Nov 26, 2024

Campanha salarial: bancários pedem reajuste de 11,93%

O Comando Nacional dos Bancários entregou terça-feira (30) a pauta de reivindicações dos trabalhadores à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Cerca de 150 bancários, segundo estimativa da Polícia Militar (PM), participaram de um ato no centro da capital paulista para marcar o início da campanha nacional por reajuste salarial.

As reivindicações dos bancários são: reajuste salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%; Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 5.553,15; piso salarial de R$ 2.860,21; vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 678; fim das demissões em massa; ampliação das contratações; combate às terceirizações e contra o PL 4.330 (que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho); além da aprovação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe a dispensa imotivada.

A pauta ainda pede o fim das metas abusivas e assédio moral, que segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, submete a categoria à pressão por cumprimento de metas, o que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários; mais segurança nas agências bancárias, com a proibição do porte de chaves de cofres e das agências por funcionários; igualdade de oportunidades, com contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afrodescendentes.

“Também queremos mostrar aos clientes que quanto mais os bancos contratarem, mais rápido será o serviço nos bancos e os clientes enfrentarão menos filas”, disse a presidenta do sindicato, Juvandia Moreira.

Ela explicou que a categoria vai reivindicar a redução das taxas de juros e das tarifas bancárias. “Neste semestre, a receita obtida com as tarifas aumentou muito. E não pelo crescimento nem pela melhoria dos serviços, mas pelo aumento das tarifas. Esta é apenas uma das receitas dos bancos. Então, significa que o cliente está pagando mais tarifa”.

 Agência Brasil

Caixa Econômica Federal descomissiona e persegue dirigente sindical

Os bancários participantes da assembleia realizada na quinta-feira, 25, no Clube do Comércio, aprovaram uma moção de repúdio contra a perseguição política que a empregada da Caixa Econômica Federal, Claudia dos Santos, vem sofrendo. 

O texto aprovado pelo plenário denuncia que a dirigente sindical, que é Secretaria da Mulher Trabalhadora da Fetrafi-RS, teve sua função gratificada retirada num ato premeditado e permeado pelo autoritarismo. 

“Repudiamos a retaliação contra a colega Cláudia dos Santos, bem como contra qualquer dirigente, delegado ou militante sindical”, consta o texto aprovado pelos bancários.

“Trata-se de uma clara perseguição, uma prática antissindical e uma atitude inaceitável. A partir de amanhã (sexta-feira) vamos tomar as medidas cabíveis”, afirma o presidente Mauro Salles.

Confira a moção abaixo

Os bancários e as bancárias presentes em assembleia geral extraordinária, realizada no dia 25 de julho de 2013 repudiam com veemência a perseguição política, por parte da Caixa Econômica Federal, à companheira Claudia dos Santos, empregada dessa empresa e dirigente sindical. 

Claudia, dirigente e militante atuante no movimento sindical, feminista e associativo, por conta de sua permanente defesa dos colegas contra os mais diversos desmandos e o assédio moral praticado pela gerência da Agência Shopping João Pessoa, sofreu uma retaliação que já tinha sido anunciada a ela quando fora eleita para o cargo de Secretária da Mulher Trabalhadora da FETRAFI/RS: sua Função Gratificada de Caixa foi retirada, num ato premeditado e permeado pelo mais abjeto autoritarismo.   

Para além do impacto econômico imediato na vida da colega, tal ato reflete o desrespeito ao movimento sindical organizado, bem como a busca por amedrontar os bancários e bancárias que se recusam a aceitar o papel de vítimas passivas da violência organizacional dos bancos.    

Repudiamos a retaliação contra a colega Claudia dos Santos, bem como contra qualquer dirigente, delegado ou militante sindical, e nos comprometemos, em conjunto com o SindBancários, a APCEF/RS e a FETRAFI/RS, a lutar pela justa devolução da sua Função Gratificada de Caixa. 

Em tempos onde o povo volta a se manifestar nas ruas, não podemos permitir que quem faz a boa luta pelo interesse coletivo sofra qualquer tipo de punição.

SindBancários

CUT promove semana de mobilização em Brasília contra PL 4330 da terceirização

Enquanto dentro do Ministério do Trabalho a CUT e as demais centrais sindicais discutiam na segunda-feira (29) com governo, parlamentares e patrões mudanças no Projeto de Lei (PL) 4330/2004, que regulamenta a terceirização por meio da ampliação da precarização, do lado de fora um grupo se fazia ouvir.

Diante da entrada principal, uma performance reproduzia o que acontecia na mesa quadripartite de negociação: em lados opostos opostos, patrões e trabalhadores, os primeiros representados por um homem vestido de terno e gravata, dentro de uma limusine, segurando uma garrafa de champagne.

Os segundos, munidos de microfones e um carro de som tentavam furar o cerco de “seguranças” que protegiam o empresário, impassível diante da reivindicação da classe trabalhadora, em luta contra o projeto.

A manifestação organizada pela CUT-DF incomodou o relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara (CCJC), deputado federal Arthur Maia (PMDB-BA), que, na saída reclamou com a secretária de Relações do Trabalho da Central, Maria das Graças Costa, do “barulho” causado pelo grupo.

Não maior que o prejuízo que o PL traz à classe trabalhadora. O texto do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que já recebeu parecer favorável de Maia, permite a terceirização sem limites, inclusive na atividade essencial da empresa. Autoriza também a quarteirização, a contratação de outras empresas pela própria terceirizada.

Com essa fragmentação, promove o enfraquecimento da representação sindical e, portanto, da capacidade de luta do movimento sindical.

Além disso, o PL legitima a diferença de direitos entre trabalhadores diretos e terceirizados e enfraquece a responsabilidade solidária, aquela em que a empresa principal arca com as dívidas trabalhistas não pagas pelas terceirizada.

Para o presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto, à frente da manifestação, a arte é a melhor maneira de ajudar a população a entender os prejuízos que a medida causará aos trabalhadores/as.

“Acreditamos que em muitos lugares do país nossos companheiros ainda não tenham consciência do que estamos enfrentando, mas atividades como essa chamam a atenção, de uma maneira lúdica, e conseguem transmitir a mensagem”, afirmou o dirigente.

No período da tarde, os trabalhadores ainda levaram a performance para a rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, onde a CUT panfletou e conversou com a população sobre o PL da Precarização.

Semana de lutas


A mobilização contra a terceirização ocorre durante toda esta semana. Na quarta-feira (31), a CUT realiza uma manifestação no Aeroporto de Brasília, no terminal 2, ocasião em que irá se unir com os aeroviários em greve.

Na quinta-feira, dia 1º de agosto, às 19h, a Central promove um seminário sobre a Precarização dos Direitos Trabalhistas, no Sindicato dos Bancários de Brasília, com a participação da OAB, da Associação de Advogados Trabalhistas do DF e da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

Por fim, na sexta-feira (2), a Central promove uma plenária para organizar o Dia Nacional de Mobilização contra o PL 4330, que acontecerá em 6 de agosto.


Paralelamente, a CUT-DF fará intervenções e panfletagens em lugares de grande circulação em Brasília, como estações de metrô e dentro de coletivos, entrevistará evistar trabalhadores para juntar diversas categorias na luta contra o projeto e investirá nas redes sociais, com a publicação de fotos, vídeos e textos no Facebook da estadual. 

"Esse PL não tem salvação. Queremos regulamentar a terceirização, mas não da forma como defendem os empresários", disse Rodrigo Britto.

CUT

 

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