitar o corte de 1.598 funcionários e garantir novos investimentos na unidade. “Pela primeira vez, a GM aceitou rediscutir as demissões com sua diretoria”, afirmou a entidade. A nova reunião foi marcada para as 10h, na sede regional do Centro das Indústrias do Estado (Ciesp).

"Estamos discutindo hoje o futuro de 1.500 empregados, mas lembro que temos outros 6 mil no complexo e, por isso, é fundamental um acordo agora para garantir a preservação do complexo e novos investimentos no futuro", disse à agência Reuters o diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, segundo a assessoria da montadora. Segundo a GM, o sindicato não aceitou negociar o banco de horas, item que a montadora considera necessário para aumentar a produtividade na fábrica.

Negociação
Para pressionar a empresa a recuar em sua decisão, os trabalhadores aguardaram a negociação em uma greve de 24 horas, deflagrada terça-feira (22), durante assembleia na entrada do primeiro turno. Logo depois um grupo de sindicalistas e metalúrgicos bloqueou a rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. As pistas foram liberadas por volta das 8h.

Segundo o sindicato, as demissões estão previstas para ocorrer a partir do dia 26, quando termina o lay-off (suspensão do contrato de trabalho) de 970 metalúrgicos. As dispensas seriam uma decorrência do fechamento do setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), onde é produzido o modelo Classic, cuja produção será transferida para a Argentina.

“Estamos dispostos a fazer um acordo, desde que haja a manutenção de todos os postos de trabalho e contratação de funcionários, com a vinda de produção de novos modelos para a cidade. Qualquer acordo tem de partir desse patamar. Não aceitaremos demissões”, afirmou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.

Pauta
Entre o conjunto de propostas apresentadas pela entidade, estão a manutenção da produção do Classic em São José, nova grade salarial para os futuros contratados, extensão da jornada até o limite de duas horas diárias, trabalho em sábados alternativas e renovação do acordo 6 x 1 (seis dias de trabalho e um de folga) e do acordo que prevê trabalho aos domingos, com descanso de um dia durante a semana. A entidade condiciona esses e outros itens à garantia de que não haverá demissões. E só poderão entrar em vigor após o anúncio de novos investimentos.

“As duas partes vieram com disposição para o diálogo. No entendimento do governo, é importante que a negociação leve à garantia de que a GM continue investindo em São José dos Campos”, afirmou o secretário de Relações do Trabalho, Manoel Messias, que participou da reunião. Também esteve presente o prefeito Carlinhos de Almeida (PT). Nesta quinta-feira (24), às 16h, haverá audiência pública na Câmara Municipal para discutir a situação da GM. (Fonte: Rede Brasil Atual)

Assembleia de Rodoviários termina em pancadaria

CUT-RS

Terminou em pancadaria uma assembleia do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegrerealizada no final da tarde desta terça-feira (22) na Avenida Venâncio Aires, na região central da capital gaúcha. Dois grupos divergentes entraram em confronto com pedaços de pau e pedras. A briga generalizada deixou alguns feridos sem gravidade, diz a Brigada Militar.

O Batalhão de Choque da BM foi chamada e cerca o prédio onde fica a sede do sindicato, que teria sido ocupada por um dos grupos. O trânsito na avenida está interrompido desde o início da assembleia, entre a Avenida João Pessoa e a Rua Lima e Silva. Não Há previsão de liberação, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Em estado de greve desde o dia 7 de janeiro, os rodoviários se reuniram para votar a proposta de reajuste salarial oferecida pelas empresas de ônibus. O sindicato patronal propôs 7,5% de reajuste, bem menos do que os 30% exigidos pela categoria, além de aumento no valor do vale refeição e revisão do acordo coletivo de 2012.

Conforme a BM, a confusão teria começado quando a proposta de reajuste das empresas foi colocada em votação. Em maioria, uma ala aprovou o reajuste de 3%, causando a revolta do outro grupo. Os rodoviários acusam o grupo majoritário de não ter ligação com a categoria e de ter ido à assembleia com o objetivo de fazer número para aprovar a proposta das empresas de ônibus.

Após o confronto, uma parte dos manifestantes ocupou a sede do sindicato. Do prédio, algumas pedras teriam sido arremessadas contra os manifestantes que permaneceram na rua. De acordo com o major André Luiz Córdova, do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), a retirada do prédio está sendo negociada. Alguns feridos foram encaminhados para o Hospital de Pronto Socorro  (HPS), que fica nas proximidades.

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