Nov 28, 2024

7 abril nos faz refletir sobre Saúde + 10 e Mais Médicos

Em 7 de abril comemora-se o “Dia Mundial da Saúde”, instituído pela Organização Mundial da Saúde - OMS no ano de 1948. A Constituição Brasileira define no Artigo 196 a SAÚDE como direito fundamental do cidadão e dever do Estado. O instrumento criado para tornar essa determinação uma realidade é o Sistema Único de Saúde - SUS, que ano passado completou 25 anos.

Antes somente o trabalhador com carteira assinada tinha direito à Saúde Pública. A partir de 1988 ela se torna universal, ou seja, direito de todos os brasileiros sem distinção. Além disso, passa a ser voltada para uma atenção equitativa e integral e sua gestão feita sob controle social. Conceito que representa um novo paradigma de inclusão social, fato reconhecido internacionalmente.

A população em geral imagina que o sistema limita-se ao atendimento básico à saúde, mas isso é apenas uma parte, pois são também suas atribuições controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; e colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Essa falta de informação é, em parte, responsabilidade dos meios de comunicação que, a serviço dos planos de saúde privados, buscam desacreditar o sistema público somente evidenciando seus pontos fracos, esquecendo-se de dizer que fatia significativa dos recursos da saúde pública é desviada em forma de subsídios e incentivos à área privada, numa clara inversão de prioridades.

Não se trata de querer minimizar os reais problemas enfrentados pela população, principalmente em relação ao atendimento básico. Ao contrário, chamar a atenção para eles como forma de conscientizar a todos da necessidade da própria sociedade lutar por um sistema realmente eficaz em todos os níveis e em todas as localidades do País é a melhor forma de defender o SUS. Exatamente com esse intuito foi criado, em março de 2012, o Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública e que foi responsável pela coleta de mais de 2 milhões de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular conhecido como “Saúde + 10” (PLP 321/2013).

Ocorre que a tramitação do PLP, revelando total descompromisso do Congresso Nacional, tem transcorrido de forma bastante desfavorável relativamente aos legítimos anseios da população, tendo sofrido emendas com o objetivo de descaracterizar seu teor e invertendo sua finalidade ao propor, em substituição à destinação ao SUS de 10% das despesas correntes brutas da União, a aplicação de 13,2% da receita corrente líquida em 2014, aumentando progressivamente para 15% até 2018. Isso resulta num aumento de recursos de apenas R$64 bilhões, enquanto pela proposta de iniciativa popular o valor seria de R$ 257,1 bilhões.

Fica evidente, dessa forma, a necessidade da CUT, reafirmando o compromisso com a Saúde Pública, o que tem feito desde sua criação, participar de todas as atividades de defesa do SUS, em especial as mobilizações para pressionar o Congresso Nacional a aprovar o PLP 321 com seu texto original e fortalecer o controle social, não só com a participação ativa no Conselho Nacional de Saúde, bem como orientando os dirigentes e militantes de suas entidades a participar de todas instâncias estaduais e municipais.

Por outro lado, se somos críticos à resistência das autoridades públicas em geral em priorizar, no orçamento dos governos em todos os níveis, esse que sem dúvida é um dos mais importantes direitos sociais conquistados a duras penas pela sociedade brasileira, não podemos deixar de apoiar a importante iniciativa do governo Dilma que foi a implantação do programa Mais Médicos.

Mais uma vez a grande imprensa, representando os interesses das elites, diariamente tenta desqualificar a medida. Mas é preciso que se diga que o balanço do programa é altamente positivo. Com a quarta etapa, em andamento já no mês de abril, o atendimento atingirá 46 milhões de brasileiros em 4.040 municípios e 28 distritos indígenas num total de 13.235 profissionais. Mas a mídia, ao invés de divulgar esses números e apoiar o programa, como uma das mais importantes e corajosas iniciativas para resolver o grave problema nacional da carência de profissionais de saúde nas localidades mais carentes, prefere estampar manchetes dando destaque e espetaculizando os desligamentos de profissionais que não chegam a 1% do total de contratados.

Por isso a importância de, nesse dia dedicado à saúde em todo os países do mundo, refletirmos sobre a importância da conquista do SUS para a sociedade brasileira e pensarmos formas de defendê-lo da voracidade das empresas privadas e de uma minoria de profissionais antiéticos que veem a saúde da população como um mercado a ser explorado.

CUT

Centrais ocuparão ruas de São Paulo nesta quarta (9) em defesa da pauta da classe trabalhadora

A CUT e as demais centrais sindicais estiveram reunidas nesta segunda-feira (7), em São Paulo, para falar sobre a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora: por mais direito e qualidade de vida, que ocorrerá dia 9 de abril e pretende reunir mais de 50 mil pessoas na capital paulista (leia mais abaixo).

