Nov 26, 2024

30 de agosto: Petroleiros Gaúchos atrasam entrada do expediente e aderem a mobilização nacional

Dezenas de dirigentes de entidades sindicais cutistas bloquearam os dois sentidos da Av. Guilherme Schell e o sentido Canoas/Nova Santa Rita da BR 386 entre as 6h às 9h Desta sexta-feira, 30. Na outra parte da manhã, os militantes realizaram um ato público na entrada da Expointer. O objetivo era protestar contra o PL 4330, que pode deixar sem limites a terceirização em nosso país. A atividade integrou o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, chamado pelas centrais sindicais.

A pauta da classe trabalhadora é pela derrubada do PL 4330, sobre terceirização; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem  redução de salário; fim do fator previdenciário; valorização das aposentadorias; reforma agrária; suspensão dos leilões de petróleo; transporte público e de qualidade e a reforma política.

Em acordo com o Comando de Operações Especiais (COE) da Brigada Militar, o Sindicato concordou em alternar o bloqueio entre total e parcial de cinco em cinco minutos. O bloqueio parcial acabou funcionando como pedágio, pois os dirigentes entregaram o boletim intersindical explicativo sobre as pautas da greve.

O PL 4330 – da Terceirização

Além de diversas mobilizações contra a aprovação do PL 4330 no Congresso Nacional, a CUT participou de várias rodadas de negociação na mesa quadripartite formada pelas centrais, empresários, governo e parlamentares. Porém, não houve avanço em pontos fundamentais para a garantia de direitos dos trabalhadores/as, já que o empresariado e o relator do PL, o deputado Artur Maia (PMDB-BA) continuam intransigentes e querem impor a terceirização ilimitada.

A última rodada da mesa de negociação será no próximo dia 2 de setembro, em Brasília.

A CUT reafirma sua posição contrária à terceirização de qualquer atividade e exige a responsabilidade solidária da empresa contratante, o direito à informação prévia de setores que serão terceirizados e de representação sindical aos terceirizados.

País de primeira não pode ter emprego de terceira- Entre os vários impactos que o PL trará às relações de trabalho e para os trabalhadores, vale destacar que o terceirizado: recebe salário 27% menor que o contratado direto; tem jornada semanal de 3 horas a mais; permanece 2,6 anos a menos no emprego do que um trabalhador contratado diretamente;a rotatividade é maior – 44,9% entre os terceirizados, contra 22% dos diretamente contratados; e, a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os trabalhadores terceirizados.

Assessoria de Comunicação Social – STIMMMEC, com informações da CUT Nacional

Orientações aos trabalhadores para o Dia Nacional de Paralisações – 30 de agosto

O Sindipetro-RS orienta todos os petroleiros (próprios e terceirizados) a participar do Ato na entrada da Refap, nesta sexta-feira (30), em repúdio a PL 4330, a Suspensão dos leilões de petróleo e aos demais itens da pauta da classe trabalhadora. A mobilização faz parte do Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações promovidas por todas as Centrais Sindicais. Durante o Ato será feito esclarecimentos sobre as últimas rodadas de negociações entre a FUP e a Petrobrás a respeito do ACT.

Na ocasião os petroleiros irão definir a participação no ato unitário das centrais sindicais que vai ocorrer às 10h30min, em frente à Expointer, em Esteio.

Na avaliação das centrais, a conjuntura é favorável à manifestação, que dá continuidade aos protestos, passeatas e greves realizadas no dia 11 de julho, e potencializa a cobrança da pauta da classe trabalhadora.

Confira a pauta da classe trabalhadora:

- Contra o PL 4330, sobre terceirização;

- 10% do PIB para a educação;

- 10% do orçamento da União para a saúde;

- Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem  redução de salário;

- Fim do fator previdenciário;

- Valorização das aposentadorias;

- Reforma agrária;

- Suspensão dos leilões de petróleo;

- Transporte público e de qualidade;

- Reforma política.

30 anos: conquista da paridade é marco histórico da luta das mulheres da CUT

Há pouco mais de um ano, as mulheres da Central Única dos Trabalhadores tomaram os 8 mil metros quadrados de um centro de exposição na capital paulista para conquistar um marco histórico: a paridade. Por conta dessa invasão de bandeiras na cor lilás, precedida de longa luta e muita mobilização, a partir das próximas eleições da CUT, previstas para 2015, a direção da Executiva nacional e também das estaduais terão de destinar, ao menos, 50% dos cargos para cada gênero.

O palco dessa vitória das mulheres e de todo o movimento sindical foi o 11º Congresso Nacional da CUT, realizado em julho de 2012, evento que entrou para a história por ter garantido mais um importante avanço na luta pela igualdade da mulher trabalhadora.

Resultado de muita mobilização, a paridade foi aprovada por um auditório completamente tomado por bandeiras na cor Lilás empunhadas por mulheres que não deixariam o plenário sem a vitória. À época, a secretária da Mulher Trabalhadora, Rosane Silva, defendeu que, apesar de maioria na sociedade e no mercado de trabalho, as mulheres ainda tinham negado o direito de estar representadas nos espaços políticos, principalmente no movimento sindical. “Não aceitaremos apenas resoluções sobre a paridade, queremos que esse mecanismo esteja expresso no estatuto”, afirmou em discurso a dirigente antes da votação e aprovação da paridade.

Até chegar a conquista de 2012, foi necessária muita luta. Em 1986, no 2º Congresso Nacional da CUT, foi criada a Comissão da Questão da Mulher Trabalhadora, à época subordinada à Secretaria de Política Sindical, mas muito antes, as mulheres do movimento sindical já lutavam contra opressão, discriminação e reivindicavam direitos iguais no local de trabalho.

Exemplo dessa combatividade é o 1º Congresso das Metalúrgicas do ABC, realizado em 1978, quando o presidente do Sindicato era o então metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, que viria a ser presidente reeleito e a fazer de uma mulher, Dilma Rousseff, sua sucessora na Presidência da República.

Em 1991, processo de discussão de ações afirmativas para corrigir as desigualdades entre os gêneros no movimento sindical cutista e ampliar a participação da mulher na direção da Central, em 1993, na 6ª Plenária Nacional da CUT, na aprovação da cota mínima de 30% e máxima de 70% de cada gênero nas instâncias da Central. A medida foi incorporada ao Estatuto na 12ª Plenária Nacional, em 2008, com a ampliação para as instâncias verticais e horizontais.

CUT

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