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Centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, organizações populares e partidos políticos do campo da esquerda se mobilizaram ao longo dos últimos dias para relembrar as atrocidades da ditadura militar, homenagear os que resistiram e lutaram contra essa barbárie e exigir justiça e reparação. A FUP e seus sindicatos participaram das manifestações e atos políticos que marcaram esta semana os 50 anos do golpe civil-militar em diversas capitais do país. Por longos 21 anos, a ditadura violou direitos constitucionais, prendeu, torturou e matou milhares de brasileiros e brasileiras pelo país afora. Ainda hoje várias vítimas continuam desaparecidas.

A classe trabalhadora e suas organizações foram o principal alvo dos militares e das elites que apoiaram e financiaram o golpe. O operariado e os camponeses eram a base de sustentação do presidente João Goulart, deposto pelos militares, com apoio dos Estados Unidos, da mídia, dos empresários e de setores conservadores do país, em retaliação às mudanças em curso no seu governo, o qual tachavam de sindicalista. Um dos últimos decretos assinados por Jango foi a encampação das refinarias privadas de petróleo, que acabou virando o estopim para a reação das elites que apoiaram a ditadura civil-militar. 

A FUP distribuiu no dia 31 de março uma edição especial do Primeira Mão sobre os 50 anos do golpe militar e seus impactos e reflexos na classe trabalhadora. A íntegra pode ser acessada na internet: www.fup.org.br/revista_50_anos_dogolpe/

FUP

Na manhã desta segunda-feira, 31, foi encerrada a apuração do processo eleitoral do Sindipetro-BA, iniciado no dia 24/03. Com 2.509 votos (61,09%), a Chapa 2 Unidade, Renovação e Luta, apoiada pela FUP,  foi a vencedora das eleições para a diretoria do sindicato pelo triênio 2014/2017.  A Chapa 1, da FNP, foi derrotada nas urnas e, obteve apenas 1.482 votos (36,01%). No total, foram contabilizados 4.107 votos, sendo 42 brancos e 73 nulos.

A vitória da chapa da FUP para o Sindipetro Bahia consolida a confiança dos trabalhadores no movimento sindical que realmente luta e representa a categoria petroleira. Além disso, o resultado das eleições constata o fracasso dos divisionistas, que logo após terem sido atropelados pelos trabalhadores nas assembleias que aprovaram o acordo de regramento da PLR, conquistado pela FUP e seus sindicatos, agora perderam de lavada, o pleito de uma das bases mais fortes do país.

A comissão eleitoral agradeceu a todos os envolvidos e, ressaltou a lisura, transparência e democracia que foram a base desta eleição. A comissão festejou o fato de o pleito ter transcorrido na maior tranqüilidade e sem grandes incidentes, com a convivência pacífica das duas chapas concorrentes. Toda a categoria petroleira pôde acompanhar o processo de saída e chegada das urnas através de transmissão ao vivo durante 24h pelo site do Sindipetro BA.

O coordenador do Sindipetro, Paulo César Martin, agradeceu a categoria- aposentados, aposentadas e pensionistas; trabalhadores da ativa e terceirizados do sistema Petrobrás; trabalhadores do setor privado, que atenderam ao chamado do sindicato, participando ativamente e contribuindo para que o quórum de 50% + 1 fosse ultrapassado com a marca de 4.107 votantes.

O diretor Deyvid Bacelar, futuro coordenador desta nova diretoria eleita, agradeceu aos funcionários do Sindipetro e à Comissão Eleitoral pela organização e condução do processo. E também à CUT,  FUP, CNM e CNQ, que acompanharam de perto as eleições. Deyvid garantiu “uma gestão participativa, com uma transparência ainda maior e um sindicato mais cidadão e menos corporativo, mantendo a autonomia e independência sindical.” A nova diretoria eleita tem um percentual de renovação de 64%, o que, segundo Deyvid, “garantirá a oxigenação, novas ideias e também a troca de experiência com os mais antigos.”