Para os dirigentes, a retomada da unidade do movimento sindical é fundamental para fazer avançar a pauta da classe trabalhadora, que tem como principais pontos o fim do fator previdenciário, a redução dos juros e do superávit primário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o combate ao PL 4330, que amplia a terceirização, e a igualdade de oportunidades para homens e mulheres.


As centrais também divulgaram um documento que será entregue à presidenta Dilma Rousseff, aos presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Tribunal Superior do Trabalho e retoma a “Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho”, construído em 2010, durante ato no estádio do Pacaembu.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, destacou que os trabalhadores defenderão também a manutenção da política de crescimento com distribuição de renda adotada na última década e conquistas como a valorização permanente do salário mínimo, resultado da luta conjunta do movimento sindical.

“A Europa está vivendo os problemas atuais porque adotou medidas extremamente conservadoras em sua economia, contra os trabalhadores, e agora colhe resultados ruins. Nosso país só cresceu nos últimos anos porque resolveu enfrentar a pobreza e promover a inclusão social. Esse é o caminho do crescimento e não a política de aumento de juros”, disse.

A marcha ocorrerá em São Paulo, afirmou o dirigente, pelo peso econômico que o estado tem para o país e terá dois eixos como base: um trabalhista, para a ampliação e contra o retrocesso de direitos, e o outro sobre questões estruturais que impactam a população como transporte, saúde e educação de qualidade.

Para Nobre, é preciso pressionar os governos em todas as instâncias – citou como exemplo a negociação com os servidores públicos, que não ocorre tanto por parte do governo federal quanto estaduais e municipais – e também os empresários, que apesar de beneficiados por políticas de desoneração fiscal, mantém alta rotatividade de mão de obra no país.  

Confira a pauta completa da marcha:


- Manutenção da política de valorização do salário mínimo;
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário
- Fim do fator previdenciário
- 10% do PIB para a educação
- 10% do Orçamento da União à saúde
- Reforma agrária e agrícola
- Regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação coletiva no setor público)
- Combate à demissão imotivada, com aprovação da Convenção 158 da OIT
- Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres
- Valorização das aposentadorias
- Redução dos juros e do superávit primário
- Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda
- Não ao Projeto de Lei 4330, da terceirização
- Transporte público de qualidade 
- Fim dos leilões do petróleo

8ª MARCHA UNIFICADA DA CLASSE TRABALHADORA
Dia: 9 de abril (quarta-feira)
Concentração a partir das 10 horas, na Praça da Sé - SP
Marcha seguirá até o vão do Masp, na Avenida Paulista, SP

 

CUT

Como não tenho nada para fazer, vou arrumar um problema!

O caso

Sábado de carnaval, sem motivo justificado, a supervisão do setor do Craqueamento faz a mudança de "layout" da CCL da U300.  Coloca os computadores de forma que os trabalhadores fiquem sentados de frente para a parede. Essa mudança traz preocupações aos trabalhadores pois os  impede de ter acesso privativo as suas informações/mensagens e foi feita sem nenhuma explicação. Vários deles entraram em contato com o presidente do Sindipetro, Maia, relatando a forma "truculenta" do acontecido.

A partir daí se deflagrou uma série de ações. Contatado, o Gerente do Setor, alegou que a mudança teria sido definida em reunião de supervisores e que estaria em regime experimental, para avaliação. Que por falha, não constava da instrução operacional. Solicitamos o retorno a condição anterior. Na semana posterior ao carnaval, novamente contatamos o Gerente, reiteramos retornar a condição anterior. Avisamos do descontentamento generalizado,  pela forma como aconteceu a mudança, e, principalmente, pelo resultado. Os computadores dos trabalhadores, para acesso a banco, contracheques e documentos de proteção nível 3, ficaram expostos para “fiscalização” por qualquer pessoa, visto que no local transitam terceirizados e visitantes. Esses argumentos, no entanto, não foram suficientes para o entendimento da gerência.

Procuramos, então,  o RH da  REFAP, a psicóloga e a assistente social. Para todos foi dito que os trabalhadores não foram consultados e nem informados do motivo real da mudança. E a impressão  é de que a gerência pretende "vigiar" o acesso aos computadores, sabe-se lá por que motivos. Nesse ano, em que se passaram 50 anos do Golpe Militar,  ainda se percebe lampejos do autoritarismo dos golpistas, presentes na nossa cultura gerencial. Solicitamos providências, mas até agora nenhuma foi tomada!

O que podemos tirar deste processo, desta forma inconsequente de promover mudanças? Parece que todos os cursos de liderança, gestão de pessoas, supervisão, etc não dão o resultado esperado, já que arrumaram um problema do nada.

Com a palavra o Gerente Setorial, a Psicóloga, a Assistente Social, a Gerente do RH, os Gerentes de Produção e o Geral: Será que eles não sabem que ficar olhando uma parede enlouquece? E daí, o "clima" e a pesquisa, já baixos no Craqueamento, não vão para as “cucuias”?

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