Nov 24, 2024

Mais uma vez manifestantes tomam as ruas para gritar FORA TEMER!

Milhares de manifestantes percorreram as ruas do centro e do bairro Cidade Baixa em Porto Alegre, em uma mobilização pacífica, contra o golpe e o governo de Michel Temer (PMDB). A manifestação começou na Esquina Democrática e reuniu mais de 35 mil pessoas, que seguiram em marcha e cantando "Vem pra rua, vem, é contra o golpe" e "“ai, ai, ai, ai, empurra o Temer que ele cai”. O ato foi convocado após os dois primeiros protestos que terminaram em agressões da Brigada Militar na semana passada.

(Imagem de capa: Levante Popular)

FUP repudia indicação de Pedro Parente para a Presidência da Petrobrás

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2016

NOTA DA DIREÇÃO EXECUTIVA DA FUP 

A indicação de Pedro Parente para a presidência da Petrobrás é fortemente rechaçada pela Federação Única dos Petroleiros.

É inadmissível termos no comando da empresa um ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso que chancelou processos de privatização e tem em seu currículo acusações de irregularidades e improbidade na administração pública.

O perfil ultraliberal de Pedro Parente o descredencia por completo para assumir o comando de uma empresa estatal que tem sido a âncora do desenvolvimento e das políticas públicas estruturantes do país.

Sua nomeação está na contramão das lutas travadas pelos trabalhadores para evitar o desmonte do Sistema Petrobrás.

O currículo de Pedro Parente não deixa dúvidas sobre que lado ocupa na luta de classes. Ele participou ativamente dos dois mandados do governo FHC, onde atuou como Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, entre 1995 e 1999, e como Chefe da Casa Civil, entre 1999 e dezembro de 2002. No final de 2000, passou a acumular a presidência da Câmara de Gestão da Crise Energética, o chamado “ministério do apagão”, responsável por uma série de arbitrariedades, como racionamento e cortes de energia e multas altíssimas impostas aos consumidores.

Um dos maiores escândalos protagonizados por Pedro Parente no governo tucano foram os contratos para compra de energia emergencial e as “compensações” feitas às concessionárias privadas e aos investidores atraídos pelo Programa Prioritário de Termeletricidade, que impôs prejuízos bilionários à Petrobrás. Professores do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP chegaram na época a denuncia-lo ao Ministério Público Federal por improbidade administrativa.

Sob a chancela de Pedro Parente, a Petrobrás teve que assinar contratos de parceria com o setor privado para construção de usinas termoelétricas, entre 2000 e 2003, onde se comprometeu a garantir a remuneração dos investidores, mesmo que as empresas não dessem lucro, bem como cobrir os custos dos empreendimentos, caso a venda de energia não fosse suficiente para sustentar os investimentos.

A chamada “contribuição de contingência” gerou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à Petrobrás, que se viu obrigada a assumir integralmente as termoelétricas para evitar perdas maiores. O valor das usinas, avaliadas em US$ 800 milhões, equivalia a um terço dos US$ 2,1 bilhões que a estatal teria que desembolsar para honrar as compensações garantidas aos investidores até o final dos contratos, em 2008. Tudo autorizado por Pedro Parente.

Não é com gestores deste perfil que a Petrobrás vencerá a crise que atravessa. A FUP repudia sua indicação e exige que toda a diretoria da gestão Bendine entregue seus cargos, caso o Conselho de Administração da empresa aprove a nomeação de Pedro Parente.

Os petroleiros seguirão em luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás e não darão um minuto de sossego aos entreguistas.

Fonte: FUP

Ação da FUP obriga Pedro Barusco e Paulo Roberto a reparar danos causados à honra dos petroleiros

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco, terão que ressarcir os petroleiros pelos danos causados à categoria, em função dos crimes que cometeram e cujas “delações premiadas” foram espetacularizadas pela mídia, levando a opinião pública a associar a estatal e os seus trabalhadores à corrupção.

No último dia 13, a juíza da 11ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Lindalva Soares Silva, condenou os ex-gestores a desembolsarem R$ 400.000,00, cada um, em favor da Petros, conforme solicita a FUP na Ação de Danos Morais Coletivos que move contra Barusco e Paulo Roberto, desde março do ano passado.

Na sentença proferida, a juíza ressalta que "os fatos sofridos pelos funcionários da Petrobras, como grupo, transcederam a esfera de meros aborrecimentos, configurando inconteste dano moral coletivo. Isso porque a conduta dos réus promovendo atos improbos em detrimento dos demais colegas de casa, por si so transcende o mero aborrecimento, ensejando constrangimentos, repulsa, angustia e aflição passiveis de reparação de acordo com o artigo 186 e 187 do Código Civil”.

Desde o início da Operação Lava Jato, em março de 2014, os petroleiros sofrem com insinuações, piadas e outros tipos de constrangimento, ao serem constantemente associados aos crimes cometidos por Paulo Roberto e Barusco. Além dos bilhões de reais que eles desviaram da Petrobrás, projetos estratégicos para o país foram paralisados, empregos perdidos, famílias desprotegidas e os petroleiros desmoralizados.

A reparação desses danos levará anos e a Ação da FUP é um importante passo nesse sentido. A condenação de Barusco e Paulo Roberto é o recado da categoria petroleira de que jamais se silenciará diante de qualquer ataque dos gestores à Petrobrás, seja no âmbito da corrupção ou das tentativas de desmonte da empresa. A ação da FUP pode ser consultada no site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, através do número 0093762-43.2015.8.19.0001. 

Fonte: FUP

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